SEVERINO,
Antônio Joaquim.Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São
Paulo: Cortez, 2007.
Tipos e Técnicas de pesquisa
Msc:
Leandro Ramos furtado 1
Este é o livro que indico, no momento, para
quem deseja se aprofundar em Metodologia do Trabalho Científico.
Sempre que estivermos diante da leitura de
uma obra é interessante que, saibamos um pouco da vida do autor do livro.
Pesquise e fique sabendo quem é o autor.Há livros que já apresentam uma pequena
biografia.
O autor do livro indicado é Antônio Joaquim
Severino. Atualmente é professor titular de Filosofia da Educação na Faculdade
de Educação da USP, lotado no Departamento de Filosofia da Educação e Ciências
da Educação.Nasceu em 1941, em Carmo do Rio Claro, sul de Minas
Gerais.Licenciou-se em Filosofia na Universidade Católica de Louvain, Bélgica,
em 1964.Em 1972, apresentou seu doutorado em Filosofia, na Universidade
Católica de São Paulo.Em 2000, prestou concurso de Livre-Docência em Filosofia da Educação, na Faculdade de
Educação da USP.Em 2003, mediante concurso,tornou-se professor titular da mesma
instituição.Escreveu outros livros.Eis aí um pequeno resumo biográfico desse
autor.
A biografia do autor nos mostra um pouco do
ser humano que está intrínseco na obra e, isso, na minha visão é bastante
importante. A leitura fica muito mais fundamentada.
TIPOS
DE PESQUISA
Segundo Severino (2007, p.123) a pesquisa
exploratória busca apenas levantar informações sobre um determinado objeto,
delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as condições de manifestação
desse objeto. na verdade ela é uma preparação para a pesquisa explicativa. A
pesquisa explicativa é aquela que, além de registrar e analisar os fenômenos estudados,
busca identificar suas causas[...].
Segundo Severino (2007, p.123) a pesquisa
experimental toma o próprio objeto em sua concretude como fonte e o coloca em
condições técnicas de observação e manipulação experimental nas bancadas e
pranchetas de um laboratório, onde são criadas condições adequadas para seu
tratamento. Para tanto, o pesquisador seleciona determinadas variáveis e testa
suas relações funcionais, utilizando formas de controle. Modalidade plenamente
adequada para as Ciências Naturais, é mais complicada no âmbito das Ciências
Humanas, já que não se pode fazer manipulação das pessoas.
Com base nos estudos anteriores, podemos
dizer que vocês já possuem um conhecimento básico sobre os tipos de pesquisa.
Agora, partiremos para o estudo das técnicas de pesquisa.
Técnicas
de pesquisas
As técnicas são os procedimentos operacionais
que servem de mediação prática para a realização das pesquisas. Como tais,
podem ser utilizadas em pesquisas conduzidas mediante diferentes metodologias e
fundadas em diferentes epistemologias. Mas, obviamente, precisam ser
compatíveis com os métodos adotados e com os paradigmas epistemológicos
adotados.
Segundo Severino (2007, p.124-125) as técnicas de pesquisa são as
seguintes: documentação, entrevista, entrevistas não-diretivas, entrevistas
estruturadas, história de vida, observação e questionário.
Documentação
É toda forma de registro e sistematização de
dados, informações, colocando-os em condições de análise por parte do
pesquisador. Pode ser tomada em três sentidos fundamentais: como técnica de
coleta, de organização e conservação de documentos; como ciência que elabora
critérios para a coleta, organização, sistematização, conservação, difusão dos
documentos; no contexto da realização de uma pesquisa, é a técnica de
identificação, levantamento, exploração de documentos fontes do objeto
pesquisado e registro das informações retiradas nessas fontes e que serão
utilizadas no desenvolvimento do trabalho.
Documento: em ciência, documento é todo
objeto (livro, jornal, estátua, escultura, edifício, ferramenta, túmulo,
monumneto, foto, filme, vídeo, disco, CD etc.) que se torna suporte material
(pedra, madeira, metal, papel, etc.) de uma informação ( oral, escrita,
gestual, visual, sonora etc) que nele é fixada mediante técnicas especiais
(escritura, impressão, incrustração, pintura, escultura, construção atc.).
Nessa condição, transforma-se em fonte durável de informação sobre os fenômenos
pesquisados.
Entrevista
Técnica de coleta de informações sobre um
determinado assunto, diretamente solicitadas aos sujeitos pesquisados.
Trata-se, portanto, de uma interação entre pesquisaor e pesquisador e
pesquisado. Muito utilizada nas pesquisas da área das Ciências Humanas. O
pesquisador visa aprender o que os sujeitos pensam, sabe, representam, fazem e
argumentam.
Entrevistas
não-diretivas
Por meio delas, colhem-se informações dos
sujeitos a partir do seu discurso livre. O entrevistador mantém-se em escuta
atenta, registrando todas as informações e só intervindo discretamente para,
eventualmente, estimular o depoente. De preferência, deve praticar um diálogo
descontraído, deixando o informante à vontade para expressar sem
constrangimentos suas representações.
Entrevistas
estruturadas
São aquelas em que as questões são
direcionadas e previamente estabelecidas, com determinada articulação interna.
aproxima-se mais do questionário, embora sem a impessoalidade deste. Com
questões bem diretivas, obtém, do universo de sujeitos, respostas também mais
facilmente categorizáveis, sendo assim muito útil para o desenvolvimento de
levantamentos sociais.
História
de vida
Coleta as informações da vida pessoal de um
ou vários informantes. Pode assumir formas variadas: autobiografia, memorial,
crônicas, em que se possa expressar as trajetórias pessoais do sujeito.
Observação
È todo procedimento que permite acesso aos
fenômenos estudados. É etapa imprescindível em qualquer tipo ou modalidade de
pesquisa.
Questionário
Conjunto de questões, sistematicamente
articuladas, que se destinam a levantar informações escritas por parte dos
sujeitos pesquisados, com vistas a conhecer a opinião dos mesmos sobre os
assuntos em estudo. As questões devem ser objetivas, de modo a suscitar
respostas igualmente objetivas, evitando provocar dúvidas, ambiguidades e
respostas lacônicas.Podem ser questões fechadas ou questões abertas. No
primeiro caso, as respostas serão colhidas dentre as opções predefinidas pelo
pesquisador; no segundo, o sujeito pode elaborar as respostas, com suas
próprias palavras, a partir de sua elaboração pessoal. De modo geral, o
questionário deve ser previamente testado (pré-teste), mediante sua aplicação a
um grupo pequeno, antes de sua aplicação ao conjunto dos sujeitos a que se
destina, o que permite ao pesquisador avaliar e, se for o caso, revisá-lo e
ajustá-lo.