UNIVERSIDADE
DEL SOL - UNADES
CIÊNCIAS
DA EDUCAÇÃO
OS RECURSOS
DIDÁTICOS O ENSINO MEDIADO POR TECNOLOGIA COM INTERATIVIDADE EM TEMPO REAL, NO
MUNICÍPIO DE URUCURITUBA, NAS ESCOLAS ESTADUAIS DO AMAZONAS, NO ENSINO
FUNDAMENTAL, BRASIL, ANO DE 2015.
LEANDRO RAMOS FURTADO
ASUNCIÓN, PARAGUAY
2014
UNIVERSIDADE
DEL SOL - UNADES
CIENCIAS
DA EDUCAÇÃO
OS RECURSOS
DIDÁTICOS O ENSINO MEDIADO POR TECNOLOGIA COM INTERATIVIDADE EM TEMPO REAL, NO
MUNICÍPIO DE URUCURITUBA, NAS ESCOLAS ESTADUAIS DA AMAZONAS, NO ENSINO
FUNDAMENTAL, BRASIL, ANO 2015.
Tese apresentado a UNIVERSIDADE
DEL SOL – UNADES. Como requisito Nota
final para a obtenção do título de mestre em Ciências da Educação.
Orientador: Prof. Dr. Henrique Lopes.
ASUNCIÓN, PARAGUAY
2014
HOJA DE APROVAÇÃO
Aluno:
LEANDRO RAMOS FURTADO
Título do trabalho:
Subtítulo:
Tipo de trabalho:
Examinadores:
Parecer
Nota:
___________ Aprovado ( ) Reprovado
( ) Reformular ( )
Localidad:
__________ Fecha ________/______/_______
Firma del
Examinador/es
ASUNCIÓN – PARAGUAY
2014
DEDICATÓRIA
Dedico
este trabalho a Deus e a minha família.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus pai todo poderoso, por
abençoar-me em todos os momentos da minha vida.
Ao meu querido coordenador de curso professor
Humberto, que por sua persistência, sabedoria, apoio e amizade
proporcionaram-me a felicidade de realizar este sonho tão esperado.
Ao orientador professor Enrique Lopes pela sua
orientação, seu apoio, sua paciência e sua disponibilidade frequente.
À minha família querida que me apoia desde o início
desta caminhada, cheia de turbulências, de desafios e de obstáculos.
Agradeço principalmente as minhas queridas filhas
Leandra e Ana Claudia que foram as mais desprovidas da companhia da sua mãe
durante este período.
A minha esposa Eliane Tavares em particular por
compartilhar comigo as minhas amizades, os meus conhecimentos, os meus momentos
de angústias, os meus desafios e as minhas incertezas.
Aos meus pais Lucineth e Claudionor pela educação
que me proporcionaram, pelo apoio constante, obrigatório, pelo amor e dedicação
eterna.
E finalizando, meus agradecimentos eternos e
inesquecíveis aos meus amigos e colegas de mestrado, pelos dias e noites que
estivemos juntos estudando, principalmente em período de disciplinas, pelo apoio
nas horas mais difíceis que pareciam ser desesperadoras, pela companhia em momentos
que só tínhamos uns aos outros, pela troca de experiências e saberes, enfim por
fazerem parte da minha história.
“Ninguém
educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens se educam entre si,
mediatizados pelo mundo” (Paulo Freire, 1981,
p.79)
RESUMO
A educação formal do cidadão amazonense ainda é um grande
desafio das autoridades, pois o estado do Amazonas encontra-se localizado numa
região onde o meio de transporte mais utilizado é barco, já que os rios são as
estradas naturais da região amazônica. Alguns municípios se encontram distantes
da capital do estado, dificultando a saída dos habitantes em busca de novos
conhecimentos e formação educacional. O programa de educação do “Ensino
Fundamental Presencial com Mediação Tecnológica” está levando para as
comunidades rurais e ribeirinhas do Amazonas um ensino presencial, com mediação
tecnológica, para os alunos que não tinham condições de dar continuidade aos
seus estudos. O programa está sendo desenvolvido pela Secretaria de Estado da
Educação e Qualidade de Ensino, através do Centro de Mídias de Educação do
Amazonas, criando possibilidades para o aprendizado formal da população, bem
como o resgate da cidadania e auto-estima.
Palavras chaves: Ensino médio, Curso presencial,
ferramenta tecnológica.
ABSTRACT
Mismo criterio que con el resumen en lengua vernácula.
No utilizar el traductor de la computadora para hacer
el abstract porque éste no corrige la sintaxis.
LISTA
DE TABELAS
TABELA
1 –Nombre de la primera tabla 45
TABELA
2 – Nombre de la segunda tabla
52
TABELA
3 – Etc.
61
LISTA
DE GRÁFICOS
GRÁFICO
1 – Nombre del primer gráfico 12
GRÁFICO
2 – Nombre del segundo gráfico 25
GRÁFICO
3 – etc.
57
LISTA
DE FIGURAS
FIGURA 1 – Nome da primeira
figura
56
FIGURA 2 – Nome da segunda figura 78
FIGURA 3 – etc.
90
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AVA Ambientes Virtuais de Aprendizagem
ADL
Advanced Distributed Learning
ATSC
Advanced Television Systems Committee
DTV Digital television
DVB Digital Video Broadcasting
DTMB Digital Terrestrial Multimedia Broadcast
EAD Educação à Distância
EML Educational Modeling Language
FAPEAM Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do
Amazonas
FAPESP Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de
São Paulo
HDTV High
Definition Television
IEEE
Institute of Eletronic & Eletrical Engineering
IMS
Instructional Management Systems
ISDB
Integrated Services Digital Broadcasting
LD Learning Design
LDB Lei de Diretrizes e Bases
LMS
Learning Management System
LOM
Learning Object Metadata
MOODLE
Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment
MHP
Multimedia Home Platform
NCL
Nested Context Language
PEFD Programa Especial de Formação Docente
PROFORMAR Programa de Formação e Valorização de
Profissionais da Educação
QTI Question & Test Interoperability
SBTVD Sistema Brasileiro de TV Digital
SCRI Sistema de Controle de Respostas Interativas
SCORM Shareable Content Object Reference Model
SDVT Standard Definition Television
SEDUC Secretaria de Estado da Educação e Qualidade do Ensino
SGA Sistema de Gerenciamento de Aprendizagem
SPMT Sistema Presencial Mediado por Tecnologia
SPMTV Sistema Presencial Mediado por TVSQI Sistema
de Questões Interativas TICs Tecnologia de Informação e Comunicação
TIDIA Ae Tecnologia da Informação para o
Desenvolvimento da Internet Avançada Aprendizado eletrônico
TVD Televisão Digital
TVDI Televisão Digital interativa
UA Unidade de Aprendizagem
UEA Universidade do Estado do Amazonas
UFAM Universidade Federal do Estado do Amazonas
UML Unified Modeling Language
USP Universidade do Estado de São Paulo
XML
Extensible Markup Language
W3C World
Wide Web Consortium
SUMARIO
1
INTRODUÇÃO
O presente trabalho intitula-se “os recursos
didáticos o ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real”, no
Município de Urucurituba, nas escolas Estaduais da Amazonas, no Ensino
Fundamental, Brasil, ano 2015.
A
presença inegável da tecnologia em nossa sociedade constitui a primeira base
para que haja necessidade de sua presença na escola. A tecnologia é, como a
escrita, uma tecnologia da inteligência, fruto do trabalho do homem em
transformar o mundo, e é também ferramenta desta transformação. Apesar da
produção das tecnologias esta a serviço dos interesses de lucro do sistema
capitalista, a sua utilização ganha o mundo e acontecem também de acordo com as
necessidades, desejos e objetivos dos usuários.
Os recursos didáticos
se apresentam como conjunto de dispositivo (materiais) utilizado
concomitantemente ou não, que auxiliam o processo de aprendizagem. São classificados
em: recursos naturais pedagógicos, tecnológicos, culturais e etc; podendo
também ser classificados como recursos audiovisuais; tecnológicos independentes.
Os recursos didáticos
naturais são elementos de existência real na natureza, como água, pedra,
animais. Os recursos didáticos pedagógicos são o quadro, flanelógrafo, cartaz, gravura,
álbum seriado, portfólio, slide, maquete. Os recursos didáticos tecnológicos
são a internet e seus dispositivos, rádio, toca-discos. Gravador, televisão,
vídeo cassete, DVD, computador, ensino programado, laboratório de línguas. Os
recursos didáticos culturais são a biblioteca, museu, exposições.
Em outro sentido os
recursos didáticos são todos os materiais utilizados nos processos pedagógicos com
o objetivo de tornar mais agradável, eficiente e eficaz. Para que o nosso
formando “fique” e “permaneça” ativa durante todo o processo formativo.
Neste sentido os
recursos didáticos utilizados em formação deveram ser: adequado, simples,
preciso, manejável, necessário.
O ensino mediado por
tecnologia essencialmente a educacional, a responsável pelo modo como se produz
o processo está na concepção cognoscente da interação entre os sujeitos. A mediação
tecnológica tem sido para nós, que trabalhamos com educação, em especial com as
tecnologias educacionais, a principal característica da relação educativa. Na
escola, estudantes e professores sempre foram mediados por materiais didáticos,
que, conceitualmente, são tecnologias educacionais. Do mobiliário ao lápis, do
ponto de vista tecnológico, ambientes e objetos têm sido modelados com
intencionalidade educacional.
É claro que na
modalidade educacional a distância, a referida tecnologia educacional tem sido
muito mais modelada e focada no componente aprendizagem do par
ensinar-aprender. Mas isso não é característica dos tempos atuais, mediados por
redes de computadores.
A tecnologia com interatividade
em tempo real é o ensino que rompe teoricamente com a ideia de um ensino que
coloca o professor como centro do processo de ensino para um novo sistema, no
qual se teria a aprendizagem e sua construção colaborativa como escopo
principal, ou seja, o professor deixa de ser um transmissor de conhecimentos,
para ser mediador entre os saberes e os estudantes.
O conceito
"interatividade" é de fundamental importância para o estudo da
comunicação mediada por computador, da educação à distância, da engenharia de
software e de todas as áreas que lidam com a interação homem-máquina e
homem-homem via computador. Porém, tal conceito tem recebido as mais diversas
definições, onde muitas delas têm, na verdade, mais confundido e prejudicado a
pesquisa e o desenvolvimento de interfaces e criação de cursos mediados por
computador.
Apesar de ser
introduzida com maior ênfase nos anos 60, com uma pedagogia tecnicista, foi nos
anos 80 que a tecnologia educacional passou a ser compreendida como uma opção
de se fazer educação contextualizada com as questões sociais e suas
contradições, visando o desenvolvimento integral do homem e sua inserção
crítica no mundo em que vive, apontando que não basta utilização de tecnologia,
é necessário inovar em termos de prática pedagógica. A tecnologia educacional, portanto, ampliou
seu significado constituindo-se no “estudo teórico-prático da utilização das
tecnologias, objetivando o conhecimento, a análise e a utilização crítica
destas tecnologias, ela serve de instrumento aos profissionais e pesquisadores
para realizar um trabalho pedagógico de construção do conhecimento e de
interpretação e aplicação das tecnologias presentes na sociedade.
Devido a certas comunidades serem distantes da sede do
municipio e a falta de professores disponiveis para irem ministrar aula nessas
localidades longicuas, onde o transporte muitas vezes é precaria, as
comunidades ficam isoladas, as necessidades e diversidade são inumeras, a
secretaria do Estado do Amazonas junto a Fundação Roberto Marinho, preocupou-se em levar ate as comunidades o ensino
mediado por tecnologia e oferecendo o ensino fundamental aos diversos
municipios uma formação continua sem sair de suas comunidades.
A motivação que levou-se a este estudo de campo foi o
desejo de saber como o ensino mediado por interatividade em tempo real está
sendo aceita nas escolas públicas de Urucurituba – AM. Para isso, visitou-se algumas
escolas dessa cidade, identificando e analisando as práticas de ensino que
envolvem o uso das SPMT, diagnosticando as tensões, os desejos e as
possibilidades de seu uso pedagógico na escola. Por ser o ensino mediado um
campo de conhecimento interdisciplinar, que lança mão de imagens no processo de
ensino e aprendizagem, buscamos verificar de que forma os professores deste
ensino usam os recursos didáticos atualmente disponíveis.
Hoje ja é possivel visualisar fruto deste projeto, o
Igarité é um vislumbre na educação tecnologica, na qual permitiu aos
comunidades locais promover o desenvolvimento pleno e continuo dos alunos na
area fundamental e médio, afim atuarem no mercado de trabalho local. E este
modelo esta sendo migrado para outros paises e estados interessados em sua
implementação. Abrindo portas para a consolidação de outros projeto na região,
no que se refere a Educação à distancia via televisão ( t-learning)
Os modelos e-learming oferecem ambientes virtuais de
aprendizagem completissimos, com muitas facilidades, repositorios e ferramentas
que permitem ao aluno a um aprendizado satistorio.
Atuamente a televisão digital tambem é uma inovação
tecnologica que esta repercutindo bons frutos em alguns estados do Brasil e que
pode ser futuramente uma boa parceira para possibilitar um ensino de qualidade
nas comunidades distantes.
O ensino mediado por tecnologia que tem no
cotidiano do ser humano e assume um papel essencial na educação, que é orientar
os estudantes na busca de informações que auxiliem na construção do
conhecimento. É parte integrante do cotidiano das pessoas, sejam elas
estudantes ou não. A temática é
recorrente de discussão na área é a relação educação e tecnologias. Assim,
discutem-se possibilidades das tecnologias contribuírem e aperfeiçoarem os
processos de ensino e de aprendizagem como também a formação dos professores
para o uso dessas tecnologias. Cabe destacar que as tecnologias podem ser
usadas tanto na educação à distância como na educação presencial.
Neste sentido os professores ao se
deparam com a disseminação de várias tecnologias necessitam estar atualizados
para essa mudança de mercado e preparados para utilizarem estas ferramentas no
processo de ensino e de aprendizagem. O uso de tecnologias aplicadas a educação
pode tornar a educação um processo fluido e dinâmico onde professor e aluno
interagem e aprendem juntos.
Os
antecedentes do tema para o embasamento teórico necessário para a elaboração da
proposta apresentada estão resumidos a seguir, embora outras referências tenham
sido selecionadas e navegadas. Abaixo estão alguns dos mais relevantes
trabalhos relacionados que serviram para evidenciar o estado da arte
e contribuir satisfatoriamente para
a ampliação do
conhecimento aplicado neste trabalho.
Atento
a essas transformações, entre 1997 e 1999, o Núcleo de Comunicação e Educação
(NCE), da Universidade de São Paulo, sob a coordenação do Prof. Dr. Ismar de
Oliveira Soares, desenvolveu uma pesquisa temática financiada pela Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), denominada de “A Inter-relação
Comunicação e Educação no Âmbito da Cultura Latino-americana” (O Perfil dos
Pesquisadores e Especialistas na Área).
Em
2008 a tese apresentado ao programa de Pos-graduação em Ciências da
comunicação, Área de Interfaces Sociais da comunicação. A pesquisa tratava
sobre a mediação tecnológica na Educação: conceitos e aplicações abordava a
área de intervenção edocumunicatica “Mediação Tecnológica na Educação” TEM,
tratava-se das vertentes nas quais da Educomunicação se estrutura
epistemologicamente e que se encontrava bastante evidenciada, nos dias de hoje,
por conte da educação a distancia.
A
referida equipe de pesquisadores constatou que um novo campo de intervenção
social, denominado Educomunicação, já se consolidara. Esse campo se estrutura
de um modo processual, midiático, transdisciplinar e interdiscursivo, a partir
de quatro áreas concretas de intervenção social, quais sejam: educação para a
comunicação, mediação tecnológica na educação, gestão da comunicação e reflexão
epistemológica.
Em
2010 a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo com a dissertação da
pesquisadora Professora Andreza Bastos referente a “Educação presencial mediada
por tecnologia com interatividade em tempo real.
A
pesquisadora constatou que o ensino mediado era uma alternativa de ensino para
os professores da zona rural, pois a ideia da pesquisa, então era
contextualizar um cenário tecnológicos através dos recursos tecnológicos de TV
digital onde possibilitava aos professores usar um sistema presencial mediado
por tecnologia da UEA obter uma realimentação em tempo real do aprendizado dos
alunos.
Em 2011 o professor José Augusto de Melo Neto e Luci
Ferraz de Mello abordarão uma temática sobre Processos Comunicacionais na
Educação com Mediação Tecnológica no Estado do Amazonas Este artigo apresenta o
projeto “Ensino Médio Presencial com
Mediação Tecnológica”, planejado e implementado pela Secretaria Estadual
de Educação do Amazonas, o qual é oferecido por meio de um sistema via satélite
de videoconferência. Essa solução permite
a transmissão de aulas ao vivo com interação de áudio e vídeo para mais de 1.300
salas de aula distribuídas por todo estado amazonense.
Uma
obra clássica que contribui para o estudo da interação é a "Pragmática da
Comunicação Humana", de Watzlawick, Beavin e Jackson (1967). Os estudos
pragmáticos pretendem investigar a relação entre os interagentes, mediada pela
comunicação. A pragmática da comunicação valoriza a relação interdependente do
indivíduo com seu meio e com seus pares, onde cada comportamento individual é
afetado pelo comportamento dos outros.
Para
esses autores, a interação é uma série complexa de mensagens trocadas entre as
pessoas. Porém, o entendimento de comunicação vai além das trocas verbais. Para
essa escola, todo comportamento é comunicação.
O
filósofo Pierre Lévy é um dos pensadores mais representativos da revolução
digital no mundo contemporâneo. Nasceu na Tunísia e realizou seus estudos na
França, onde fez doutorado em Sociologia e em Ciências da Informação e da
Comunicação. Hoje é professor titular da cadeira de Pesquisa em Inteligência Coletiva,
da Universidade de Ottawa, no Canadá. Também presta serviço a vários governos,
organismos internacionais e grandes empresas, sobre as implicações culturais
das novas tecnologias. Seus livros já foram publicados em mais de 20 países.
Lévy
concebeu o conceito de Inteligência Coletiva em 1994 – um novo tipo de
pensamento sustentado por conexões sociais que são viáveis com a utilização das
redes abertas de computação da Internet. Lévy afirma ainda que a Internet é um
instrumento de desenvolvimento social, porque possibilita a partilha da
memória, da percepção, da imaginação. Isso resulta na aprendizagem coletiva e
na troca de conhecimentos entre os grupos.
Neste cenário a importância do estudo é desenvolver um modelo educacional com
ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real, pois o foco é oferecer uma opção diferenciada
ao processo de Educação regular síncrona tradicional do estado, oferecendo uma um modelo interativo utilizando
sistema presencial mediado por tecnologia, - Projeto Igarité, e assim
possibilite remodelar o sistema tradicional para o sistema assíncrono. Neste
sentido notar-se viável uma
sensibilização intuito reflexiva que valoriza o pensamento transdisciplinar na
análise do movimento e diversidade dos processos comunicativos, interativos
educacionais. Então, nesse cenário destaca-se o Projeto Igarite
onde oferece uma educação à distância, atendendo-se uma grande quantidade de
municípios, através do sistema presencial mediado por tecnologia, assim como pela
qualidade atribuída a eles
em relação ao seu corpo docente, técnico, administrativo
e todo suporte educacional e infraestrutura oferecida.
Considerando também as distâncias geográficas
existentes entre a capital e os demais municípios que integram o estado do Amazonas,
o Projeto Igarite preocupou-se em levar educação aos diversos povos e culturas
que compõem o Estado, e oferecendo aos
diversos municípios um o ensino fundamental tecnológicos a todos que queiram terminar
seus estudos na sua própria localidade.
DESCREVER O
PROBLEMA
Percebeu-se que muito cidadão não terem oportunidades
de estudarem no ensino regular presencial, em suas comunidades, e para que não
se deslocarem da sua localidade que vivem para outros lugares mais distantes,
surgiu o programa do ensino regular com mediação tecnológica. Este programa
garante uma educação básica de qualidade os jovens e adultos de vários
municípios do estado assegurando assim um ensino fundamental e médio a todos
que pretendem terminar seus estudos.
Nesse sentido o ensino à
distância apresenta-se como uma alternativa válida e um complemento aos atuais
métodos de educação, com capacidades de resposta a diversos tipos de
necessidades, nomeadamente para aqueles que se encontram impossibilitados de
participar nas atividades educativas existentes.
Nessa visão percebeu-se que o ensino assíncrono
modular, ou seja, o ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo
real é a melhor alternativa de ensino nas escolas rurais do Estado. Nesse
sentido houve a necessidade de remodelar o ensino síncrono tradicional para o
ensino assíncrono tecnológico. E assim desenvolver um modelo educacional
interativo modular utilizando recursos didaticos tecnológicos de que
possibilite um ensino assíncrono nas escolas do Estado.
O Estado do Amazonas, com seus 62 municípios
espalhados por cerca de 1,6 milhão de km2, não conseguia oferecer ensino
fundamental de qualidade junto às suas comunidades rurais. Isso por conta das
dificuldades de acesso a tais regiões e pela própria falta de professores,
dentre outros fatores. Para minimizar a defasagem idade-série e levar o ensino
regulara a regiões de difícil acesso, surgiu o projeto o ensino mediado por
tecnologia.
Para se ter uma idéia das dificuldades geográficas
do referido ambiente, são 3,5 milhões de habitantes, mais da metade deles
vivendo na capital, Manaus. Quanto à maior parte de suas comunidades rurais, em
alguns casos, chega-se a levar 30 dias de barco até as localidades mais
longínquas, partindo de Manaus. E os moradores dessas regiões que quisessem
atender ao ensino fundamental tinham que se mudar para o município mais próximo
dentre os 62 do estado, o que poderia significar uma viagem de mais de 300 km por
barco.
A dificuldade na oferta de ensino fundamental fazia
com que o Estado do Amazonas ficasse sempre nas últimas colocações do ranking
de educação do Ministério da Educação. Iniciado em 2007, o investimento nesse
projeto contribuiu para que pulasse para a 16ª posição já ao final de seu
segundo ano de existência.
Em qualquer canto do país, todos
têm o direito de estudar perto de casa. Essa determinação consta do Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA) e de um parecer do Conselho Nacional de Educação
(CNE). Os documentos determinam que a frequência à Educação Infantil ocorra na
mesma comunidade em que a criança mora e que, excepcionalmente, alunos dos anos
iniciais do Ensino Fundamental sejam atendidos em instituições nucleadas - que
recebem estudantes de diferentes localidades -, mas todos devem ser mantidos no
contexto rural. Desde que o deslocamento não seja grande demais, ela é positiva
se permite o acesso a uma infra-estrutura melhor.
Com essa problemática a Secretaria
do Estado - SEDUC viabilizou um modelo tecnológico – Projeto Igarité e rompeu a
falta do ensino fundamental e carência de professores nas localidades da zona
rural e urbana e expandiu o ensino tecnológico, que alunos continuarem seus
estudos o modelo desse ensino tecnológico hoje esta presente ensino no
Município de Urucurituba oferecendo aos alunos oportunidade de estudarem na sua
localidade de origem, e assim terminarem seus estudos. A fim de melhor
compreender os recursos didáticos o ensino mediado por tecnologia com
interatividade em tempo real e, na melhoria da qualidade de ensino, colocamos
as seguintes questões de partida:
Pergunta
central de investigação referente ao problema.
Quais são
os recursos didáticos aplicados no ensino mediado por tecnologia com
interatividade em tempo real, no Município de Urucurituba, nas escolas
Estaduais da Amazonas, no Ensino Fundamental, Brasil, ano 2015?
A
pergunta especifica: Em
que consiste os recursos didáticos utilizados
no ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real no Município
de Urucurituba, nas Escolas Estaduais da Amazonas, no Ensino Fundamental,
Brasil, ano 2015?
Em que consiste o ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo
real vivenciados no Município de Urucurituba, nas Escolas Estaduais da
Amazonas, no Ensino Fundamental, Brasil, ano 2015?
Como se relaciona a interatividade em tempo real, os
recursos didáticos utilizados e o ensino mediado por tecnologia, no Município
de Urucurituba, nas Escolas Estaduais da Amazonas, no Ensino Fundamental,
Brasil, ano 2015?
Objetivo geral é analisar os recursos didáticos aplicados no ensino mediado por
tecnologia com interatividade em tempo real, no Município de Urucurituba, nas
Escolas Estaduais da Amazonas, no Ensino Fundamental, Brasil, ano 2015.
Objetivos específicos:
Descrever os recursos didáticos utilizados no ensino mediado por tecnologia com interatividade em
tempo real no Município de Urucurituba, nas Escolas Estaduais da Amazonas, no
Ensino Fundamental, Brasil, ano 2015;
Apresentar o ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real vivenciados no
Município de Urucurituba, nas Escolas Estaduais da Amazonas, no Ensino
Fundamental, Brasil, ano 2015;
Relaciona a interatividade em tempo real, os
recursos didáticos utilizados e o ensino mediado por tecnologia, no Município
de Urucurituba, nas Escolas Estaduais da Amazonas, no Ensino Fundamental,
Brasil, ano 2015.
JUSTIFICATIVA DA
PESQUISA
O trabalho proposto
para o desenvolvimento do trabalho justifica-se pela necessidade e o rápido
desenvolvimento do ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real
da escola estaduais do Amazonas enfatizando a do município de Urucurituba, pois
esse modelo de ensino venha a melhorar qualidade do ensino do Estado na forma a
evoluir os resultados do IDEB nas escolas do Estado. Notoriamente, nota-se que esse modelo de
educação tecnológica, é um movimento que não é apenas passageiro e sim,
definitivo. Com um mundo cada vez mais globalizado, as distancia que eram de
dias passaram a ser realizadas em tempo real, com o advento da internet. Tendo
por base esses fatores, a educação sendo um pilar de sustentação da sociedade,
não poderia ser deixada de lado, pois, em um mundo onde mais e mais pessoas, se
aglomeram em busca de trabalho, busca-se novas formas de melhorar e facilitar
essa necessidade. Sendo assim, o ensino mediado por tecnologia se encaixa nesse
ambiente propício, pois fornece mecanismo para o ensino que outrora era
estático, dentro de uma instituição.
O estudo vem
contribuir para a melhoria da qualidade do ensino. A simples presença de novas
tecnologias na escola não é por si só, garantia de maior qualidade na educação,
pois a aparente modernidade pode mascarar um ensino tradicional baseado na
recepção e na memorização de informações.
Há necessidade
da busca de soluções adequadas a esse problema, faz com que os estudos e os
avanços tecnológicos devam progredir a fim de uma maior integração e
desenvolvimento entre a tecnologia e a educação.
Neste sentido de se desenvolver
uma investigação nessa área se justifica em mostrar e conhecer a relevância e
os benefícios que o ensino mediado por tecnologia traz á educação.
Neste panorama, surge na
vanguarda da elaboração de projetos educacionais a modalidade de educação mediada por
tecnologias, para o público jovem, de ensino fundamental, trazendo o rompimento
das barreiras entre as soluções (metodologias e tecnologias) adotadas na
preparação de estudantes para acesso ao ensino superior das principais
universidades e faculdades do
país.
Essa pesquisa estabelece o início
de uma revolução educacional do ensino fundamental, pois se trata de empenho
conjunto para a consolidação de políticas educacionais desenvolvidas e
ofertadas em educação presencial mediada por tecnologia. O resultado permitirá
as escolas do Estado a possibilidade de ofertar uma preparação completa,
fundamentada e direcionada ao aproveitamento de todo o processo educacional a
qual os estudantes estarão inseridos, possibilitando assim o melhor aproveitamento
dos recursos e consequentemente ampliando os horizontes para
a melhoria continuada da educação brasileira, partindo da experiência estadual.
O
trabalho também contribuirá para a divulgação da modalidade dos recursos
didáticos o ensino mediado por tecnologia presencial com interatividade em
tempo real, no ensino modular, no Município de Urucurituba, tendo em vista a
importância do trabalho no meio social. Então, percebe-se que o ensino mediado
por tecnologia no seu âmbito educacional é método ensino/aprendizagem no quais
professores e alunos podem se comunicar ao mesmo tempo, além da forma
convencional (presencial), também de maneira virtual.
Uma
das principais limitações deste trabalho prendeu-se com a análise dos dados
recolhidos. Esta revelou-se uma tarefa árdua, sobretudo difícil para nós que
ainda somos aprendizes nesta tarefa, dificultando-nos, desta forma de
desenvolver uma pesquisa de campo que envolvesse um maior número de escolas e
inevitavelmente estar a trabalhar com um universo extremamente ampliado. Desta
forma, pensamos que tal limitação acabou por restringir a nossa análise refletindo
nos resultados apresentados.
A
transição do meio convencional, ou seja, o ensino presencial, para o ambiente
virtual, não deve ser vista como um fácil processo, mas é a grande tendência
para a educação do futuro.
Quando concluído
o trabalho ficará a disposição da divisão para pesquisas que possam ser
realizadas por pessoas interessadas no trabalho.
Enfim,
percebe-se que as novas ferramentas e ambientes estão sendo desenvolvidos e
utilizados buscando alcançar méritos positivos para esta nova modalidade.
A viabilização da gestão desses processos
comunicacionais contou com o investimento do governo amazonense na formação de
todos os professores envolvidos no processo. Isso incluiu a realização de módulos
de educação continuada para atualização anual dos mesmos sobre o uso das novas
tecnologias junto ao ambiente educacional, exatamente para que entendam o uso
mais adequado das mesmas em termos pedagógicos.
HIPÓTESES
Segundo Mugrabi e Doxsey (2003. p. 40), a hipótese é uma proposição de resposta provisória e relativamente sumária á questão colocada. Ela tende a formular uma relação entre fatos significativos ou entre dois conceitos. Ela guia o trabalho de coleta e de análise de dados, ajudando a selecionar os fatos observados. É nesta ordem de ideia que delineamos as seguintes hipóteses:
Os recursos didáticos o ensino mediado por tecnologia facilita interatividade em tempo real, no Município de Urucurituba, nas escolas estaduais da amazona, no ensino fundamental, Brasil, ano 2015.
Os recursos didáticos o ensino mediado por tecnologia não facilita interatividade em tempo real, no Município de Urucurituba, nas escolas estaduais da amazona, no ensino fundamental, Brasil, ano 2015.
A utilização dos recursos didáticos o ensino mediado por tecnologia interatividade em tempo real, contribui para a eficácia e eficiência do processo ensino-aprendizagem dos alunos.
Os tópicos da dissertação estão distribuídos da seguinte forma:
Tópico 1-Introdução: este tópico descreve de forma sucinta o problema, justificativa, os objetivos e as hipóteses.
Tópico 2 - OS RECURSOS DIDÁTICOS: este tópico descrever os recursos didaticos no ensino mediados por tecnologia com interatividade em tempo real.
Tópico 3 - NO ENSINO MEDIADO POR TECNOLOGIA: este tópico descreve o modelo de Educação a distancia em funcionamento no Amazonas e o cenário do sistema presencial mediado por tecnologia
Tópico 4 - INTERATIVIDADE EM TEMPO REAL: este tópico descreve a interface interativa do ensino mediado por tecnologia das escolas do Estado do Amazonas.
1.1
OS RECURSOS DIDÁTICOS, UTILIZADOS
NO ENSINO MEDIADO POR TECNOLOGIA COM INTERATIVIDADE EM TEMPO REAL.
A Universidade justifica a classificação do Ensino Presencial
Mediado como uma nova espécie de Ensino Presencial através da seguinte argumentação:
“[...] há, no entanto, uma grande diferença entre o
modelo de educação a distância e o modelo desenvolvido pela UEA: sistema presencial mediado pela tecnologia. nesse
sistema, os alunos, em salas de aula multimídias, localizadas no interior,
recebem a mesma informação, em tempo real, com a potencialização e integração
dos diferentes meios e linguagens tais como o computador, a tv, o vídeo, o
material impresso e o telefone. os recursos tecnológicos, o pessoal envolvido e
os procedimentos utilizados no sistema contribuem para a formação de um
ambiente que recria as características da aula presencial, favoráveis ao
desenvolvimento dos processos de aprendizagem”.
(universidade do estado do amazonas, 2006, p. 9).
Dessa forma, podem-se resumir os argumentos da
Universidade nos seguintes tópicos: os alunos se encontram em horários
determinados para assistirem as aulas em conjunto, ou seja, não é um estudo
independente (I); a aula é transmitida em tempo real - ao vivo (II); recriam-se
as características de uma aula presencial – a mediação torna-se um simples
detalhe (III); a televisão (tecnologia da comunicação utilizada) é vista como um
recurso e não como um meio em si (IV)
Para Dos Anjos (2008. p. 15). “Os recursos didáticos
compreendem uma diversidade de instrumentos e métodos pedagógicos que são
utilizados como suporte experimental no desenvolvimento das aulas e na
organização do processo de ensino e de aprendizagem”. Eles servem como objetos
de motivação do interesse para aprender dos educando.
Para Souza (2007, p.
28). “Nesse sentido os recursos didáticos se apresentam como conjunto de
dispositivo (materiais) utilizado concomitantemente ou não, que auxiliam o
processo de aprendizagem”.
Conforme a mediação também compreende:
[...] a forma de se apresentar e tratar um conteúdo
ou tema que ajuda o aprendiz a coletar informações, relacioná-las,
organizá-las, manipulá-las, discuti-las, debatê-las, com seus colegas, com o
professor e com outras pessoas (intraprendizagem), até chegar a produzir um
conhecimento que seja significativo para ele, conhecimento que se incorpore ao
seu mundo intelectual e vivencial, e que o ajude a compreender sua realidade
humana e social, e mesmo a interferir nela. (MASETTO 2011, p. 110).
O Ensino mediado por tecnologia ao
fazermos referência à mediação, primeiro é necessário compreendê-la: processo pelo qual o
participante é imerso em um ambiente construtivista capaz de oferecer condições
de interatividade produtiva e aprendizagem colaborativa, sendo mediado e
mediando em um processo continuado. (MASETTO
2011, p. 110).
De acordo com o
autor que apresenta como características da mediação pedagógica:
[...] dialogar
permanentemente com o que acontece no momento; trocar experiências; debater dúvidas,
questões ou problemas; apresentar perguntas orientadoras; orientar nas
carências e dificuldades técnicas ou de conhecimento quando o aprendiz não
consegue encaminhá-las sozinho; garantir a dinâmica dos processos de
aprendizagem; propor situações-problema e desafios; desencadear e incentivar
reflexões; criar intercâmbio entre a aprendizagem e a sociedade onde nos encontramos-nos
mais diferentes aspectos; colaborar para estabelecer conexões entre o
conhecimento adquirido e novos conceitos. (MASETTO 2011, P.
147).
Cabe
frisar que a mediação tecnológica é sim pedagógica, mas lhe é agregada a
utilização das novas tecnologias de comunicação e informação, aparecendo,
através das falas dos entrevistados como motivadora dos processos de ensino e
de aprendizagem. O professor fará uso destas ferramentas para que elas tenham o
papel de uma ‘ponte móvel’ entre o conhecimento científico trazido pelo
professor ao aluno. (MASETTO 2011, p. 147).
Na perspectiva de Moran (2009, p.
63.) “Ensinar com as
novas mídias será uma revolução se mudarmos simultaneamente os paradigmas
convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos. Caso
contrário, conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no essencial”.
Percebe-se no autor que a:
Interatividade em tempo real o conceito
"interatividade" é de fundamental importância para o estudo da
comunicação mediada por tecnologias, da educação à distância, da engenharia de
software e de todas as áreas que lidam com a interação homem-máquina e
homem-homem via computador. Porém, tal conceito tem recebido as mais diversas
definições, onde muitas delas têm, na verdade, mais confundido e prejudicado a
pesquisa e o desenvolvimento de interfaces e criação de cursos mediados por
computador. (MARTINS, 2002).
O autor é bem específico nos que diz respeito à
interatividade, pois e de fundamental importância para estudo da comunicação de
todas as áreas que lidam com interação de individuo e maquina e individuo e
individuo via computador.
Conforme o
autor que considera-se:
Portanto, consideram-se
cabíveis afirmar que nesse contexto o ensino presencial mediado por tecnologia
rompe teoricamente com a ideia de um ensino que coloca o professor como centro
do processo de ensino para um novo sistema, no qual se teria a aprendizagem e
sua construção colaborativa como escopo principal, ou seja, o professor deixa
de ser um transmissor de conhecimentos, para ser mediador entre os saberes e os estudantes, sendo uma ponte
entre o aprendiz e sua aprendizagem não uma ponte estática, mas uma ponte
„rolante‟, que ativamente colabora para que o aprendiz chegue aos seus
objetivos. A estrutura do documento terá os seguintes tópicos: recursos
didáticos, ensino mediado por tecnologia, interatividade em tempo real modular.
(MORAN 2000. p.34).
A integração de
novas tecnologias nas escolas precisa dar ênfase na importância do contexto
sócio-histórico-cultural em que os alunos vivem e a aspectos afetivos que suas
linguagens representam.
O uso de
computadores como um meio de interação social, onde o conflito cognitivo, os
riscos e desafios e o apoio recíproco entre pares está presente, é um meio de
desenvolver culturalmente a linguagem e propiciar que a criança construa seu
próprio conhecimento. Segundo RICHTER (2000), “as crianças precisam correr riscos
e desafios para serem bem sucedidas em seu processo de ensino-aprendizagem,
produzindo e interpretando a linguagem que está além das certezas que já tem
sobre a língua”.
Vygotsky
valoriza o trabalho coletivo, cooperativo, ao contrário de Piaget, que considera
a criança como construtora de seu conhecimento de forma individual. O ambiente
computacional proporciona mudanças qualitativas na zona de desenvolvimento
proximal do aluno, os quais não acontecem com muita freqüência em salas de aula
“tradicionais”. A colaboração entre crianças pressupõe um trabalho de parceria
conjunta para produzir algo que não poderiam produzir individualmente.
A zona de
desenvolvimento proximal, comentada anteriormente, possibilita a interação
entre sujeitos, permeada pela linguagem humana e pela linguagem da máquina,
força o desempenho intelectual porque faz os sujeitos reconhecerem e
coordenarem os conflitos gerados por uma situação problema, construindo um
conhecimento novo a partir de seu nível de competência que se desenvolve sob a
influência de um determinado contexto sócio-histórico-cultural. Wallon também
acredita que o processo de construção do conhecimento passa por conflitos,
momentos de crises e rupturas.
A colaboração em
um ambiente computacional torna-se visível e constante, vinda do ambiente livre
e aberto ao diálogo, da troca de idéias, onde a fala tem papel fundamental na
aplicação dos conteúdos. A interação entre o parceiro sentado ao lado, entre o
computador, os conhecimentos, os professores que seguem o percurso da
construção do conhecimento, e até mesmo os outros colegas que, apesar de
estarem envolvidos com sua procura, pesquisa, navegação, prestam atenção ao que
acontece em sua volta, gera uma grande equipe que busca a produção do
conhecimento constantemente. Através disso tudo a criança ganhará mais
confiança para produzir algo, criar mais livremente, sem medo dos erros que
possa cometer, aumentando sua auto-confiança, sua auto-estima, na aceitação de
críticas, discussões de um trabalho feito pelos seus próprios pares.
As novas
tecnologias não substituem o professor, mas modificam algumas de suas funções.
O professor transforma-se agora no estimulador da curiosidade do aluno por
querer conhecer, por pesquisar, por buscar as informações. Ele coordena o
processo de apresentação dos resultados pelos alunos, questionando os dados
apresentados, contextualizando os resultados, adaptando-os para a realidade dos
alunos. O professor pode estar mais próximo dos alunos, receberem mensagens via
e-mail com dúvidas, passar informações complementares para os alunos, adaptar a
aula para o ritmo de cada um. Assim sendo, o processo de ensino-aprendizagem
ganho um dinamismo, inovação e poder de comunicação até agora pouco utilizados.
As crianças
também podem utilizar o E-mail para trocar informações, dúvidas com seus
colegas e professores, tornando o aprendizado mais cooperativo. O uso do
correio eletrônico proporciona uma rica estratégia para aumentar as habilidades
de comunicação, fornecendo ao aluno oportunidades de acesso a culturas
diversas, aperfeiçoando o aprendizado em várias áreas do conhecimento.
Usando a mesma
linha de pensamento o autor afirma que:
O uso da Internet, ou seja, o hiper espaço,
é caracterizado como uma forma de comunicação que propicia a formação de um
contexto coletivizado, resultado da interação entre participantes. Conectar-se
é sinônimo de interagir e compartilhar no coletivo. A navegação em sites
transforma-se num jogo discursivo em que significados, comportamentos e
conhecimentos são criticados, negociados e redefinidos. Este jogo comunicativo
tende a reverter o “monopólio” da fala do professor em sala de aula. (PELLANDA,
2000. p. 21-35).
O autor relata
que o uso da internet é fundamental importância da o processo de interação
entre individuo, pois podem ser comunicar instantaneamente entre ambas
conectando e compartilhando no coletivo. Pois assim o hiper espaço torna-se um
vinculo propicio na formação do coletivo resultando interação e socialização
dos participantes caracterizando o aprendizado.
2 RECURSOS
DIDÁTICOS (10 a
15 pág.)
Os recursos didaticos, segundo a Classificação
Brasileira dos Recursos audiovisuais, são classificados em visuais:
(álbum seriado, cartazes, exposição, fotografias,
flanelográficos, gráficos, gravuras, mapas, modelos, mural, museus, objetos,
quadro de giz, quadro, transparências), auditivos (aparelho de som, discos,
fitas cassete, CDs, radio, CD-ROM) ou audiovisuais (filmes, diapositivos e
diafilmes com som, cinema sonoro, televisão, videocassete, programas para
computadores com som, aparelho de DVD, computador). É claro que constantemente
outros materiais didáticos são criados, seja por uma necessidade educacional ou
por imposição políticos-admistrativa, somando-se aos demais já existentes
(FREITAS, 2007, p.56).
De acordo com essa classificação
brasileira podemos ter um olhar de quais são os recursos utilizados na sala de
aula. E ver suas utilização para o processo de aprendizagem em toda esfera
global, pois a mesma esta inserida em todo contexto educacional.
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A utilização de recursos didáticos impõe a
recorrência a critérios para uma escolha mais eficiente, dos quais destacamos
os seguintes, apresentados por HAYDT (1997, p. 56):
a) adequação aos objetivos, ao conteúdo e ao grau de
desenvolvimento dos alunos, aos seus interesses e necessidades;
b) adequação à função que se quer desenvolver (cognitiva,
afetiva ou psicomotora);
c) simplicidade: fácil manejo, baixo custo,
manipulação acessível;
d) qualidade e exatidão;
e) atrativos: devem despertar interesse e
curiosidade.
Então pode-se dizer que:
À medida que avançam as tecnologias de comunicação
virtual, o conceito de presencialidade também se altera. Poderemos ter
professores externos compartilhando determinadas aulas, e um professor de fora
“entrando” por videoconferência na minha aula. Haverá um intercâmbio muito
maior de professores, por meio do qual cada um colaborará em algum ponto
específico, muitas vezes a distância. (MORAN, 2002, p. 58).
O autor diz que à medida que avança a tecnologia o
conceito também se altera devido a distancia, e assim cada professor colabora
na interatividade socializando e aprendendo algo diferente de há necessidade
muita da distancia, então o presencial fica alterado devido o virtual
modificando o processo educativo em uma aula diferenciada.
Os recursos didáticos desempenham um papel
importante no processo de ensino e aprendizagem, desde que se tenha clareza das
possibilidades e dos limites que cada um deles apresenta e de como eles podem
ser inseridos numa proposta global de trabalho. Quando a seleção de recursos
didáticos é feita pelo grupo de professores da escola, cria-se uma oportunidade
de potencializar o seu uso e escolher, dentre a vasta gama de recursos
didáticos existentes, quais são os mais adequados à sua proposta de trabalho.
(PCNS, 1988, p. 96).
Na concepção do autor que certos recursos didaticos
desempenham um papel importante no processo de ensino aprendizagem, ou seja,
quando os recurso e feita em grupo torna-se mais viável de criar oportunidades
de potencializar o aprendizado visando
os mais adequados a cada proposta de ensino.
Para o autor refere-se sobre a importância do uso
das tecnologias:
Atualmente, a tecnologia coloca à disposição da
escola uma série de recursos potentes como o computador, a televisão, o
videocassete, as filmadoras, além de gravadores e toca- fitas, dos quais os
professores devem fazer o melhor uso possível. No entanto, é igualmente
importante fazer um bom uso de recursos didáticos como quadro de giz, ilustrações,
mapas,globo terrestre, discos, livros, dicionários, revistas, jornais, folhetos
de propaganda, cartazes, modelos, jogos e brinquedos. Aliás, materiais de uso
social e não apenas escolares são ótimos recursos de trabalho, pois os alunos
aprendem sobre algo que tem função social real e se mantêm atualizados sobre o
que acontece no mundo, estabelecendo o vínculo necessário entre o que é
aprendido na escola e o conhecimento extra escolar. (PCNS, 1988, p. 96).
Percebe-se na concepção do autor a grande relevância
do uso dos recursos tecnológicos na escola nos quais os professores devem fazer
melhor uso possível. Nesse sentido tanto o aluno e professores ficam frente com
novas tecnologias, estabelecendo entre ambas as partes um vinculo necessário
entre o que é aprendido na escola e o conhecimento extra-classe diz o autor:
Indiscutível a necessidade crescente do uso de
computadores pelos alunos com instrumento de aprendizagem escolar, para que
possam estar atualizados em relação às novas tecnologias da informação e se
instrumentalizarem para as demandas sociais presentes e futuras. A menção ao
uso de computadores, dentro de um amplo leque de materiais, pode parecer
descabida perante as reais condições das escolas, pois muitas não têm sequer
giz para trabalhar. Sem dúvida essa é uma preocupação que exige posicionamento
e investimento em alternativas criativas para que as metas sejam atingidas.
(PCNS, 1988, p. 96).
Dentre os diferentes recursos, o livro didático é um
dos materiais de mais forte influência na prática de ensino brasileira. É
preciso que os professores estejam atentos à qualidade, à coerência e a
eventuais restrições que apresentem em relação aos objetivos educacionais
propostos. Além disso, é importante considerar que o livro didático não deve ser
o único material a ser utilizado, pois a variedade de fontes de informação é
que contribuirá para o aluno ter uma visão ampla do conhecimento. (PCNS, 1988,
p. 96).
Para que afirmar que:
As técnicas que se usam para favorecer ou facilitar
a aprendizagem também podem ser as chamadas “convencionais” e as apelidadas de
“novas tecnologias”. As convencionais são aquelas que já existem algum tempo e
que são muito importantes para a aprendizagem em processo presencial, já as
tecnológicas envolvem o uso da informática, do computador, da Internet, do
CD-ROM, etc., colaborando para tornar o processo de educação mais eficaz. (Masetto 2000, p. 34)
É importante lembrar que a primeira regra para a
utilização de qualquer recurso didático é: se não estiver bem elaborado,
construído, ou se você não souber utilizar, não use! Vá a busca desse
conhecimento! Os recursos didáticos não podem ser utilizados como se fossem as
aulas em si.
Nesse contexto o autor afirma que:
Os professores possuem pouco conhecimento de informática,
apresentam alto nível de frustração pessoal por se deparar com muitos erros e
muito a fazer para melhorar a utilização desta tecnologia e sentem dificuldades
no gerenciamento dos recursos dessas salas. [...] muitos professores se
depararão com alunos que detêm conhecimentos tecnológicos muito superiores aos
seus e, por esse motivo ainda se sentem inseguros e meio constrangidos diante
dessa nova mudança de paradigma. (Tajra
1998, p. 64).
Nesse entendimento, começa-se a destacar a
importância dos recursos didáticos, não coma mesma relevância atual adquirida com
a Pedagogia Crítico-social dos conteúdos, porém mais enfática que o período
anterior:
Acredita-se que o debate acerca da utilização de
tais recursos tenha surgido a partir do movimento amplo e complexo que ficou
conhecido como Escola Nova, [...]
responsável por redefinir
o contexto educacional.
Passou a designar em
sentido mais amplo
um novo tratamento
dos problemas da educação e estava ligado a movimentos de
criação e propagação de idéias revolucionárias,
a instauração de
reuniões nacionais e
internacionais e a debates
em meios de
comunicação e meios
acadêmicos da época (OLIVEIRA e COSTA, 2011, p. 2-3).
Neste cenário acredita-se que para a utilização de
tais recursos surgiu através de um movimento aberto e difícil que ficou
conhecido na época como escola nova. Definido assim no âmbito educacional
responsabilidade diretas sobre a escola. Outro conceito de recursos didáticos é
trazido por professores do Instituto Benjamin Constant, que os definem como:
Todos os recursos físicos, utilizados com maior ou
menor freqüência em todas as disciplinas,
áreas de estudo ou atividades, sejam
quais forem as técnicas ou
métodos empregados, visando auxiliar o educando a
realizar sua aprendizagem mais eficientemente, constituindo-se num
meio para facilitar, incentivar ou possibilitar o processo
ensino-aprendizagem. (CERQUEIRA e FERREIRA, 1996, p.1).
Nessa
perspectiva, os recursos didáticos tornam-se uma poderosa ferramenta no
processo ensino-aprendizagem, uma vez que podem auxiliar o aluno na aquisição
de novos conhecimentos. Na concepção de Caldeira, Câmara e Lima, (2011, p. 34).
“E para que a aula seja considerada dinâmica, é necessário que isso aconteça,
ou seja, que o aluno participe como
sujeito na construção do
conhecimento”. Refere-se Caldeira,
Câmara e Lima, (2011, p. 4). “No entanto, é preciso atentar para a função do
professor nesse processo: “não são os recursos que transformam aulas de
reprodução em aulas de construção, cabe ao professor que é o mediador adequar a função do recurso aos seus
objetivos e conteúdos para que a aprendizagem aconteça”.
As proposições de Masetto acentuam:
Por mediação pedagógica entendemos a
atitude, o comportamento do professor que
se coloca como facilitador,
incentivador ou motivador da aprendizagem, que se apresenta com a disposição de
ser uma ponte entre o aprendiz e sua aprendizagem,[...] que ativamente colabora
para que o aprendiz chegue aos seus objetivos. (2000, p. 145).
Nessa citação o autor leva em
conta a posição do educador frente aos desafios sobre a mediação pedagógica,
pois colocar o professor como facilitador da aprendizagem motivando ativamente
o aprendiz chegando assim a alcançar a seus objetivos de sua aprendizagem e,
facilitando essa mediação e fazendo uma ponte entre educador e aluno.
Sabemos que cabe ao professor selecionar os recursos
a serem utilizados em sua aula. Karling chama os recursos didáticos de recursos
de ensino. O mesmo diz que o professor ao selecionar estes recursos deverá
seguir alguns passos, a saber: I. Este deve analisar se tais recursos são
adequados ou não aos objetos que pretende alcançar e se realmente trazem
benefícios; II. Depois deverá verificar se conhece e sabe usar o recurso; III.
Tendo verificado, o professor deverá testar para ver se estão em condições de
funcionamento; IV. Certificar de que nada falta para seu uso; V. Por fim,
planejar devidamente todas as etapas do seu uso para evitar surpresas, imprevistos
e eventuais falhas. (KARLING 1991, p. 244-254).
Na concepção do autor cabe o professor selecionar os
recursos didaticos a serem utilizados na sala de aula. O mesmo deve seguir
assim alguns passos para aprendizado dos alunos. Analisar os recursos são
adequados ou não. Verificar se conhece e como deve usar esse recurso. Outro
motivo é ver se os materiais estão bons para uso para melhor aplicação dos
mesmos. E certificar de nada falta para a utilização. E por fim planejar
devidamente as etapas do seu uso assim dar êxito ao processo de aprendizagem
De
acordo com autor:
O uso inadequado de um recurso didático pode resultar
em uma inversão didática em
relação à sua finalidade pedagógica inicial. Isto ocorre quando o material
passa a ser utilizado como uma
finalidade em si mesmo em vez de
ser visto[como]um instrumento
para a aquisição
de um conhecimento específico. (PAIS, ibidem, p. 5,
grifo do autor).
Entende-se que o uso inadequado dos recursos didáticos
torna-se uma inversão didática mediante a finalidade pedagógica. Pois trata-se
que o recurso didaticos se como uma finalidade de utilização meramente neutra
em vez de ser visto como instrumento para o aprendizado de um conhecimento
específico.
Para Pais afirma que:
Os recursos didáticos têm
como função aumentar o alcance das mensagens, ou seja, fazer com que o maior
número de alunos possa assimilar o conhecimento. Dessa forma, quanto maior a
diversidade de recursos, melhor é a aprendizagem, pois se os estudantes não
conseguem entender com um método, o uso de um segundo método pode melhorar o
entendimento e fixar a mensagem para quem já compreendeu. No mundo globalizado,
já não é possível se caminhar sem o uso das novas tecnologias de informação e
comunicação, a comunidade escolar já percebe a importância das tecnologias como
ferramenta didático-pedagógica na educação, e como instrumento de mudanças no
processo de ensino e aprendizagem. (PAIS, 2000, p. 2-3).
Nesse contexto o recurso
didaticos tem função de aumentar a interação dos alunos e assim possibilitando
assimilar o conhecimento propriamente dito. Dessa forma quanto maior a
diversidade desses recursos maior será o aprendizado dos alunos, pois os alunos
conseguem entender os conteúdos repassados fixando a mensagem.
Na concepção do autor que
afirma que:
O espaço escolar deve ser
visto como um espaço de constantes mudanças, onde o aluno possa, de forma
participativa, interagir positivamente na construção do conhecimento. Dentre os
recursos tecnológicos mais avançados, está o computador com todas as suas
potencialidades, inclusive a internet que é uma fonte diversificada de pesquisa
de conteúdo, uma fonte de atividades variadas e interessantes multimídias,
imagens, software, sons, textos, etc. Sendo o professor uma peça importante no processo
pedagógico como orientador e mediador, por meio de um roteiro bem definido dos
temas abordados, fornecendo pistas, questionando posições e estratégias,
promovendo perspectivas de análise mais crítica por parte dos usuários. È de
suma importância que ele tenha clareza de qual é objetivo do uso do computador
como ferramenta pedagógica. (PAIS, 2000, p. 4-5).
Segundo o autor, na minha
prática, os recursos didáticos são ferramentas indispensáveis para dinamizar
todo o trabalho que é desenvolvido dentro e fora da sala de aula. Se formos
pensar na diversidade de recursos que a tecnologia disponibiliza, a escola
pública ainda é muito pobre e deficitária, mais precisamos utilizar tudo que
temos a nossa disposição para criarmos ambientes favoráveis de aprendizagem. (PAIS, 2000, p. 6-7).
Pais relata que professor
na sala diz que:
Quando o professor entra
na sala de aula, ele já está com os recursos básicos da profissão que são
livro, quadro, pincel e apagador, é necessário agora que isso mude, não podemos
mais continuar nessa mesmice que perdura há séculos. Realizar atividades
pedagógicas dinâmicas e mais atraentes é papel do profissional da era
tecnológica, sabemos que as escolas apresentam algumas limitações quando o
assunto é recurso, mas o que nos é disponível tem que ser utilizado de forma
eficaz e prazerosa, porque eles podem contribuir para o desenvolvimento do
educando preparando-o para o exercício da cidadania e para o mercado de
trabalho. Ensinar com as novas tecnologias só será proveitoso se mudarmos
nossos paradigmas tradicionais, que mantêm distantes professores e alunos. (PAIS, 2000, p. 34).
Nessa concepção o
professor ao entrar na sala aulas utilizando os recursos básicos. Então o
professor deve utilizar não o tradicional e sim recursos atuais que possam
chama atenção do aluno. Contribuindo no desenvolvimento do aprendizado dos
educandos preparando para o exercício da cidadania e para o mercado de
trabalho.
No decorrer do tempo, todos
os recursos tecnológicos utilizados na sala de aula vêm se renovando temos que
ta apar desses recursos com o chat e um recurso novo na sala mediada por
tecnologia.
O Chat, mais conhecido no
Brasil como bate-papo, tendo como objetivo principal o estabelecimento de
discussões síncronas por via textual.
Para Fischer:
Os participantes do chat,
identificados por pseudônimos, podem enviar e ler mensagens, estabelecendo uma
discussão em grupo e, ainda, trocar mensagens de forma reservada e particular.
Esta possibilidade de “conversar on-line”, esclarecimento de dúvidas,
discussões ou debates, dentre outros. No entanto, existe grande possibilidade
de apresentar desmotivação e/ou desvio do objetivo pretendido (Fischer,
2000, p 34).
Como o
mecanismo é aberto, ou seja, não existe controle de software sobre o que será
discutido, ou mesmo na ordem da discussão, muitos alunos podem perder o
estímulo em participar da discussão ou desviar o papo para um assunto adverso à
finalidade do encontro. Muitos alunos
podem, ainda, sentir-se inibidos a emitir opiniões, seja por receio de expor
suas idéias ao grupo e ser repreendido ou chacoteado, ou simplesmente pela
falta de experiência com o ambiente utilizado, ou por não conseguir acompanhar
o ritmo ágil e de certa forma desordenado de uma seção de chat. (FISCHER, 2000, P 34).
Para o autor o aproveitamento dos instrumentos
relata que:
Assim, o professor exerce
um papel fundamental para o bom aproveitamento deste instrumento. Ele deve
estar atento para identificar os alunos que não estão participando e
instigá-los a se expressar, com o cuidado de não parece uma obrigatoriedade, o
que poderia provocar maior retração por parte do aluno. É preciso, ainda, que o
professor esteja atento a desvios na discussão, emitindo considerações que
levem o grupo a retomar o objetivo pretendido. Para que o professor possa
melhor desempenhar sua função de coordenador de debates ou discussões em chats,
é preciso que a ferramenta utilizada lhe forneça uma série de informações
gerenciais que o auxiliem na identificação de possíveis problemas. Dentre as possibilidades
gerenciais estão o controle de autorização, permitindo acesso apenas a alunos
de uma turma, quando necessário; saber a freqüência de intervenção dos
participantes; excluir da sala usuários que não respeitem as normas
estabelecidas; saber quais alunos estão realizando conversas paralelas, pois a
depender da freqüência isto pode interferir no debate do grupo; além de várias
outras possibilidades que auxiliem o professor na tarefa de coordenar a
discussão (FISCHER, 2000, P. 45).
Nesse contexto é importante
é a possibilidade de armazenar toda a discussão realizada e disponibilizar o
conteúdo para que um aluno que não participou do evento possa se inteirar do
que foi discutido, ou para que algum membro do grupo possa examinar com mais
cuidado a discussão realizada.
De acordo com a concepção
de Fischer ele tratar importância papel do professor em suas metodologias
tecnológicas:
É importante ainda para
que o professor analise o andamento e qualidade da discussão e o comportamento
dos alunos, podendo, assim, traçar novas metodologias a serem utilizadas nestes
encontros, além de observar o nível de conhecimento exposto pelos alunos,
identificando fatores positivos e negativos que podem ou devem ser explorados
durante a realização do curso. (FISCHER, 2000, P. 45).
Uma opção muito comum é a
utilização dos chats no próprio navegador de Internet, desenvolvidos em
linguagens como o java, php, asp e outras, possibilitando assim uma interface
de maior familiaridade aos usuários. Dessa forma, é possível a integração de
sistemas de chat no próprio ambiente virtual no qual o curso será desenvolvido.
(OLIVEIRA (1996, p. 45).
Neste contexto outro
recurso didático presente nas salas mediadas por interatividade em tempo real e
videoconferência, pois neste recurso e feita a transmição face a face com outro
individuo em outra localidade.
De acordo com o autor a
videoconferência é definida por Oliveira (1996, p. 45):
Como um conjunto de
facilidades de telecomunicações que permite aos participantes, em duas ou mais
localidades distintas, estabelecer uma comunicação bidirecional mediante
dispositivos eletrônicos de comunicação, enquanto compartilham,
simultaneamente, seus espaços acústicos e visuais, tendo a impressão de estarem
todos em um único ambiente. (Oliveira 1996, p. 45).
Os sistemas de
videoconferência dispõem de outras ferramentas que facilitam a interação entre
os participantes, fazendo com que se tornem ambientes mais completos e
interativos. Com este intuito, as salas de videoconferência também dispõem de
computadores, além de outros equipamentos como as câmeras digitalizadoras de
documentos, onde um documento colocado sobre ela pode ser visualizado por todos
os participantes da conferência.
Na concepção de Musey apud
Fischer afirme que:
A videoconferência é uma
das melhores ferramentas de abordagem síncrona, pois possibilita o uso de
imagem e som em tempo real e é a única que possibilita a explorar a linguagem
corporal, a qual é responsável por 80% das impressões do indivíduo durante uma
interação (Musey apud Fischer, 2000, p. 56)
Entretanto, este sistema ainda não pôde se
tornar uma realidade popular devido a seu alto custo e à falta de uma
infra-estrutura de telecomunicações adequada.
Na concepção de Cardoso
que afirma que:
A videoconferência pode
ser oferecida por meio das salas de videoconferência ou por meio do computador,
cujas conexões podem ou não ser realizadas pela Internet. Essas salas são
formadas por auditórios equipados com TV’s, câmeras de vídeo e consoles de
controle. As soluções por computador são compostas por modem, placa
processadora de som e imagem, uma pequena câmera e um microfone, além do
software para videoconferência Esta solução apesar de mais barata e acessível,
possui mais limitações, principalmente devido a baixa largura de banda
disponível para transmissão de imagem e som via Internet. (Cardoso Neto, 200: p.01)
Muitas vezes, o que optam
por utilizar videoconferência via Internet são obrigados a limitar o uso dos
recursos disponíveis, tais como utilizar somente o áudio, sem imagens, ou
estabelecer mecanismos de controle, tais como, só o professor transmite imagens
e os alunos
transmitem apenas áudio.
Muitas outras estratégias podem ser adotadas para viabilizar o seu uso enquanto
não se dispõe de infra-estrutura mais adequada para seu funcionamento. (CARDOSO NETO, 200: p.01).
Segundo Behrens (2005, p. 67), “os instrumentos que
devem subsidiar uma metodologia de ação docente baseada nas aprendizagens, nas
competências e nas habilidades que o professor deve desenvolver, são: o correio
eletrônico, listas de discussão ou fóruns, chat, teleconferência e outros”. Com o desenvolvimento de tecnologias
interativas, que possibilitam contato em tempo real entre locais separados
geograficamente, começam a surgir as chamadas classes virtuais. Dentre as
principais características destas novas salas de aula, pode-se citar a
possibilidade de contato entre alunos de diferentes regiões, que podem
colaborar com uma quantidade maior de informações, além de permitir o acesso a
um quadro bastante extenso de professores, numa dimensão impossível para uma
única instituição educacional local (CRUZ E MORAES, 2001, P, 12).
Segundo Cruz e Barcia (1999)
ele afirma que:
A tecnologia da
videoconferência permite que duas ou mais pessoas em lugares diferentes possam
ver e ouvir umas às outras ao mesmo tempo, às vezes compartilhando
apresentações pelo computador ou câmara de documentos. É um sistema interativo
de comunicação em áudio e vídeo, havendo uma interatividade em tempo real,
“transformando a sala de aula presencial num grande lugar espalhado
geograficamente” (CRUZ E BARCIA, 1999, p. 23).
O Superior Tribunal de
Justiça do Brasil reconhece a utilização da videoconferência, a qual também
denomina de “telepresença”, como similar à presença, nos tribunais brasileiros.
Além de reconhecer a similaridade, o judiciário nacional está utilizando a
videoconferência em atos judiciais tradicionalmente presenciais, como
interrogatórios. Este aspecto conferiu amparo legal necessário para a
realização das aulas presenciais virtuais com a utilização da videoconferência.
A videoconferência é uma
forma de comunicação interativa que permite que duas ou mais pessoas que
estejam em locais diferentes possam se encontrar face-a-face com áudio e
comunicação visual em tempo real. Reuniões, cursos, conferências, debates,
palestras são conduzidas como se todos os participantes estivessem juntos no
mesmo local. Com os recursos da videoconferência, pode-se conversar com os
participantes e, ao mesmo tempo, visualizá-los na tela do monitor, trocando
informações como se o fizesse pessoalmente.
Spanhol (1999, p. 56) cita
que: “tecnicamente pode-se definir a videoconferência como uma aplicação que
transporta sinais de vídeo e áudio digitalizados, devidamente tratados por
softwares e algoritmos de compressão, multiplexados (somados) em uma única
informação ou bit e conectados através de uma rede de transmissão (física ou
ondas) de alta velocidade”.
A videoconferência
implantada no LED é baseada em estúdio, ou seja, em salas especialmente
preparadas com modernos equipamentos de áudio, vídeo, codificador e
decodificador de sinais, microcomputadores, câmaras de documentos, interfaces
de controles e acompanhamento técnico de todas as conexões, para fornecer
videoconferências de alta qualidade, tanto no que diz respeito a transmissão e
recepção dos sinais gerados, quanto na variedade de recursos a serem utilizados
para a realização das reuniões, palestras, cursos, etc.
De acordo com o autor que
retratar que:
A utilização da
videoconferência na educação tem se mostrado eficaz pelos seguintes aspectos:
permite o contato visual em tempo real entre alunos e professores ou entre
alunos de diferentes locais; possibilita a utilização de diferentes meios como
documentos escritos, vídeos, objetos de três dimensões para todos os pontos;
permite a conexão entre especialistas de diferentes regiões; e também pode
prover acesso a pessoas de pontos distantes (Willis, 1996). Além dos recursos
disponíveis, a escolha pela videoconferência baseou-se no fato de que esta se configura
em uma ferramenta que mais se aproxima das experiências face-a-face (Hansen,
1999, p. 23).
Nesse contexto a
utilização desse recurso na mediação por tecnologia é fundamental para o
contato visual em tempo real entre alunos e professores de diferentes locais,
pois possibilita de ver os documentos escritos e vídeos em três dimensões para
todos os pontos.
Podemos frisar outra
ferramenta que possibilitar a mediação em tempo real, pois nessa ferramenta que
estão os recursos da interatividade de diferentes localidades:
“IPTV é uma forma de transmissão bem como a
complexidade de um sistema IPTV, capaz não só enviar imagens de vídeo e áudio
sincronizadas, mas também incorporar serviços interativos, permitindo ao
cliente interagir com programas, acessar menus e links, num universo próximo da
internet”. ( HTTPS://PT.WIKIPEDIA.ORG/WIKI/IPTV).
Neste contexto pode-se
que:
O IPTV ou TVIP é um novo
método de transmissão de sinais televisivos. Assim como o VOIP (Voz sobre IP),
o IPTV usa o protocolo IP Internet Protocol como meio de transporte do
conteúdo. O fato do IP significar Internet Protocol não quer dizer que os
conteúdos de televisão sejam distribuídos via streaming na internet. A IPTV não
é, portanto, uma Web TV. Na IPTV o conteúdo é enviado apenas em streaming,
porém com garantia de qualidade na entrega. O receptor é um aparelho set-top
box ligado à televisão (semelhante ao aparelho da televisão a cabo ou DTH), ou
até mesmo um videogame como o Xbox 360 e o PlayStation 3. (HTTPS://PT.WIKIPEDIA.ORG/WIKI/IPTV).
Nesta ferramenta que permite
entrega de áudio e vídeo com alta qualidade, e depende de uma conexão Banda
Larga (normalmente vendida junto com o serviço como parte integrante) de, no
mínimo, 4 Mbps. A banda destinada ao IPTV não interfere na banda de internet.
Por exemplo, na compra de uma velocidade de 6 Mbps de Internet mais um pacote
de IPTV, a companhia telefônica disponibiliza, no mínimo, 10Mbps para o
cliente, dos quais 4Mbps são exclusivos para o IPTV. (HTTPS://PT.WIKIPEDIA.ORG/WIKI/IPTV).
O conceito de IPTV
(internet protocol television), nada mais é do que a conectividade da TV com a
internet usando, porém, uma infraestrutura dedicada, paralela à da
"internet selvagem", justamente para garantir a qualidade e
velocidade do serviço:
Já na Televisão na
Internet ou WEBTV, além do conteúdo ser visto principalmente no computador,
pode-se montar uma programação para ser enviada por download. Entretanto, se o
sistema escolhido for streaming, não há garantia de qualidade, podendo haver
pausas ou interrupções no envio do conteúdo (por se tratar da rede pública). O
dispositivo receptor usualmente é o computador. Além disso, espera-se com a
IPTV um conteúdo de maior visibilidade, com canais como: Warner, entre outros
já disponibilizados por companhias de TV a Cabo e DTH. Já existem algumas
opções bastante conhecidas deste tipo de modelo, tais quais o Joost, que
distribui vídeos através de uma rede P2P, e o TVU Player, um player gratuito
que exibe principalmente canais chineses e americanos. HTTPS://PT.WIKIPEDIA.ORG/WIKI/IPTV).
Pode-se dizer que é fator
importante de diferenciação: a rede de distribuição do conteúdo (canais de TV,
vídeo sob demanda, jogos, menssagens, etc) do IPTV é fechada, se assemelhando a
uma intranet corporativa, contra a WEBTV que é transmitida via internet, uma
rede de acesso livre.
3 ENSINO MEDIADA POR TECNOLOGIA AMAZONAS (10 a
15 pág.)
O Estado do Amazonas vem escrevendo sua história na educação, utilizando
um novo conceito que vem trazendo grandes resultados, considerando os
obstáculos e características evidentes na região.
O Sistema Presencial Mediado
por Tecnologia no Amazonas-SPMT, segundo (Barbosa, 2008, p.56) “surgiu adaptado
às condições regionais, com um custo mais baixo e com maiores benefícios do que
previstos anteriormente, baseado no ensino presencial convencional”.
A proposta do SPMT
apresenta alguns diferenciais quando comparado com a EAD convencional, pois
exige que alguns requisitos sejam cumpridos para que resulte num modelo de
sucesso e apresente resultados satisfatórios para os alunos, professores,
coordenadores e universidade.
De acordo com a autora que
afirma que:
O SPMT caracteriza-se pela
utilização de recursos tecnológicos que contribuem com o processo de ensino
aprendizagem transmitido pela televisão em tempo real, assim como pela obrigatoriedade dos
alunos em sala
de aula no
horário em que são
transmitidas as aulas, pelas aulas interativas realizadas pela equipe de
professores titulares, pela continuidade de trabalhos presenciais realizados em
sala de aula com tutoria dos professores
assistentes, pelo acompanhamento e orientação
individualizada em período
de realização de
estágios, de projetos
de pesquisa e extensão. (MOURÃO 2010, p. 30)
Recentemente o termo
Blended Learning tem sido muito disseminado e começa a se consolidar,
referindo-se a combinações de ambientes de aprendizagem. Graham (2006, p.45) “estabelece
que Blended Learning seja a combinação da aprendizagem presencial com a aprendizagem
mediada por computador”. Os autores Mason e Rennie (2006, p.15) “relatam a
importância em estender essa definição para incluir outras combinações de
tecnologias, locais ou abordagens pedagógicas”. Garrison e Vaughan (2008, p.
23) “definem o termo evidenciando as relações pessoais estabelecidas e
experiências de aprendizado online”.
Os ambientes tradicionais
de sala de aula e ambientes virtuais de aprendizagem historicamente
convencionados, conforme relata Litto (2009, p. 23) “estão se complementando,
resultante do desenvolvimento de cursos híbridos que aproveitam o que há de
mais vantajoso em cada modalidade, considerando contexto, custo, adequação
pedagógica, objetivos educacionais e perfis dos alunos”.
Considerando esta abordagem os educadores
podem usufruir de uma gama maior de recursos de aprendizagem, planejando
atividades, levando em consideração as limitações e potenciais, conteúdo,
custos e resultados pedagógicos estimados, diferentes misturas de tecnologia e
pedagogia têm sido documentadas em ambos ambientes (tradicional e virtual)
baseadas em programas a distância (Stacey e Gerbic, 2006, p.45).
Para os autores que
relatam sobre O Blended Learning pode-se entender que:
O Blended Learning busca
se consolidar evidenciando seu grande potencial para melhorar a qualidade e
eficiência da aprendizagem, termo este empregado e evidenciado quando se fala
do SPMT no Amazonas, que busca integrar
um ambiente presencial e de EAD visando proporcionar aos seus alunos e
professores uma interatividade,
autonomia (docente e
discente), uma cooperação
mútua e um ambiente em que professores e alunos
aprendam, ensinem e compartilhem experiências.
Os modelos de aprendizagem Blended devem ser desenvolvidos ressaltando as
necessidades do local, da comunidade ou organização envolvida
(SHARPE, BENFIELD, ROBERT E FRANCIS, 2006, p. 56).
A educação a distância
pode ser feita mesmos níveis que o ensino regular. No ensino fundamental,
médio, superior e na pós-graduação. É mais adequado para a educação de adultos,
principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem
individual e de pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação e também no
de graduação.
Há modelos exclusivos de
instituições de educação à distância, que só oferecem programas nessa
modalidade, como a Open University da Inglaterra ou a Universidade Nacional a
Distância da Espanha. As maiores partes das instituições que oferecem cursos a distância
também o fazem no ensino presencial. Esse é o modelo atual predominante no
Brasil.
As tecnologias
interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na educação a distância, o que
deveria ser o cerne de qualquer processo de educação: a interação e a
interlocução entre todos os que estão envolvidos nesse processo.
Na medida em que avançam
as tecnologias de comunicação virtual (que conectam pessoas que estão distantes
fisicamente como a Internet, telecomunicações, videoconferência, redes de alta
velocidade) o conceito de presencialidade também se altera. Poderemos ter
professores externos compartilhando determinadas aulas, um professor de fora
"entrando" com sua imagem e voz, na aula de outro professor. Haverá,
assim, um intercâmbio maior de saberes, possibilitando que cada professor
colabore, com seus conhecimentos específicos, no processo de construção do
conhecimento, muitas vezes à distância.
O conceito de curso, de
aula também muda. Hoje, ainda entendemos por aula um espaço e um tempo
determinados. Mas, esse tempo e esse espaço, cada vez mais, serão flexíveis. O
professor continuará "dando aula", e enriquecerá esse processo com as
possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam: para receber e
responder mensagens dos alunos, criarem listas de discussão e alimentar
continuamente os debates e pesquisas com textos, páginas da Internet, até mesmo
fora do horário específico da aula. Há uma possibilidade cada vez mais
acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços diferentes.
Assim, tanto professores quanto alunos estarão motivados, entendendo
"aula" como pesquisa e intercâmbio. Nesse processo, o papel do
professor vem sendo redimensionado e cada vez mais ele se torna um supervisor, um
animador, um incentivador dos alunos na instigante aventura do conhecimento.
As crianças, pela
especificidade de suas necessidades de desenvolvimento e socialização, não
podem prescindir do contato físico, da interação. Mas nos cursos médios e
superiores, o virtual, provavelmente, superará o presencial. Haverá, então, uma
grande reorganização das escolas. Edifícios menores. Menos salas de aula e mais
salas ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. A casa e o
escritório serão, também, lugares importantes de aprendizagem.
Poderemos também oferecer
cursos predominantemente presenciais e outros predominantemente virtuais. Isso
dependerá da área de conhecimento, das necessidades concretas do currículo ou
para aproveitar melhor especialistas de outras instituições, que seria difícil
contratar.
Estamos numa fase de
transição na educação a distância. Muitas organizações estão se limitando a
transpor para as virtuais adaptações do ensino presencial (aula multiplicada ou
disponibilizada). Há um predomínio de interação virtual fria (formulários,
rotinas, provas, e-mail) e alguma interação on-line (pessoas conectadas ao
mesmo tempo, em lugares diferentes). Apesar disso, já é perceptível que
começamos a passar dos modelos predominantemente individuais para os grupais na
educação à distância. Das mídias unidirecionais, como o jornal, a televisão e o
rádio, caminhamos para mídias mais interativas e mesmo os meios de comunicação
tradicionais buscam novas formas de interação. Da comunicação off-line estamos
evoluindo para um mix de comunicação off e on-line (em tempo real).
Educação a distância não é
um "fast-food" em que o aluno se serve de algo pronto. É uma prática
que permite um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e as
do grupo - de forma presencial e virtual. Nessa perspectiva, é possível avançar
rapidamente, trocar experiências, esclarecer dúvidas e inferir resultados. De
agora em diante, as práticas educativas, cada vez mais, vão combinar cursos
presenciais com virtuais, uma parte dos cursos presenciais será feita
virtualmente, uma parte dos cursos a distância será feita de forma presencial
ou virtual-presencial, ou seja, vendo-nos e ouvindo-nos, intercalando períodos
de pesquisa individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns
cursos poderão fazê-los sozinhos, com a orientação virtual de um tutor, e em
outros será importante compartilhar vivências, experiências, ideias.
A Internet está caminhando
para ser audiovisual, para transmissão em tempo real de som e imagem
(tecnologias streaming, que permitem ver o professor numa tela, acompanhar o
resumo do que fala e fazer perguntas ou comentários). Cada vez será mais fácil
fazer integrações mais profundas entre TV e WEB (a parte da Internet que nos
permite navegar, fazer pesquisas). Enquanto assiste a determinado programa, o
telespectador começa a poder acessar simultaneamente às informações que achar
interessantes sobre o programa, acessando o site da programadora na Internet ou
outros bancos de dados.
As possibilidades
educacionais que se abrem são fantásticas. Com o alargamento da banda de
transmissão, como acontece na TV a cabo, torna-se mais fácil poder ver-nos e
ouvir-nos a distância. Muitos cursos poderão ser realizados a distância com som
e imagem, principalmente cursos de atualização, de extensão. As possibilidades
de interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas.
Teremos aulas a distância
com possibilidade de interação on-line (ao vivo) e aulas presenciais com
interação à distância.
Algumas organizações e
cursos oferecerão tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora (só
visando o lucro, multiplicando o número de alunos com poucos professores).
Outras oferecerão cursos de qualidade, integrando tecnologias e propostas
pedagógicas inovadoras, com foco na aprendizagem e com um mix de uso de
tecnologias: ora com momentos presenciais; ora de ensino on-line (pessoas
conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes); adaptação ao ritmo pessoal;
interação grupal; diferentes formas de avaliação, que poderá também ser mais
personalizada e a partir de níveis diferenciados de visão pedagógica.
O processo de mudança na
educação a distância não é uniforme nem fácil. Iremos mudando aos poucos, em
todos os níveis e modalidades educacionais. Há uma grande desigualdade
econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão
preparados para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões
adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos
profissionais e da sociedade. E a maioria não tem acesso a esses recursos
tecnológicos, que podem democratizar o acesso à informação. Por isso, é da
maior relevância possibilitar a todos o acesso às tecnologias, à informação
significativa e à mediação de professores efetivamente preparados para a sua
utilização inovadora.
4
ENSINO
MEDIADO POR TECNOLOGIA - PROJETO IGARITÉ.
Igarité é o
nome das canoas de madeira que fazem o transporte da população ribeirinha e,
por conta disso, também é o nome do Telecurso no Amazonas. Lá, o projeto
Igarité foi adotado em 2009 com dois desafios específicos: acelerar os estados
de alunos com defasagem idade-série e levar o ensino regulara a regiões de
difícil acesso. O projeto de aceleração de estudos já está presente em sete
escolas na capital e 19 escolas no interior. São 64 telessalas, com dois mil
alunos, ao todo.
Para o ensino regular, a proposta é garantir a
educação básica de qualidade a jovens e adultos de 21 municípios. Por meio do
programa de Ensino Regular com Mediação Tecnológica, o programa atende 1.500
alunos de 90 comunidades, nas 63 telessalas equipadas com televisões, câmeras e
microfones. Em 2010, o Igarité formou 1.342 estudantes nos ensinos fundamental
e médio.
Hoje, a tecnologia educacional Telecurso
(Metodologia Telessala e material didático do Telecurso) é reconhecida nacional
e internacionalmente como uma tecnologia que promove qualidade na educação,
tendo sido implementada em mais de 27 mil salas de aula e beneficiado mais de
5,5 milhões de pessoas em todo o Brasil. Atualmente, está presente no Guia de
Tecnologias Educacionais do MEC – 2010.
No campo educacional evidenciam-se sérios
descompassos entre o avanço científico, tecnológico e produtivo no mundo
contemporâneo e a qualidade do processo de escolarização. Assim, programas são
criados e desenvolvidos com o objetivo de utilizar o potencial tecnológico,
como recursos para promover o ensino e ferramentas que contribuam como poderoso
instrumento de melhoria da educação quando usadas como facilitadoras de
processos de aprendizagem e mediação do conhecimento.
Precisamos urgentemente desenvolver novas formas de
linguagem e, sobretudo, práticas críticas alternativas que permitam desvelar o
currículo oculto da Organização e descobrir outras maneiras de ver o mundo, as
escolas e sua organização. (IMBERNÓN, 2000, p. 101).
Para o autor
que afirma que o:
Uso da tecnologia de informação e comunicação,
professores e alunos têm a possibilidade de utilizar a escrita para
descrever/reescrever suas ideias, comunicar-se, trocar experiências e produzir
histórias. Assim, em busca de resolver problemas do contexto, representam e
divulgam o próprio pensamento, trocam informações e constroem conhecimento, num
movimento de fazer, refletir e refazer, que favorece o desenvolvimento pessoal,
profissional. (ALMEIDA 2010, P. 45).
Nesse contexto, para o uso da tecnologia de
informação o professor e aluno têm a possibilidade de utilizar vários fatores
que envolvam a escrita para descrever e reescrever sua ideias de comunicação.
O Estado do Amazonas, dentro de seus 1.570.745,680
km² abrange áreas de difícil acesso, levando muitas vezes dias para chegar a
algumas comunidades. Assim, oferecer um ensino de qualidade se torna um grande
desafio, tanto pela logística, quanto pela falta de profissionais qualificados,
dentre outros fatores. Para que crianças possam ter acesso ao ensino
fundamental elas precisam se deslocar quilômetros da sua comunidade para o
município mais próximo, onde exista alguma escola municipal, situação esta que
pode ser desde longas caminhadas, a quilômetros de barco.
Assim, alinhando o uso de tecnologias e a
necessidade da oferta de um ensino de qualidade para todo e qualquer cidadão
Amazonense, o Governo do Estado do Amazonas implantou em 2007, o Centro de
Mídias de Educação do Amazonas (Cemeam), sendo este um projeto pioneiro no
país, que a cada ano é ampliado e inovado. Atualmente são ministradas aulas
para o ensino fundamental, ensino médio, e educação de jovens e adultos. O
ensino fundamental conta, desde 2009, com a parceria da Fundação Roberto Marinho,
desenvolvendo o Projeto Igarité, utilizando a metodologia Telecurso nas aulas.
Diante de tal cenário, as pesquisadoras relataram a
metodologia utilizada, observando a atuação da equipe do CEMEAM, do Projeto
Igarité, e da produtora para que as aulas cheguem aos alunos com a melhor
qualidade pedagógica e técnica.
Neste projeto o quadro de professores ministrantes do
Centro de Mídias é composto por efetivos da rede pública estadual,
profissionais estes responsáveis por ministrar as aulas dentro dos estúdios,
selecionados com exames de currículo e testes de vídeo. Ao início de cada ano
letivo são realizados cursos de formação profissional, desde a abordagem
técnica dos softwares e equipamentos utilizados, passando pela fundamentação
pedagógica da metodologia, oficina de produção de aulas e apresentação em
vídeo.
O Centro de Mídias capacita seus professores, tanto
os ministrantes, quanto os que são presenciais em cada sala de aula, com
oficinas e cursos de atualização técnica e pedagógica, além de palestras por
videoconferência.
É essencial que todos os professores tenham domínio
das tecnologias, tanto para saber manusear de forma eficaz os instrumentos
existentes nos estúdios, quanto para envolver todos os alunos durante a
transmissão das aulas. A eficácia do processo ensino-aprendizagem, bem como
todo o processo educativo recai sobre o mediador do conhecimento, o professor,
o qual a valorização precisa acontecer a partir desse ponto, pois são seus
conhecimentos, suas habilidades e suas atitudes que vão contribuir para que o
aluno seja motivado a aprendizagem. Daí é importante promover o
desenvolvimento, também, do professor um olhar cuidadoso e humano na sua
formação para que o processo educativo se torne significativo para todos.
Para Fernandes, (2010, p.12). “Em um mundo cada vez
mais globalizado, utilizar as novas tecnologias de forma integrada ao projeto
pedagógico é uma maneira de se aproximar da geração que está nos bancos
escolares”.
Os conhecimentos sobre didática avançam, a
necessidade de se manter atualizado com relação aos conteúdos é constante, a
sociedade exige cada vez mais da escola, há um abismo entre a formação que o
professor tem e a que ele realmente precisa. É necessário investir em
capacitação para dar melhor condição ao educador para se desenvolver e
desempenhar sua função com prazer.
Para moram que afirma que:
Os alunos estão prontos para a multimídia, os
professores, em geral, não. Os professores sentem cada vez mais claro o
descompasso no domínio das tecnologias e, em geral, tentam segurar o máximo que
podem, fazendo pequenas concessões, sem mudar o essencial. Creio que muitos
professores têm medo de revelar sua dificuldade diante do aluno. Por isso e
pelo hábito mantêm uma estrutura repressiva, controladora, repetidora. Os
professores percebem que precisam mudar, mas não sabem bem como fazê-lo e não
estão preparados para experimentar com segurança. (MORAN, 2010, p. 78).
As mídias invadiram o cotidiano escolar. Assim, é
preciso preparar-se. Para a utilização das mídias como ferramentas no processo
de ensino e aprendizagem pelo professor, no sentido da inovação da prática
pedagógica, é preciso uma mudança no perfil do professor, mas para que isso
aconteça, é necessário que ele tenha conhecimento sobre as possibilidades do
recurso tecnológico, a fim de poder utilizá-lo como instrumento de
aprendizagem.
De acordo Medeiros, (2010, p.3). “Educar para a
sociedade global, desenvolvida tecnologicamente possibilita a criação de novas
formas de construção de conhecimentos nos ambientes escolares, promovendo assim
melhorias significativas no padrão de qualidade da educação e modernização da
gestão escolar”.
Como em qualquer outra forma de ensino o projeto
igarite tem suas aulas preparadas e planejadas de acordo com as orientações
pedagógicas do projeto.
Na elaboração e produção
as aulas são
planejadas por professores de cada disciplina, que utilizam os mais diversos
recursos, como vídeos, animações, áudio, gravações internas e externas, com
visitas a museus, monumentos da cidade, ou o que mais seja necessário para a
construção da aula. Todos os professores do ensino fundamental são acompanhados
pela assessoria pedagógica do Centro de Mídias, e também pela equipe da
Fundação Roberto Marinho, que acompanha a elaboração e produção de todas as
aulas.
O conteúdo de todas as disciplinas é ministrado em
módulos e a carga horária é a mesma do fundamental regular, com 800 horas/aula
anuais, conforme prevê a Lei 9.394/96, de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB). As disciplinas são divididas em quatro unidades, e cada unidade
deve conter o número de aulas correspondente a carga horária da disciplina,
assim como quatro avaliações e o Plano de Estudo, que serve como uma
Recuperação Paralela. Toma-se como exemplo o componente de Ciências, que
possuiu quatro unidades com 24 aulas totalizando 120 horas/aula. As aulas são
ministradas no formato modular com uma disciplina por vez para cada ano do
ensino fundamental.
As aulas são elaboradas em formato de roteiro,
elaborado pela Fundação Roberto Marinho, onde cada atividade proposta recebe um
tempo específico de execução. No roteiro há os conteúdos a serem abordados no
dia bem como as habilidades que se desejam alcançar no decorrer da aula. A aula
se inicia com uma problematização, levando o aluno a desvendar um questionamento
despertando a curiosidade sobre o assunto proposto, o objetivo é fazer com que
alunos comecem a discutir o conteúdo a partir do que eles conhecem.
Depois da problematização os alunos assistem ao
vídeo da Teleaula da Fundação Roberto Marinho, que contém diversas informações
sobre o assunto da aula do dia, depois do vídeo os alunos são instigados a
realizarem atividades que os remetam a refletir sobre o que assistiram, após o
cumprimento da atividade é feita uma interatividade com o professor ministrante.
A interatividade é uma das formas de comunicação
entre professores ministrantes que estão nos estúdios do Centro de Mídias,
professores presenciais e alunos que estão nas comunidades. Nas salas de aulas
nas comunidades alunos e professores podem ser vistos e ouvidos utilizando o
kit tecnológico, assim os professores ministrantes acompanham as atividades que
estão sendo feitas e como estão sendo feitas nas comunidades mais remotas.
Outra forma de comunicação utilizada são os chats,
onde os professores presenciais e ministrantes, bem como a assessoria
pedagógica do Centro de Mídias, a assessoria pedagógica da Fundação Roberto
Marinho e a produtora Jobast acompanham tudo o que está acontecendo na aula,
dando suporte e tirando possíveis dúvidas que possam surgir.
Os alunos ainda contam com livros textos que ajudam
no seu desenvolvimento intelectual, pois estes contêm figuras ilustrativas,
conteúdos explicativos e questões para serem resolvidas. O livro auxilia o
aluno na leitura, na interpretação de textos, na reflexão do assunto abordado,
na execução de atividades e na escrita. Os alunos são direcionados a uma
atividade do livro texto e depois na interatividade há a resolução e resolução
das possíveis dúvidas.
Para que o conteúdo da aula do dia se torne mais
dinâmico os alunos são levados a utilizar nas atividades complementares
diversas linguagens de aprendizagem, como: música, teatro, desenho, escrita,
entre outros. Essa atividade complementar é feita após o intervalo e
acompanhada na interatividade pelos professores presenciais.
Os roteiros finalizam com as atividades de prazer de
casa, onde o aluno vai buscar mais conhecimento sobre o assunto proposto pelo
professor ministrante.
Os roteiros são feitos com um período de
antecedência do início das aulas pelos professores ministrantes e enviados à
assessoria pedagógica da Fundação Roberto Marinho e à assessoria pedagógica do
Centro de Mídias. Essas aulas são analisadas e encaminhadas à produtora Jobast.
A Jobast é uma empresa que confecciona o material audiovisual através de
produtos educacionais apoiados em plataformas tecnológicas.
A produtora Jobast transforma o conteúdo educativo
dos roteiros em cartelas, ou slides, que serão transmitidos para as salas de
aulas das comunidades. A Jobast também é responsável pela gravação de
entrevistas com convidados da aula e gravações externas com os professores
ministrantes.
As avaliações são elaboradas com base nas aulas
ministradas, e são realizadas com os alunos com o acompanhamento do professor
presencial. No dia da avaliação ainda é feita uma revisão para que sejam
esclarecidas as dúvidas dos alunos.
As aulas do Centro de Mídias são ministradas através
de teleconferência de estúdios televisivos e transmitidas diariamente por
satélite. As comunidades que recebem as aulas contam com antenas que recebem o
sinal.
O sistema de IPTV (Internet por Televisão) transmite
as aulas com interatividade de som e imagens. As aulas são transmitidas
diariamente em tempo real pelos professores dos estúdios do Centro de Mídias e
recebida nas comunidades pelos professores presenciais e alunos.
Os professores presenciais são professores formados
em uma graduação de licenciatura e são responsáveis pelo recebimento dos
roteiros das aulas, recebimentos das cartelas, execução das avaliações e
lançamento das notas e frequências dos alunos no SCA (sistema de controle
acadêmico). Além disso, os professores presenciais são importantes na
interatividade dos alunos com os professores ministrantes e na execução das
diversas atividades propostas em sala de aula.
As salas possuem o kit tecnológico, que inclui
computador, impressora, webcam, microfone, telefone, impressora, nobreak e um
televisor LCD de 42″, e ainda o acesso à Internet que faz parte da Plataforma
Tecnológica.
Além de todo esse aparato tecnológico há ainda uma
rede social em que alunos e professores se comunicam e discutem sobre assuntos
relacionados à educação, é o SEDUC. NET, que foi considerada a maior rede
social do Brasil voltada para a educação.
Sabe-se a necessidade de conhecer quantitativamente
a aprovação, assim como a reprovação e o abandono dos alunos atendidos pelo
Centro de Mídias. Tais índices são obtidos anualmente mediante análise das
notas e freqüência dos alunos lançadas pelos professores presenciais no Sistema
de Gestão Escolar do Amazonas.
Diante dos gráficos, percebe-se que os índices de
aprovação se mantêm em torno de 80% desde o ano de 2008, chegando a 90% no ano
de 2011. O maior índice de reprovados foi no ano de 2008, com 14 %, sendo o
menor em 2012, com 2%. O abandono teve a taxa mais alta no ano de 2012,
alcançando 10%, sendo o menor índice no ano de 2008, com 2%.
Os índices apresentam equilíbrio entre os anos,
sendo que o alto abandono em 2012 pode ser atribuído a forte cheia que atingiu
todo o Estado do Amazonas, forçando a paralisação das aulas por um mês, uma vez
que os alunos não conseguiam chegar às salas de aula, com comunidades alagadas,
forçando muitos as abandonarem os estudos.
GRAFICO-1: INDICES DE APROVAÇÃO – 2008 a 2011
FONTE: www.centro de mídias.com.br
O gráfico 1: mostra o índice de aprovação dos alunos
que estudam o ensino mediado por tecnologia em tempo. Então é positivo o índice
sendo bem aceito pelos os alunos. Percebe-se que o nível de aprovação nesse
período chega 84% sendo bem aceita pelos
educandos nesse ensino renovado, e apenas 14% a reprovação desses alunos, e
apenas 2% de abandono.
GRAFICO-1: INDICES DE APROVAÇÃO – 2008 a 2011
FONTE: www.centro de mídias.com. br
O gráfico 2: Percebe-se de no decorre dos anos os
alunos estão aceitando o ensino mediado por tecnologia. Portanto, é uma
alternativa de ensino para as comunidades distantes da capital. No decorrer dos
anos este ensino é bem aceito pelos alunos aumentando cada vez mais o índice de
aprovação.
GRAFICO-2: INDICES DE APROVAÇÃO – 2008 a 2011
FONTE: Centro de mídias.
Neste gráfico percebe-se que em cada ano o aumento
de aprovação de viável chegando a 89% de aprovação, então, podemos observar
cada vez se torna viável este ensino.
GRAFICO-2: INDICES DE APROVAÇÃO – 2008 a 2011
FONTE: Centro
de mídias.
Neste gráfico que em 2008 a 2011 percebe-se o aumento
de 90% no decorrer dos anos. E 5% em reprovação e 5% em abandono. Então,
percebe-se o aumento do índice de aceitação dos alunos para este ensino.
No Amazonas, há 62 sedes urbanas e mais de 6.000 comunidades
rurais espalhadas por vasto território.
Figura 1 – Mapa territorial do Amazonas – O ensino
mediado por tecnologia.
A
figura 1 mostra as comunidades que funciona o ensino mediado por interatividade
em tempo real.
Programa
que é fruto da parceria entre a Fundação Roberto Marinho e o Governo do
Amazonas. Desde 2009, ele foi adotado com dois desafios específicos: atender
jovens e adultos que querem concluir a educação básica na EJA (Educação de
Jovens e Adultos) e levar o ensino regular a regiões de difícil acesso. Para o
ensino regular, a proposta é garantir a estudantes matriculados no Ensino Fundamental
uma Educação Básica de qualidade. A Igarité, que dá nome a este projeto, é uma
canoa de madeira que faz o transporte da população ribeirinha na região. Na
figura abaixo mostra o ensino mediado por interatividade em tempo real em todo
Brasil.
Figura 2 - Salas mediadas por tecnologias em tempo
real -Telecursos nas escolas do Brasil
A figura 2 Mostra as cidades que funcionam os
projetos com ensino mediado por interatividade em tempo real.
Figura 3 – Transmissão das aulas – SPMT – projeto
Igarité – Ensino fundamental
Fonte: http://pceamazonas.com.br/seduc.
A figura 3 Mostra o funcionamento das transmissões
das aulas ao vivo para todas as comunidades do médio e baixo amazonas. Essa
aula é ao vivo com o professor ministrante repassando os conteúdos para as
comunidades onde o aluno possa interagir ao vivo com o professor no estúdio na
capital.
Figura 4 – transmissão das aulas – SPMT – projeto
Igarité – Ensino fundamental
Fonte: http://pceamazonas.com.br/wp-content/uploads/2012/06/centro-de-midias.
A figura 4 Mostra as aulas sendo transmitidas ao
vivo onde o professor e alunos estão em tempo real interagindo.
Diante dos novos desafios que se põem à educação, o
que inclui utilizar o grande potencial tecnológico a favor da melhoria do
processo ensino-aprendizagem, soma-se a necessidade de transformar o cotidiano
escolar, o trabalho pedagógico desenvolvido na escola, em redes de conhecimento
que propiciem contínua renovação metodológica e que facilite o trabalho do
professor e a construção do conhecimento destes em parceria com seus alunos. A
dinamicidade própria do cotidiano escolar e o trabalho pedagógico requerem que
o professor possua parceiros no desenvolvimento de sua docência. Seus pares, o
gestor, o pedagogo, seus alunos, dentre outros, são constituintes de sua equipe
de trabalho.
O uso da tecnologia na educação caminha no sentido
da produção compartilhada de conhecimento, favorecida pela resolução de
problemas ou desenvolvimento de projetos, nos quais a escrita, por meio da
tecnologia, induz à liberdade de expressar e comunicar sentimentos, registrar
percepções, ideias, crenças e conceitos, refletir sobre o pensamento
representado e reelaborá-lo.
O Centro de Mídias de Educação do Amazonas
proporciona a educação através de tecnologias que chegam até as comunidades
mais longes da capital Manaus, por meio de aulas interativas e IPTV. As aulas
proporcionam aos alunos a possibilidade de continuar no ensino regular e
acompanhar o processo de ensino-aprendizagem, sem precisar se deslocar para tão
longe de sua moradia. Os alunos são contemplados com uma educação de qualidade
que prioriza a formação dos professores através de formações presenciais e
mediadas por tecnologia regularmente.
Os
especialistas desse novo campo consideram as ideias de Paulo Freire (2002, p.56)
como algumas de suas principais referências sobre a inter-relação comunicação e
educação. Ele defendia que educação é comunicação, é diálogo, e para ele a ação
comunicativa verdadeira só ocorre por meio da troca autêntica de argumentos
entre seus participantes.
E
condenou a educação industrial, como a que observamos ainda nos dias atuais,
por focar principalmente a mera transferência de conteúdo do professor para o
aluno. Quanto a esse educando, ele é considerado quase que como apenas um
repositório, com pouca ou nenhuma provocação de reflexão sobre o tema em
estudo. Nesse cenário industrial ou bancário, como ele mesmo denominava, há a
ausência de colaboração participativa para a construção de novos significados.
De
acordo com o autor que afirma que:
A gestão da comunicação, uma das áreas de estudo da
Educomunicação, foca o estudo da comunicação como um processo planejado e
implementado junto a ambientes de aprendizagem, os quais façam uso de
tecnologias da comunicação. Nesse contexto, o agente responsável por essa gestão
mediará as relações no referido espaço, para promover o dialogismo e o
pluralismo. Seu objetivo principal é a construção de ecossistemas comunicativos
com inter-relações próprias e comunicação intensa, com base numa gestão
democrática e criativa dessa ação comunicativa. Trata-se da construção de um
espaço de aprendizagem pela interação dialética e dialógica entre as pessoas e
a sua realidade (SOARES, 1999. p. 74).
O
educador, na condição de mediador ou gestor da comunicação nesse ambiente, deve
entender bem as novas tecnologias por meio das quais processará sua
comunicação. Só assim conseguirá planejar estrategicamente suas ações
comunicacionais para a concretização dos objetivos educacionais desejados.
Na
busca de novas abordagens pedagógicas e comunicacionais que pressuponham a
adoção de uma ou mais mídias no desenvolvimento das atividades pelos alunos, é
preciso que as mesmas sejam pensadas considerando que todos os participantes
são interagentes. O educador que queira adotar tais práticas de maneira eficaz
deve rever sua própria postura em relação a seus alunos, para que todos juntos
possam trabalhar no desenvolvimento conjunto de uma perspectiva crítica. Para Martin-Barbero
(2005, p. 67) “também ressalta a necessidade urgente dos professores repensarem
suas obrigações e metodologias educacionais. Esses precisam deixar de ser meros
transmissores do conteúdo, para se tornarem fomentadores de reflexões e
questões mais complexas junto a seus alunos”.
Metodologia
Frente a esse contexto, entendemos que o Projeto “Ensino Fundamental Presencial
com Mediação Tecnológica”, idealizado, planejado e implementado pela Secretaria
Estadual de Educação do Amazonas, reflete um exemplo de boas práticas de uso
das tecnologias para a oferta de educação com qualidade. Por isso, decidimos
discorrer sobre o mesmo, detalhando suas fases iniciais
O
projeto “Ensino fundamental Presencial com Mediação Tecnológica” (EMPMT) foi
planejado e implementado pela equipe do Centro de Mídias da Secretaria de
Educação do Estado do Amazonas, em 2007, para atender à demanda de oferta de
ensino fundamental junto ao maior estado do Brasil.
Ele
transmite aulas diárias ao vivo por meio de tecnologia satelital e IP
multimídia (protocolo internet), com interação de áudio e vídeo entre todos os
participantes, é um exemplo sobre como as mídias digitais têm ajudado a
solucionar complexos problemas educacionais. Atende atualmente a cerca de
30.000 alunos.
No
início, o principal objetivo do governo era exatamente conseguir fazer com que
o ensino médio chegasse às comunidades mais distantes de Manaus.
Para
tanto, inicialmente utilizaram-se basicamente do modelo industrial dominante na
Educação a Distância.
Contudo,
ao longo do desenvolvimento e estruturação do projeto, seus gestores e
coordenadores pedagógicos e acadêmicos passaram a conhecer melhor as
possibilidades de dinâmicas permitidas pelas tecnologias adotadas.
Além
disso, logo se aperceberam da importância da definição de processos
comunicacionais bem detalhados. E identificaram a necessidade da instalação de
um ambiente mais dialógico para o atingimento dos objetivos educacionais.
A Infraestrutura e Abordagens Pedagógicas do
Projeto
Conta
com uma equipe de assessores pedagógicos, professores especialistas
(responsáveis pela preparação dos conteúdos e apresentação das aulas),
coordenadores regionais (um para cada município), gestores escolares (um por
escola) e professores generalistas (um por sala de aula).
Há
também uma equipe de produção educativa de TV, para viabilizar o preparo das
aulas em diferentes linguagens midiáticas e a operação de transmissão das
mesmas, ao longo de 200 dias letivos por ano.
As
aulas do ensino fundamental acontecem de segunda a sexta feira, das 13:00 h às
17:00h, sendo que o governo do estado fornece os barcos para levar os alunos às
escolas e trazê-los de volta às suas comunidades.
As
aulas são transmitidas a partir de três estúdios localizados em Manaus, por
meio de uma solução de videoconferência com transmissão por satélite
bidirecional. Ela utiliza uma solução de treinamento IP em uma plataforma
interativa de educação on-line de entrega de aplicativos. A solução integra a
transmissão ao vivo e é totalmente interativa, sendo capaz de transmitir e
receber áudio e vídeo de alta qualidade nos dois sentidos. Permite a realização
de testes de aprendizagem e o atendimento de outras necessidades pedagógicas na
sala de aula, como a própria gravação das aulas para edição de dos objetos de
aprendizagem e reprodução futura dessas aulas.
Cada
escola recebeu um kit tecnológico satelital composto por uma antena (Vsat) e
seu respectivo roteador e rádio. E cada sala de aula recebeu um kit multimídia
composto de um computador, uma impressora, uma webcam, um microfone, um
telefone do tipo VoIP e um aparelho nobreak. Além das ferramentas de
comunicação como os chats e e-mails, os alunos também interagem com os
professores do estúdio, sentando-se à frente da webcam e falando pelo
microfone, ambos conectados ao computador e ao kit satelital.
Essas
ferramentas permitem a realização de uma conversa em tempo real com total
comunicação entre as partes ao longo do processo de aprendizagem.
A Implementação do Projeto, o primeiro passo foi a
montagem do Centro de Mídias, localizado fisicamente ao lado da Secretaria de
Educação do Estado. Ali fica a equipe pedagógica e docente que conjuntamente
planejam e roteirizam aula a aula.
Esse
planejamento inclui a definição dos tipos de mídias a serem utilizadas em cada
uma das mesmas, para cada disciplina. O Centro de Mídias conta ainda com três
estúdios, todos com cenário virtual, a partir dos quais os professores
especialistas ministram as aulas presenciais diariamente.
Um
dos grandes desafios foi entender como planejar os processos comunicacionais ao
longo de todo o processo de aprendizagem. Esse é mediado por um número grande
profissionais, alguns deles professores no modelo tradicional, que sequer
haviam lidado com um computador antes.
Foca-se
na realização de atividades que estimulem a reflexão e o desenvolvimento de
habilidades metacognitivas dos alunos por meio de práticas dialógicas
fundamentadas na troca de impressões, tanto entre colegas da mesma classe
presencial como com colegas de outras classes distribuídas por todo o estado,
por meio da tecnologia satelital. Essas práticas demandam um planejamento detalhado
que inclui também a roteirização aula a aula, ou seja, todos os procedimentos
devem ser pensados cuidadosamente para que os alunos se sintam estimulados a
interagir sempre entre si.
Todo
esse planejamento é dividido em etapas e a primeira delas refere-se ao conteúdo
teórico. Este é elaborado pelos coordenadores acadêmicos e professores
especialistas da rede de ensino público do estado do Amazonas, sendo que o
conteúdo teórico é desenvolvido com base nas normas definidas pelo Ministério
da Educação e pela Secretaria de Estadual de Educação do Amazonas.
Esses
especialistas já definem o conteúdo que constará do material impresso de cada
disciplina e de cada uma das respectivas classes presenciais, o que inclui
também a apresentação ao vivo dessas aulas. Os assessores pedagógicos orientam
o processo e ajudam na elaboração dos roteiros das aulas, na definição das
dinâmicas em classe e na conseqüente definição das peças de comunicação, como
vídeos, músicas ou animações específicas.
Do
ponto de vista da Educomunicação, é neste momento que os processos
comunicacionais são definidos e desenhados. A equipe escolhe as ferramentas
midiáticas com que terão que trabalhar, de maneira a elaborar dinâmicas com
grande interação comunicacional, as quais serão desenvolvidas nas várias salas
de aula. Tais interações são trabalhadas por meio de diferentes formas de
comunicação como narrativas, textos escritos, representações ou mesmo
linguagens que serão adotadas para transformar a percepção do aluno.
A
segunda etapa consiste na passagem de todas estas informações para a equipe de
criação e edição, também chamada de pré-produção. Essa está responsável por
preparar as referidas peças, para serem transmitidas ao vivo durante as aulas
para todos os alunos espalhados nas diversas classes.
Neste
momento, são preparados os vídeos especiais ou buscados vídeos prontos, bem
como são desenvolvidos desenhos animados sob encomenda ou mesmo serão definidas
fotos específicas para cada tipo de aula.
E
também edita os materiais impressos que serão distribuídos para os alunos em
suas localidades. Dedicam-se ainda à criação dos cenários virtuais de cada uma
das disciplinas, para que haja uma identidade visual para cada disciplina e
para o projeto como um todo.
A
terceira etapa consiste na transmissão da aula ao vivo, a quarta etapa
refere-se às práticas complementares nos ambientes virtuais de aprendizagem e a
quinta, às atividades de avaliação. Os atuais grandes desafios do projeto são a
atualização dos processos em relação ao rápido surgimento das novas tecnologias
e aos processos de aprendizagem voltados ao uso das mesmas, além da sua
expansão em si.
O
projeto EMPMT está em sua segunda fase, e o governo amazonense já está
investindo principalmente na quarta etapa do projeto. Há a previsão do uso mais
intenso de ambientes virtuais de aprendizagem do Centro de Mídias, pelo uso de
plataformas com ferramentas bem interativas como o Moodle e o NING6, entre
outras. A comunidade dos professores do Centro de Mídias, montada no NING, já
conta com mais de 1.000 professores. Há planos de expansão da mesma para os
alunos, para realização de atividades educacionais mais lúdicas.
Já
o Moodle é utilizado como repositório dos objetos de aprendizagem desenvolvidos
a partir da gravação das aulas ao vivo e para dar continuidade a debates
iniciados na sala de aula presencial por meio do uso de fóruns escritos e
outras ferramentas ali disponíveis. Eles já pensam em intensificar esse uso,
sendo que está prevista a formação de seus professores em práticas de tutoria, para
que eles aprofundem seus conhecimentos sobre como mediar os processos
comunicacionais, objetivando a aprendizagem por meio das tecnologias adotadas.
Benefícios
e Resultados
Ele
atende a uma necessidade social urgente e tem como principais benefícios: Moodle
- Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment: trata-se de um sistema
de gerenciamento de aprendizagem (LMS), a partir da qual se pode montar
ambientes virtuais de aprendizagem. NING consiste em um serviço online que
permite a criação de redes sociais personalizadas.
-
a disponibilidade de salas de aula perto das casas dos estudantes;
-
a transmissão simultânea de todos os programas a partir da mesma central;
-
possibilidade de sessões “on demand”, em caso de ausência do aluno ou mesmo
falta de luz na localidade;
-
alunos de diferentes partes do estado se reúnem em uma sala de aula virtual
síncrona para partilharem o conhecimento;
-
ambiente virtual de aprendizagem montado junto a um LMS7, para que os alunos se
reúnam para discussões em grupo, acesso a materiais do curso, participação de
chats em tempo real e reposição de objetos de aprendizagem;
-
estúdio de televisão equipado com todos os instrumentos modernos de ensino,
para facilitar os professores a trabalhar de forma eficaz;
-
entrega de material didático impresso, o qual é distribuído para todos os
alunos.
Além
de permitir a integração de diferentes culturas distantes umas das outras
centenas de quilômetros, este projeto propicia também o estabelecimento de um
elemento essencial no processo de ensino e aprendizagem: cria uma forte
identidade e sentimento de pertencimento entre os participantes. O
fortalecimento desse vínculo ajuda no desenvolvimento da presença social nesses
ambientes e, consequentemente, na qualidade de interações e trocas
argumentativas entre os participantes.
A
implantação deste projeto permitiu o aumento da eficácia da área de Educação no
Estado do Amazonas, sendo que, segundo dados do INEP, houve uma redução das
taxas de evasão de 26,80% para 16,02%. O número de alunos aprovados subiu de
60,40% para 77,51%. Quanto ao percentual de alunos reprovados, esse caiu de
12,80% para 6,47%.
Sobre
a redução do índice de evasão, que diminuiu de 26,80% para 16,02%, temos que os
participantes são estimulados a continuar atendendo às aulas, cujos conteúdos
também são pensados com foco no fortalecimento das diversas comunidades rurais
participantes. Isso porque os alunos não têm mais que deixar suas casas,
famílias e até trabalhos.
Retomando
a questão do campo da Educomunicação, constatamos a importância do planejamento
e gestão dos processos comunicacionais para a concretização dos objetivos
educacionais. A eficácia do projeto reside exatamente no constante cuidado com
a gestão da comunicação junto a esses ambientes de aprendizagem mediados por
tecnologias, planejada e orquestrada pelos coordenadores pedagógicos e
acadêmicos, além dos professores especialistas e dos generalistas.
4. 1 Sistema
presencial mediado por TV – SEDUC
A Secretaria de Estado da Educação e Qualidade do
Ensino – SEDUC, localizada no Estado do Amazonas, é um órgão integrante da
Administração Direta do Poder Executivo, responsável por formular,
supervisionar; e coordenar a execução e a avaliação da Política Estadual de
Educação do ensino fundamental, médio e das modalidades de ensino, assim como
prover assistência, orientação e
acompanhamento das atividades dos estabelecimentos de ensino.
Segundo o autor:
As novas tecnologias de informação e comunicação,
caracterizadas como midiáticas, são, portanto, mais do que simples suportes.
Elas interferem em nosso modo de pensar, sentir, agir, de nos relacionarmos
socialmente e adquirirmos conhecimentos. Criam uma nova cultura e um novo
modelo de sociedade. (Kenski 2006, p. 23).
A SEDUC vem
realizando alguns estudos e levantamentos relativos à demanda escolar nos 62 Municípios
do Estado desde 2004. Constatando desta forma, quantitativamente que milhares
de amazonenses estudavam até o ensino fundamental e não prosseguia nos seus
estudos, por diversos motivos como a falta de escola nas comunidades que oferecesse
ensino médio, a exclusão de muitas comunidades rurais pela dificuldade de
acesso (transporte) até as zonas urbanas e pelo fornecimento irregular de energia.
Enfim, as características geográficas da própria região
são fatores que resultam nos obstáculos encontrados e que precisam ser
vencidos.
A SEDUC encontrou então uma solução para atender
tamanha demanda de alunos excluídos socialmente, a idéia era então ensinar pela
TV utilizando recursos tecnológicos com transmissão
por satélite, utilizando a
vídeo-conferência como ferramenta
pedagógica e metodologia
presencial com mediação
tecnológica de forma inédita no
mundo. Foi criado e implantado então o ensino médio via satélite.
O Centro de Mídias da SEDUC foi criado em 2007,
ampliando e diversificando o atendimento escolar e utilizando uma solução
tecnológica disponível com ênfase nas mídias educacionais, no sistema público e
voltado para a Educação Básica. As aulas são transmitidas através do Centro de
Mídias via satélite para as comunidades rurais do estado do Amazonas,
que acontecem por meio do sistema de IP.TV, com recursos interativos de
som, imagens e dados.
O Centro de Mídias está localizado em Manaus, onde
ficam os professores titulares das componentes curriculares (nome denominado a
uma disciplina), responsáveis pela elaboração das aulas que são transmitidas
pela TV e demais atividades, ou exercícios. Na outra ponta, ou seja, nos
municípios encontram-se os professores tutores que desempenha o papel de mediador
e facilitador, responsáveis por coordenar os alunos nas salas de aula,
minimizar as dúvidas dos alunos, acompanharem o aprendizado, realizar
frequência, coordenar as atividades, realizar a aplicação de provas, lanças no
sistema SCA onde as notas são divulgadas. (http://www.educacao.am.gov.br/institucional/estrutura/centro-de-midias/).
As aulas são planejadas pelos professores que podem
explorar todos os recursos tecnológicos disponíveis visando facilitar a
assimilação do conteúdo pelo aluno. São utilizados recursos como trechos de
filmes, obras de artes, animações em 3D, etc. É possível visualizar a
interatividade realizada entre professor e alunos no modelo de IPTV adotado
pela SEDUC. A imagem transmitida pela TV, mostra do lado esquerdo o professor
do estúdio em Manaus e do outro lado o aluno localizado no interior do estado,
realizando uma interatividade. (http://www.educacao.am.gov.br/2013/06/centro-de-midias-da-seduc).
Tabela 1 – Secretaria do Estado do Amazonas (SEDUC)
criou até um quadro explicativo para melhor apresentar tais diferenças:
ITENS
|
ENSINO PRESENCIAL
|
ENSINO PRESENCIAL
MEDIADO EM TEMPO REAL
|
ENSINO A
DISTANCIA
|
Presença do
professor e do aluno mesmo local.
|
Presença do
professor em sala de aula.
|
Professor
ministrante: presença virtual; presença do professor presencial: em sala.
|
Não
|
Frequencia das
aulas e as demais atividades.
|
Obrigatória
controlada
|
Obrigatória
controlada.
|
Livre
|
Apresentação das
aulas
|
Em sala
|
Em sala em
tempo real.
|
Através de
gravação
Em meio
eletrônico ou material impresso
|
Relação de
tempo entre a realização e a presença do aluno
|
Síncrona
|
Síncrona
|
Assíncrona
|
Realização das
atividades didáticas
|
Em sala sobre
a supervisão do professor.
|
Em sala sob a
supervisão do professor presencial.
|
Livre
|
Orientação dos
alunos.
|
Professor na
sala de aula.
|
Professor
ministrante a distancia; professor presencial em sala.
|
Distancia
ocasional em sala.
|
Interatividade
|
Na sala de
aula.
|
Professor ministrante
por processos interativos; professor presencial em sala.
|
Restrita em
poucos momentos
|
Avaliação
|
Em sala.
|
Em sala.
|
Livre
|
Fonte: Secretaria do Estado do Amazonas
(SEDUC)
O argumento aqui utilizado é a questão espacial.
Primeiramente, o professor pode estar ou não presente em sala de aula, não
existe a classificação legislativa de presença virtual. A presença pressupõe
uma presença física. Como determina o art. 1° do Dec, n° 5.622/05, a EAD se
caracteriza “[...] com estudantes e professores desenvolvendo atividades
educativas em lugares ou tempos diversos”.
No caso do Ensino Presencial Mediado, tem-se o
desenvolvimento de atividades em lugares diversos. O professor que ministra a
aula é o professor titular que se encontra em um estúdio de televisão e
unicamente lá. Não se pode dizer que professor e alunos estão virtualmente
presentes em um mesmo lugar.
Também não se pode contar com a presença do professor
assistente, pois ele não é o responsável pela aula, não possuindo sequer, na
grande parte das vezes, a mesma formação da disciplina oferecida. Se o
professor assistente fosse o verdadeiro responsável pela aula, não haveria
necessidade de um titular. Na verdade, ele funciona como uma espécie de tutor,
apenas auxiliando os alunos no desenvolvimento de suas atividades, assim como ocorre
na EAD.
Logo, a separação espacial é inquestionável, não
podendo ser convertida em um mero detalhe, como assim o quer a Universidade.
Para visualizar tal situação de maneira mais concreta, basta supor que o
estúdio onde são gravadas as aulas não se localize na cidade de Manaus, mas sim
num país estrangeiro.
5
INTERATIVIDADE EM TEMPO REAL (10 a 15 pág.)
Para alguns autores a interatividade refere-se a
“[...] um conjunto de relações complexas de emissão e recepção de mensagens.”
(MATTA; CARVALHO, 2008, p. 3), sem, entretanto, especificar a forma como
ocorre, muito menos os atores envolvidos, por isto, não se pode entender que
quaisquer tipos de emissões e recepções de mensagens possam ser interpretados
como interatividade. Para Benassuly (2002 apud SILVA; SANTOS, 2012, p. 15)
“[...] as interações se constituem em uma rede de intersubjetividades mediadas
pela linguagem, e onde os saberes são gestados a partir de suas próprias
positividades, repletas de possibilidades, [...].”. Esta será a concepção de
interatividade que irá subsidiar este trabalho, uma interação que envolve
vários participes no processo de ensino e aprendizagem na modalidade EaD,
respeitando as histórias dos sujeitos e seu contexto.
Para Silva que afirma:
Analisa outros critérios para classificação de graus
de interatividade. De Francis Krestz, apresenta a gradação – grau zero: livro,
radio e televisão, que permitem leituras lineares, com opção apenas de
interatividade de acesso, ou não lineares; linear: ou mídias que permitem
avanços e retrocessos no percurso do conteúdo; arborescente; que seriam menus;
lingüísticas; ou acessos por palavras-claves, formulários entre outros;
criação: que permitem que o usuário componha mensagem; comando continuo: no
qual o usuário pode modificar os objetos. (Silva, 2000, p. 26).
Neste aspecto, o Programa EMITec utiliza dois tipos
de interatividade envolvendo os estudantes e em tempo real. A interação
indireta em que o aluno retira suas dúvidas através do chat e com a atuação do
mediador e professor assistente. Neste caso, o estudante repassa sua dúvida
para o mediador e este último que envia a mensagem para que o professor
assistente possa responder de forma imediata. É considerada indireta por não
haver uma relação direta estudante/professor videoconferencista, porém vale
salientar que existe um retorno imediato através do professor assistente e que
contribui para a construção de conhecimento.
Na concepção do autor que afirma que:
A interatividade direciona a emissão e a recepção de
mensagens, podendo ser: “verbal, audiovisual, multimídia, hipermídia”. A verbal
concebe-se a elocução da fala; o audiovisual, o vídeo; a multimídia, o uso
simultâneo de vários recursos de comunicação, integrando texto, som e imagens
fixas e animadas; a hipermídia, com links. (Machado 1997, p. 1).
Nessa concepção a interação direta em sala é aquela
que o estudante retira suas dúvidas e apresenta resultados de sua produção
diretamente junto ao professor videoconferencista, em tempo real, ocorrendo colaboração.
Neste tipo de troca e construção do conhecimento o professor videoconferencista
pode visualizar e ouvir seu aluno, tornando o processo de ensino e aprendizagem
prazeroso, envolvente e instigante, elevando a autoestima do estudante, além de
quebrar a barreira e isolamento espacial provocado pela tecnologia.
Esta concepção acerca da importância da interação no
processo de ensino e aprendizagem é ratificada por Mattar que afirmar que a
interação:
[...] é o elemento-chave na educação, que um nível
elevado de interação resulta em atitudes mais positivas, [...] leva a um grau
elevado de realização, [...] desempenha um papel fundamental no aprendizado, na
retenção e nas percepções gerais do aluno em relação à eficácia do curso e do
professor e que ambientes interativos são propícios para a aprendizagem e
satisfação do aluno. Mattar
(2012, p. 49)
Sabe-se que para que ocorra todo um processo de
interatividade de forma efetiva deve ter a motivação e envolvimento de todos os
atores, além do estabelecimento de laços de afetividade através das relações
interpessoais entre professores, mediadores e estudantes, caso contrário não se
alcança bons resultados.
De acordo com autor que relata:
O ideal dessa nova sociedade da informação digital é
a garantia de acesso à informação para todos, indiscriminadamente.
Tecnologicamente é possível que, a partir do acesso às redes digitais, as
pessoas possam realizar intercâmbios e novas formas de cooperação com outras
pessoas e instituições em todo o mundo, para ensinar e aprender. As tecnologias
digitais de informação e comunicação envolvem “técnicas, instrumentos, métodos
que permitem obter, transmitir, reproduzir, transformar ou mudar a informação”.
(TORTAJADA; PELÁEZ, 1997, p. 207).
Na concepção do autor que a partir das novas
tecnologias as pessoas possam ter uma relação de cooperação de ambas as partes
e, também possam conhecer as outras através da medicação tecnológica.
Vários são os
produtos e os mecanismos que possibilitam a interatividade. Entretanto, a
interatividade é afirmada como simples participação e proximidade, ou de uma
maneira mais coerente é obter o poder de escolha num conjunto de opções. Ruschel
(1996, p. 146) “exemplifica o caso da interatividade na comunicação, no sentido
do consumidor/espectador possuir maior poder de decisão”.
Na concepção do autor que diz que:
"A sala de aula interativa seria o ambiente em
que professor interrompe a tradição do
falar/ditar, deixando de identificar-se com o contador de histórias, e adota uma postura seme lhante a
dos designers de software interativo. Ele constrói um conjunto de territórios a
serem explorados pelos alunos e disponibiliza co-autoria e múltiplas conexões,
permitindo que o aluno também faça por si mesmo. Isto significa muito mais do
que ser um conselheiro, uma ponte entre a informação e o entendimento, [...] um
estimulador de curiosidade e fonte de dicas para que o aluno viaje sozinho no
conhecimento obtido nos livros e nasredes de computador. [...] E a educação
pode deixar de ser um produto para se tornar um processo de troca de ações que
cria conhecimento e não apenas o reproduz"( SILVA, 2000, p. 78)
Como exemplo
disso dentro da comunicação vê a preocupação com a segmentação e
disponibilidade, na explosão dos canais de TV a cabo; a preocupação com o
atendimento, na participação de ouvintes e telespectadores nos programas de
rádio e TV; e a concentração destas preocupações na promessa da TV interativa.
A previsão de uma sociedade de massa, ou de uma cultura de massa, cede espaço a
uma sociedade, onde a experiência individual passa a ser estimulada.
Para Ruschel (1996, 145) “a interatividade, com
vista à reciprocidade da mensagem, está longe de oferecer o devido espaço ao
telespectador. A autora, falando sobre a TV interativa no Brasil, diz que os
programas interativos dão um espaço muito pequeno para resposta ou intervenção
do telespectador na decisão”. Ruschel, (1996, p. 148). “Como se vê nestes casos
as alternativas existem, mas elas estão ali, prontas, para o telespectador
apenas optar por uma ou por outra. Ele ainda não tem poder para impor sua visão
particular.”
Para os autores que afirmam sobre a interatividade:
Tratam da interatividade no campo das novas
tecnologias da comunicação como sistemas eletrônicos que transmutam as formas
de criação, geração, transmissão, conservação e percepção de imagens, e que
superam o domínio dos velhos sistemas artesanais ou mecânicos.11 Os aspectos
fusão sujeito-objeto e bidirecionalidade (diálogo homem-máquina) são, portanto,
aqueles que marcam especialmente essa transmutação e superação que eles
destacam. (PLAZA E KERCKHOVE 1993, p. 88).
Resta ainda fazer uma breve incursão pela arte
interativa e verificar se nesse campo, também marcado pelas novas tecnologias
de comunicação, há outros aspectos que contribuem para a depuração do conceito
de interatividade.
Na concepção do autor que afirma:
A interatividade é promovida através de um meio que
permite a interação entre as pessoas. Mielniczuh reforça
essa definição ao
citar: “A interatividade seria
um tipo de
comunicação possível graças
as potencialidades
específicas de unas
particulares configurações
tecnológicas (Vittadini, 1995, p.154), cujo objetivo é imitar, ou simular, a
interação entre as pessoas”. (Vittadini 1995 apud Mielniczuh, 2001, p.174).
Neste contexto a interatividade apresenta com função
mediado entre dos indivíduos. Pois a interatividade é uma interação entre
atores em sala de aula, promovendo opiniões diversas sobre conteúdos
relacionados a aulas em tempo real.
De acordo com Woodard que diz a respeito sobre esse
tema:
O problema do pouco tempo para resposta e
modificação da mensagem poderá ser solucionado com a inclusão dos indivíduos na
estruturação dos programas e das mensagens. Para que isto se concretize pode-se recorrer à
mídia interativa que combina as tecnologias existentes, fornecendo a
simultaneidade desejada e o devido poder de escolha. A mídia interativa reúne e
combina recursos como fibra óptica, sistemas digitais, multimídia, CD-ROM,
realidade virtual, telefone, televisão e computador (WOODARD, 1994, p. 29).
Nessa perspectiva o autor menciona de alternativas
importantes sobre o processo de interatividade, não havendo a interação tem
meios que possam ajudar esse conceito, possibilitando a socialização através de
suportes e, assim concretize a resolução do problema ocasionado pelo sistema
presencial mediado.
O autor
afirmar:
A interatividade está na disposição ou predisposição
para mais interação, para uma hiper-interação, para bidirecionalidade (fusão
emissão-recepção), para
participação e intervenção. Digo
isso porque um indivíduo pode se predispor a uma relação hipertextual com outro
indivíduo. (SILVA, 1995, p. 03).
Nessa afirmação o autor relatar a importância da
interatividade para o indivíduo interagir em tempo real com outro individuo levando
a emissão e recepção e socializarem via texto e predispor uma relação mutua
entre ambas as partes.
A estrutura
dos equipamentos é um dos pontos que difere a mídia interativa da convencional.
Caruso apud Woodard (1994, p. 33) comenta que é devido à maioria dos “[...]
elementos se encontrarem em forma digital, eles podem ser combinados e
recombinados num novo formato de publicação que permita às pessoas a interação
com a informação em todas as suas formas e em maneiras nunca antes imaginadas”.
Levy afirma que a:
A televisão, que é alvo de críticas por ser um meio
fechado, unidirecional, agora tem a possibilidade
técnica de fazer
com que o telespectador
participe de forma mais ativa.
No processo comunicacional a TV é vista como um simples emissor e o
telespectador como receptor que recebe a
mensagem através do canal, que é o aparelho. Por mais que isso ocorra, o
telespectador apesar de não interagir diretamente com a emissora, interage de
outra forma. A interação é descrita por Pierre Lévy (1999): “mesmo sentado na
frente de uma televisão sem
controle remoto, o
destinatário decodifica, interpreta, participa, mobiliza seu sistema
nervoso de inúmeras maneiras, e sempre
de forma diferente de seu vizinho”. (LÉVY, 1999, p. 79).
A mídia interativa poderá ser utilizada e aplicada
em vários setores. No lazer, os telespectadores “[...] não só terão mais
autonomia para determinar o tipo de programação veiculada em seus lares, mas
também terão participação ativa na produção dos programas.” (WOODARD, 1994, p.
41).
O setor da informação será beneficiado com as
oportunidades da mídia interativa com os consumidores podendo acessar a vários
tipos de informação e conteúdo. O ensino-aprendizagem será também fortalecido
já que “[...] através da mídia interativa, cada aluno terá acesso às melhores
fontes de informação do mundo”. (WOODARD, 1994, p. 43).
Uma das críticas quanto à instalação da televisão
interativa é seu aspecto essencialmente comercial. Segundo Joly; Massarolo
(2002, p. 49) “[...] o t-commerce é o principal foco das emissoras que
disponibilizam ou que proverão num futuro próximo conteúdos interativos a seus
usuários, a venda de produtos de forma instantânea encanta anunciantes, que por
sua vez investirão na nova mídia”.
Para se compreender as diferenças, as semelhanças e
as características dos três tipos de interação é apresentada a Tabela 1 de
Thompson (1998, p. 80) em que são relacionados os três tipos de interação.
TABELA 1: TIPOS
DE INTERAÇÃO
Caracteristicas
Interativas
|
Interação face a
face
|
Interação mediada
|
Interação quase
mediada
|
Espaço-tempo
|
Contexto de co-presença; sistema referencial
espaço-temporal comum
|
Separação dos contextos; disponibilidade estendida
no tempo no espaço.
|
Separação dos contextos; disponibilidade não
estendida no tempo e no espaço
|
Possibilidade de deixas simbólicas
|
Multiplicidade de deixas simbólicas
|
Limitação das possibilidades de deixas simbólicas
|
Limitação das possibilidades de deixas simbólicas.
|
Orientação da atividade
|
Orientação para outros específicos
|
Orientada para outros específicos.
|
Orientação para um numero indefinido de receptores
potencias
|
Dialógica Monológica
|
Dialógica
|
Dialógica
|
Monológica
|
Fonte: THOMPSON, John B. A mídia e a modernidade:
uma teoria social da mídia. Petrópolis: Vozes, 1998. p. 80.
TABELA 1: Semelhanças das interações face a
face e das mediadas por computador.
Caracteristicas
interativas
|
Interação face a
face
|
Interação mediada
por computador
|
Espaço-tempo
|
Contexto de co-presença; sistema referencial
espaço-temporal comum
|
Contexto de co-presença sistema referencial
temporal comum
|
Possibilidade de deixas simbólicas
|
Multiplicidade de deixas simbólicas
|
Multiplicidade de deixas simbólicas especifica
|
Orientação da atividade
|
Orientadas para outros específicos
|
Orientada para outros específicos.
|
Dialógica/ Monológica
|
Dialógica
|
Dialógica
|
Fonte: Adaptado de THOMPSON, John B. A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. Petrópolis:
Vozes, 1998. p. 80.
Na tabela refere-se que fisicamente os indivíduos
permanecem separados, mas unidos na simultaneidade determinante na composição
do tempo na interação face a face. O contexto pode ser reconstruído em outro
extremo da rede (com o uso de Webcams) e a co-presença dos indivíduos é
substituída pela telepresença. Já o espaço, que influencia a noção de distância
para um grupo particular, não é comum.
A teleconferência ou a videoconferência é o
mecanismo mais comum onde se pode testar as semelhanças destas duas formas de
interação. No computador, é necessário o uso de câmeras digitais, de microfones
e de caixas acústicas e exige que estes recursos sejam usados por outros
interagentes.
Assim, a interatividade se apresenta como uma quase
interação face a face, uma interação real. O emprego de tecnologias de
telecomunicação e a ausência de características próprias da interação face a
face são as que distinguem a interação via tecnologias digitais (a
interatividade) desta última.
Na interação quase mediada a disponibilidade do
envio de mensagens, a modificação e a reorientação do fluxo da mensagem são
restritas. A direção da mensagem é única e não é própria ou planejada para
receber recomendações de outros ou se incluir em tempo real (próprio da
interação face a face) outras mensagens produzidas por receptores-emissores.
Segundo Lévy (1999, p. 79) “O termo ‘interatividade’
em geral ressalta a participação ativa do beneficiário de uma transação de
informação”. Pierre Lévy (1999, p.
80-81) “comenta ainda que a interatividade não é elemento diferencial
possibilitado somente pelas novas tecnologias de informação, o computador em
especial”. O telefone, para o autor, também é uma mídia que viabilize a
interatividade e mais do que os jogos de realidade virtual, os videogames e os
outros mecanismos de simulação, o telefone transporta as próprias vozes dos
indivíduos na interação. Não veicula somente a representação da voz, caso dos
outros mecanismos que transportam as representações das ações ou as simulações
de situações. Porém, em relação aos outros dispositivos, ele é reduzido, pois
os outros recursos fornecem mais do que a representação da voz. Os jogos de
realidade virtual põem em contato através das simulações os gestos das próprias
pessoas e em alguns casos, o contexto.
Os graus de interatividade podem ser medidos segundo
alguns eixos propostos por Lévy (1999, p. 82), a saber:
A possibilidade de apropriação e de personalização
da mensagem recebida seja qual for a natureza dessa mensagem; - a reciprocidade
da comunicação (a saber, um dispositivo comunicacional “um-um” ou
“todos-todos”); - a virtualidade, que enfatiza aqui o cálculo da mensagem em
tempo real em função de um modelo e de dados de entrada [...]; - a implicação
da imagem dos participantes nas mensagens [...]; - a telepresença.
Conforme o autor houve uma manifestação de diversos
artistas e autores ao longo dos anos 50 a 80 a evidenciarem a participação dos
leitores e do público para a concretização da interatividade nas obras de arte.
Exigia a participação do público para que a obra se completasse.
Exemplifica o caso da interatividade na comunicação,
no sentido do consumidor/espectador possuir maior poder de decisão:
Como exemplo disso dentro da comunicação vemos a
preocupação com a segmentação e disponibilidade, na explosão dos canais de TV a
cabo; a preocupação com o atendimento, na participação de ouvintes e
telespectadores nos programas de rádio e TV; e a concentração destas
preocupações na promessa da TV interativa. A previsão de uma sociedade de
massa, ou de uma cultura de massa, cede espaço a uma sociedade, onde a
experiência individual passa a ser estimulada. (RUSCHEL 1996, P. 146).
Neste contexto a interatividade, com vista à
reciprocidade da mensagem, está longe de oferecer o devido espaço ao
telespectador. A autora, falando sobre a TV interativa no Brasil, diz que os
programas interativos dão um espaço muito pequeno para resposta ou intervenção
do telespectador na decisão. “Como se vê nestes casos as alternativas existem
mas elas estão ali, prontas, para o telespectador apenas optar por uma ou por
outra. Ele ainda não tem poder para impor sua visão particular.” (RUSCHEL,
1996, p. 148)
Assim, entende-se que “A interatividade como relação
recíproca entre usuário e interfaces computacionais inteligentes, suscitada
pelo artista, permite uma comunicação criadora fundada nos princípios da
sinergia, colaboração construtiva, crítica e inovadora.” (PLAZA, 2000, p. 34)
Na concepção no autor contribui ao relacionar a
interatividade a uma categoria da comunicação ou a uma nova condição de
recepção da mensagem:
Para além de simular as competências lingüísticas e
comportamentais humanas, é necessário apreender a interatividade como categoria
da comunicação, ou seja, um modo singular, de comércio entre subjetividades,
obedecendo a constrangimentos particulares, onde sua “programaticidade” no
sentido informático é certamente a principal condição. (PLAZA, 2000, p. 25).
Nesta discussão que deve ser suscitada é a da
influência do espectador ou receptor na mensagem. Na interatividade mediada
exclusivamente pelos equipamentos e programas informáticos o receptor (no caso
este termo pode cair em desuso) tem o papel de co-criador, co-autor e
co-construtor da mensagem; não interfere apenas no fluxo de informação, ele o
redireciona e o elabora em um processo de montagem.
Segundo Ascott apud Plaza (2000, p. 72), o
espectador pode “[...] agir sobre o fluxo, modificar a estrutura, interagir com
o ambiente, percorrer a rede, participando, assim, dos atos de transformação e
criação”.
Vela (1999, p. 56) discorrendo sobre os jornais
eletrônicos na Web afirma que a participação direta do usuário é uma das
características da interatividade, assim
Para aproveitar esse potencial interativo da rede,
os jornais online e as publicações em geral estão fazendo uso de recursos como
e-mail, os “chats” ou bate-papos e as pesquisas ou enquetes online, sobre
diversos temas da atualidade. De todos estes recursos, o mais utilizado é o
e-mail, para comunicação direta entre jornalistas, editores, especialistas e
usuários ou leitores. Também existem os chamados fóruns de discussão de temas
específicos onde, através de e-mail, os usuários mandam opiniões. Estas ficam
disponíveis na seção para serem lidas por quem se interesse.
Esses recursos de comunicação: bate-papo, correio
eletrônico, listas de discussão, fóruns e outros, são os meios pelos quais os
usuários submetem suas opiniões e reivindicações ao consentimento dos
produtores dos portais, dos jornais online e dos diversos sites. Uma das
condições essenciais para que haja interatividade. Outro modo de obter
interatividade é através dos jogos de realidade virtual ou jogos em rede.
O autor diz:
Aponta para a tecnologia que viabiliza a
interatividade, segundo ela [...] a realidade virtual pressupõe a criação e
simulação de um mundo imaginário na tela do computador. Para dar mais realismo
à experiência, usa imagens em três dimensões, faz com que o usuário enxergue,
veja e ouça através de uma viseira e toque nas imagens através de mouses ou
joysticks especiais. Ruschel
(1996, p. 152)
Na concepção do autor que define
interatividade no âmbito da informática, neste caso, “[...] interatividade
significa principalmente liberdade e poder de decisão para escolher o que,
quando e como a informação, serviço ou entretenimento vão ser acessados”. (Ruschel
1996, p. 154).
O autor relatar que:
A idéia de interativo para a informática é um pouco
mais reducionaista (ou não antropocêntrica). O simples click com o mouse para
seleção de um comando numa interface gráfica mais intuitiva é um ato
interativo. No momento em que o programa reage ao estímulo e responde ao
usuário, ele está sendo interativo. Um Interactive programa é um programa que
torna possível o diálogo entre usuário e computador, programas com este recurso
são chamados de programas interativos. (WEISERT, 1994, p. 24).
Nessa concepção, qualquer relacionamento existente
entre homem e computador é uma relação interativa. O usuário insere comandos de
entrada e recebe a resposta a sua solicitação na saída, sendo interativa
relações dessa natureza. Os sistemas operacionais em geral e os editores de
texto são, nessa idéia, programas interativos, pois fornecem uma resposta vinda
do computador ao selecionar um menu de tarefas ou atalhos representados por
ícones.
Conforme relata Moraes (1998, p. 67) “são três os tipos
de interação concretizáveis por computador: homem-homem, homem-máquina e
máquina-máquina. A interação homem-homem tem uma variedade de trocas simbólicas
e o computador se afirma como potencializador da comunicação simbólica”.
É importante dizer que o autor relatar que:
Uma vez introduzindo um objeto – o computador -,
nossas relações passaram a acontecer também em um ambiente denominado
ciberespaço através de e-mails, chats, ciberconferências, cybercafés, etc. que,
assim como o telefone, fax e outros meios, permitem e intermediam o contato
entre dois ou mais seres humanos, possibilitando trocas simbólicas entre eles.
(MORAES, 1998, 78).
Porém, para haver interação via computador
homem-homem (h – h) é necessário a mediação de outros tipos de interação apresentados
por Moraes (1998, p.46): a homem-máquina (h– m) e a máquina–máquina (m – m), o
que poderia ser destacado pela autora. Nesse sentido, propõe-se o esquema da
mediação da interação homem-homem.
Além do mais, uma resposta do programa, incitada por
um indivíduo não é entendida na mesma proporção para o sistema do programa. O
programa funciona como uma espécie de estímulo/resposta, reação ou interação
passiva em que apenas um agente envolvido sofre alteração (MARTINS; SILVA;
BARROS, [s. d.]). Mas o indivíduo não reduz sua interpretação desta forma dual.
Genericamente, é preciso reter a idéia de que o homem é mais ativo que o
computador, podendo sugerir a relação: estímulo–cognição–resposta potencial
como um caminho para desvencilhar os dois processos. Stewer (apud MARTINS;
SILVA; BARROS, [s. d.]) aponta três fatores essenciais que interferem na
interatividade:
- Velocidade: é entendido como velocidade real ou
simultaneidade;
-Amplitude: que se refere ao número de
possibilidades de escolhas de ação disponíveis a cada momento na
interatividade;
-Mapeamento: as formas pelas quais as ações humanas
são conectadas ao computador, ou seja, os mecanismos de entrada de dados
(toque, voz, periféricos, etc.) nos programas.
Tratando especificamente da interatividade via Web
são encontradas algumas classes de interatividade segundo Sims (apud MARTINS;
SILVA; BARROS, [s. d.]):
- Interação linear: seguir e retroceder;
- Interação hierárquica: utilizando menus;
- Interatividade de suporte: com tópicos de auxílio
e apresentação de tutoriais e caminhos pré-determinados a seguir;
- Interatividade de simulação: o usuário relaciona
ações que são possíveis na realidade;
- Interatividade de hiperlinks: o usuário tem à
disposição caminhos para navegar, podendo se dirigir para um caminho diferente
do anterior.
A interatividade em sites pode se dar com a
convergência de várias dessas interações propostas por Sims (apud MARTINS;
SILVA; BARROS, [s. d.]). Mesmo assim, a co-construção da mensagem e a ação
mútua entre os interagentes são limitadas, pois as escolhas possíveis são
predeterminadas por produtores ou pela própria finitude da rede.
Moraes (1998, p. 34) apresenta três níveis de
interatividade. No primeiro nível, os recursos multimídia são baixíssimos,
possibilitando apenas um meio de comunicação linear, como correio eletrônico e
contatos com o produtor (jornalistas e outros profissionais). No segundo nível,
o usuário pode interferir na mensagem, personalizando a interface oferecida
pelo site, “navegando”, participando dos bate-papos, listas de discussão e
outros serviços oferecidos pelo site. No nível 3 de interatividade [...] é, no
entanto, necessário que [...] propicie, além dos pré-requisitos dos níveis
anteriores, que haja uma troca entre o produto e o usuário/consumidor. Em outras
palavras, são aqueles em [que] se pode participar ativamente da construção do
produto final, sendo possível interferir em seu conteúdo. (MORAES, 1998)
Em Cibercultura (LÉVY, 1999) afirmar que:
Propõe um quadro contendo os diferentes tipos de
interatividade. Com relação ao tipo do fluxo de mensagem tem-se os tipos que
fornecem: mensagem linear não alterável em tempo real, interrupção e
redimensionamento em tempo real da mensagem e implicação dos participantes na
mensagem. Isso correlacionado aos tipos de dispositivos de comunicação (melhor
compreendido como formas de difusão),obtém-se a difusão unilateral, o diálogo e
a conversa entre vários participantes. (p.
83).
Entende-se por comunicação o intercâmbio de
informação entre sujeitos ou objetos. As tecnologias de comunicação visam
prover o que há de mais atual, e moderno em aparatos tecnológicos
para suportar uma elevada
quantidade de informações que são frequentemente geradas. (LÉVY,
1999, p. 83).
Percebe-se que os meios tecnológicos voltados para a
comunicação estão dispostos em vários cenários como no cinema, na televisão, na
publicidade, na Internet entre outros.
A tecnologia está presente no cotidiano das pessoas
ao realizarem tarefas triviais,
como por
exemplo: fazer compras
em um supermercado
(há um sistema
para realizar pagamento), ir ao Banco, comprar uma passagem de avião (é
pela Internet), efetuar uma ligação (telefone móvel), etc. (RADFAHRER 1998, p. 113).
Existem algumas tecnologias que se destacam pelo
provimento de seus serviços em função de sua usabilidade, disponibilidade,
interoperabilidade, manutenibilidade e outros
requisitos necessários para o
sucesso do seu funcionamento e da sua permanência no mercado atual. (RADFAHRER
1998, p. 114).
Radfahrer afirma que:
As tecnologias de TV Digital, dispositivos móveis
e Internet são
providas de ferramentas que
permitem uma comunicação mais expressiva, interativa e de longo alcance. As características de interatividade existentes nesses espaços
garantem a interação (síncrona e assíncrona) permanente entre os seus usuários.
A hipertextualidade - funcionando como seqüências de textos articulados e
interligados inclusive com outras mídias, como som, fotos, vídeos, etc..
citados por (RADFAHRER 1998, p. 115).
Na
concepção a influencia das tecnologias vem a facilita a propagação de atitudes
de cooperação entre os seus participantes, para fins de aprendizagem. A
conectividade garante o acesso rápido à informação e à comunicação
interpessoal, em qualquer tempo e lugar, sustentando o desenvolvimento de
projetos em colaboração e a co-ordenação das atividades. (RADFAHRER 1998).
Para o autor Machado que relata
que:
A interatividade
direciona a emissão e a recepção de mensagens, podendo ser: “verbal,
audiovisual, multimídia, hipermídia”. A verbal concebe-se a elocução da fala; o
audiovisual, o vídeo; a multimídia, o uso simultâneo de vários recursos de
comunicação, integrando texto, som e imagens fixas e animadas; a hipermídia,
com links. (MACHADO 1997, P. 1).
A interatividade pode permitir:
experimentação, participação, intervenção, etc., as quais se direcionam à:
ação, reação, integração, etc. isto é, em muitos sentidos, ao que aponta como sendo
uma ação “multisensorial”. (SILVA 2006, p. 34).
Outro autor que tem estudado a
questão da interatividade mediada é Steuer. Para ele (1993) a:
Interatividade se define como
"a extensão em que os usuários podem participar modificando a forma e o
conteúdo do ambiente mediado em tempo real" Por assim dizer,
interatividade se diferenciaria de termos como engajamento e envolvimento. Para
o autor, interatividade é uma variável direcionada pelo estímulo e determinada
pela estrutura tecnológica do meio. Infelizmente, ecoa nessa definição as vozes
do behaviorismo.(p.1)
O autor reconhece que a definição
de interatividade é de grande importância para a pesquisa em interação
homem-computador. Logo, afirma que questões como autonomia e interação em
telepresença se referem ao controle do usuário da sua relação com o ambiente.
Logo, a interatividade pode vir
ou carregada de ações, sentimentos e atitudes humanas positivas, de afetividade
e atenção, que proporcionam um clima favorável para maior envolvimento pessoal,
propícios para a construção do conhecimento. Para Franco (1995, p. 28) “por
outro lado, avisa que a interação não pode ser vista como um processo de
"toma-lá-dá-cá. "Para ficar mais claro, poderíamos substituir a
palavra ‘interação’ pela palavra ‘relação”.
Na conceituação do autor que
afirma que:
Identifica que existe uma relação
de interdependência na interação, onde cada agente depende do outro, isto é,
cada qual influencia o outro. Essa interdependência, é claro, varia em grau,
qualidade e de contexto para contexto. Alerta, porém, para a limitação em
entender-se a interação apenas como ação e reação. Segundo ele, as pessoas não
funcionam da mesma forma que servo-mecanismos, como termostatos e aquecedores.
Por adotar-se o paradigma ação-reação passa-se à visualização do processo de
uma forma linear e do ponto de vista da fonte (onde existe apenas a emissão e o
feedback, onde esse último teria apenas a função de comprovar a
"eficácia" da mensagem. (Berlo1991, p. 117).
“Logo, o conhecimento é
construído interativamente entre o sujeito e o objeto. Na medida em que o
sujeito age e sofre a ação do objeto, sua capacidade de conhecer se desenvolve,
enquanto produz o próprio conhecimento. Por isso a proposta de Piaget é
reconhecida como construtivista interacionista”. (PIAGET, 1996, P. 39).
Para Moraes (2008, p. 81):
Nos ambientes de aprendizagem online,
o processo de interação suscita o uso de uma linguagem cuidadosa, que convide o
interlocutor ao diálogo. Para pontuar as interações nestes ambientes de
aprendizagem, usaremos a expressão interação digital. (...) Significa que
propomos um ambiente de aprendizagem online, uma interação digital com base na
dialética, na qual esta possa ser fundamentalmente uma qualidade das relações
interativas, fruto das conversações, do encontro, da necessidade e do
entendimento de que a construção do conhecimento se dá com o outro. A linguagem
utilizada nesses ambientes deverá levar em consideração a linguagem emocional
dos sujeitos em interação.
A interatividade assume um papel
importante na aprendizagem colaborativa, pois ela destaca a participação ativa
e a interação de todos os atores envolvidos no processo de aprendizagem, tais
como alunos, professores e tutores. A cooperação e a colaboração não se
restringem somente às relações estabelecidas entre os discentes.
2
DEFINIÇÃO
CONCETUAL DAS VARIAVEIS
2.1 Recursos didáticos
Os recursos didáticos são
as ferramentas utilizadas pelo professor para facilitar o processo
ensino-aprendizagem, eles podem ser os mais simples como o pincel, apagador ou
os mais sofisticados como o computador, data show, câmera digital. A teoria da
comunicação os define como o canal através do qual se transmitem as atividades
docentes, são o sustento material das mensagens no contexto de sala de aula,
qualquer objeto pode ser um recurso desde que estabeleça uma relação de
interação recíproca com o aluno na construção do conhecimento, ou seja, é o
meio para se chegar a um fim.
A capacidade que os
recursos têm de despertar e estimular os mecanismos sensoriais, principalmente
os audiovisuais, faz com o aluno desenvolva sua criatividade tornando-se ativamente
participante de construções cognitivas. A utilização de recursos consiste em
uma mudança que abrange desde o próprio uso como também a postura do professor
em abandonar práticas tradicionais que não se enquadram nos novos padrões
educacionais.
2. 2 ENSINO MEDIADO
POR TECNOLOGIA
Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN) nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996, a educação a distância foi
contemplada no artigo 80 e, a partir de então, passou a fazer parte
oficialmente de nosso sistema educacional. “Art. 80. O Poder Público
incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a
distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação
continuada.” (MEC, LDBEN 9.394/96).
O Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que
regulamenta o artigo 80 da Lei nº 9.394/96, caracteriza a educação à distância,
em seu artigo 1º:
Art. 1º Para os fins deste Decreto caracteriza-se a
educação a distância como modalidade educacional na qual a mediação
didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a
utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e
professores desenvolvendo atividades educativas em lugares e tempos diversos.
(MEC, Decreto nº 5.622/05)
Partindo do que preconiza o Decreto nº 5.622, Moran
(2002) conceitua a educação a distância, como um processo de
ensino-aprendizagem em que professores e alunos estão separados no espaço ou no
tempo, porém interligados por tecnologias, por exemplo, a Internet.
A modalidade semipresencial acontece uma parte na
sala de aula e outra parte a distância, mediada pelo uso de tecnologias de
comunicação e informação.
“Com as tecnologias cada vez mais rápidas e
integradas, o conceito de presença e distância se altera profundamente e as formas
de ensinar e aprender também. Estamos caminhando para uma aproximação sem
precedentes entre os cursos presenciais (cada vez mais semi-presenciais) e os a
distância. Os presenciais terão disciplinas parcialmente a distância e outras
totalmente a distância. E os mesmos professores que estão no presencial-virtual
começam a atuar também na educação a distância. Teremos inúmeras possibilidades
de aprendizagem que combinarão o melhor do presencial (quando possível) com as
facilidades do virtual.” (Moran, 2004)
Educação a distância é o processo de
ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão
separados espacial e ou temporalmente.
É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não
estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados
por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também
podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o
telefone, o fax e tecnologias semelhantes.
Na expressão "ensino a distância" a ênfase
é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância). Preferimos a
palavra "educação" que é mais abrangente, embora nenhuma das
expressões seja perfeitamente adequada.
De acordo com o autor:
“Por milênios, ensinar e estudar foram atos que
sempre ocorreram em proximidade física. Isto se fixou firmemente na consciência
das pessoas. Por isso o ensinar e estudar a distância é considerado de antemão
como excepcional, não comparável ao estudo face-to-face e, muitas vezes, também
como especialmente difícil... Pelo fato de se considerar a distância em relação
aos estudantes como um déficit e a proximidade física, pelo contrário, como
desejável e necessária, já as primeiras tentativas de estabelecer princípios
didáticos específicos para o ensino a distância se propunham a encontrar meios
e caminhos para superar, reduzir, amenizar ou até mesmo anular a distância
física.”(Peters, 2001, p. 47).
Hoje temos a educação presencial, semipresencial
(parte presencial/parte virtual ou a distância) e educação a distância (ou
virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, onde
professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de
aula. É o ensino convencional. A semipresencial acontece em parte na sala de aula
e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode
ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores
e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar
juntos através de tecnologias de comunicação.
Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações.
A
promoção da comunicação entre os participantes, dando importância ao
intercâmbio de experiências e a troca de saberes entre os envolvidos é de
fundamental importância para o sucesso dos cursos a distância baseada na comunicação
assíncrona. Os recursos de comunicação disponibilizados devem ser utilizados
pelos instrutores de forma a promover a interação entre os envolvidos, criando
um ambiente de interação social propício a aprendizagem.
6 INTERATIVIDADE EM TEMPO REAL.
O
conceito de interatividade é bem mais recente que o conceito de interação, o
qual vem sendo utilizado nas mais variadas ciências como “as relações e
influencias mutuas entre dois ou mais fatores, entes, etc. isto é cada fator
altera o outro, a si próprio e também a relação existente entre eles” ( Primo e
Cassol, 1999).
Já
o termo interatividade surgiu no contexto das Novas tecnologias de informção e
Comunicação (NTIC), como a denominada geração digital. Entretanto, o seu
significado extrapola esse âmbito. Para Silva (1998, p. 29), a interatividade
está na “disposição ou predisposição para mais interação, para uma
hiper-interação, para bidirecionalidade – fusão emissão-recepção – para
participação e intervenção”.
Portanto,
não é apenas um ato de troca, nem se limita à interação digital. Interatividade
é a abertura para mais e mais comunicação, mais e mais trocas, mais e mais
participação.
Figura
5 – Sala de aula com interatividade em tempo real.
Esta
etapa é responsável por apresentar a especificação de requisitos do modelo de
interatividade, das ferramentas interativas e do estudo de caso.
Construído
baseado no Template Volere, para a
melhor compreensão e definição
dos requisitos funcionais
e não-funcionais, assim
como questões de projeto.
Os
dados foram coletados por meio da aplicação das
técnicas de entrevistas, questionários (apêndice
A) e levantamento orientado a
ponto de vistas
com os especialistas da área os
quais permitiram compor os requisitos, através da descrição das necessidades
apresentadas. Para melhor compreender o processo como um todo, de adaptações e
integrações de tecnologias, contou-se com a aplicação de técnicas de análise
como a de entrevista, questionário, e levantamento orientado a ponto de vistas.
As
entrevistas e questionários (modelo no apêndice A) foram aplicados com os
atores do processo, dentre eles podemos citar, os professores ministrantes, presenciais,
alunos e coordenadores de curso.
No
escopo deste trabalho, a interatividade é o fator principal, sabe-se que esta
pode acontecer por diversas formas, formatos e meios e está diretamente
relacionada ao modo como um usuário pode influenciar na modificação da forma
como pode ser transmitido e desenvolvido um determinado conteúdo voltado para um
ambiente computacional. Os tipos de
interatividade variam de acordo com a aplicação desejada.
O
projeto da infraestrutura interativa utilizando os conceitos de UML, para
explorar a arquitetura e a troca de informações realizadas. Mostrando de forma
clara os padrões, as técnicas e os modelos utilizados para provar a viabilidade
da solução técnica proposta. Segundo Roderick SIMS (1997) a interatividade é
uma atividade entre dois organismos, que
provê respostas adequadas às necessidades informativas de ambos, podemos
ressaltar a realimentação a ser permitida através da resposta
imediata dos alunos, onde permitirá ao
professor mensurar o conhecimento obtido
dos mesmos, ao ministrar uma disciplina
neste contexto educacional.
A
TV Digital surge de um processo evolutivo, agregando novas tecnologias
que visam atender às
necessidades sociais; principalmente as
tecnologias ligadas à codificação, edição,
transmissão e recepção.
Existem atualmente alguns sistemas abertos de TV Digital que são
destaque no cenário mundial, são eles:
1. Europeu: Digital Vídeo Broadcasting – DVB;
2. Norte-americano: Advanced Television Systems Committee - ATSC;
3. Japonês: Integrated Services Digital Broadcasting – ISDB;
4. Chinês: Digital Terrestrial Multimedia Broadcast – DTMB;
5. Brasileiro: Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial - ISDB-TB adaptado do padrão japonês acrescido de tecnologias desenvolvidas pelas universidades brasileiras. Gomes (2006, p.12) “aborda em seu trabalho que o sucesso da TVD no Brasil pode estar relacionado com o processo de inclusão digital e outros serviços que são oferecidos e pode ser alcançado por intermédio da educação pela TV, termo este conhecido como Tlearning”.
O Sistema Brasileiro de TV Digital - SBTVD a partir de vários estudos definiu o ISDB-TB como padrão do sistema de TV Digital a ser adotado no Brasil.
Para Silva que afirma:
Só existe comunicação a partir do momento em que não há mais nem emissor nem receptor e, a partir do momento que todo emissor é potencialmente um receptor e todo receptor é potencialmente um emissor. Portanto, comunicação é bidirecionalidade entre o pólo emissor e receptor, ou seja, comunicação é troca entre codificador e decodificador sendo que cada um codifica e decodifica ao mesmo tempo. (SILVA, 1995: p. 07-08).
A sua estabilização vem contribuindo para a melhoria
da qualidade da mídia digital “áudio e vídeo”, em transmissões de canais
codificados em definição padrão Standard Definition Television - SDTV e em alta
definição High Definition Television - HDTV. Comenta que parte do processo de implantação
da TV Digital no Brasil está no desenvolvimento e disponibilização de
aplicações interativas. A interatividade é um dos argumentos
utilizados a favor desta mudança de bases tecnológicas no sistema brasileiro de
televisão. (BORGES 2008, P. 34)
A educação quando transmitida pela televisão atinge
populações geograficamente distantes, e permite uma interatividade ainda baixa
mais já evidente que contribui para o avanço desta tecnologia. Para Gomes (2006,
p.45) “relata que TV é um elemento motivador
e que prende
bastante a atenção dos telespectadores
sendo por isso, um poderoso recurso audiovisual para o processo de ensino e
aprendizagem”.
A TV Digital Interativa atualmente é um assunto que
desperta grande interesse na academia, no comércio e na indústria quando se refere
a um modelo de tecnologia voltado para TV.
A interatividade é considerada como sendo a
principal evolução da televisão analógica, refere-se aos meios adicionais de
fidelização do telespectador, com conteúdos oferecidos adicionalmente visando
tornar a produção audiovisual mais atrativa. (BECKER,
2007 p.23) A interatividade pode ser proporcionada de várias formas, formatos e
meios. O termo interatividade surgiu nos
anos 60 e é derivado do neologismo inglês interactivity. Segundo Steuer (1992,
p.23) “a interatividade mede o quanto um usuário pode influenciar na
modificação imediata, na forma e no conteúdo de um ambiente computacional”.
Os livros, jornais e a TV aberta podem ser exemplos
de meios pouco interativos, já a teleconferência, bate-papo, e-mail e vídeo
game podem ser considerados meios bastante interativos. A interatividade
caracteriza-se pela troca de informações entre um usuário e um sistema
informatizado, e por um terminal de máquina com uma tela de visualização
Interatividade é um termo polissêmico, o que leva a
alguns equívocos de interpretação, como reconhecem diversos autores, entre eles
Janet Murray (2003), Alex Primo (1998), André Lemos e Pierre Lévy (1999), para
quem o termo interatividade é frequentemente utilizado de maneira vaga e
difusa, de forma imprecisa e elástica.
Raymond Williams, já em 1979, entendia interatividade como a
“possibilidade de resposta autônoma, criativa e não prevista da audiência, ou mesmo,
no limite, a substituição total dos pólos emissor e receptor pela ideia mais
estimulante dos agentes intercomunicadores” (apud Ferreira, 2004:45). Jonathan Steuer define interatividade
como “a extensão em que os usuários podem
participar, modificando a forma e o conteúdo do ambiente mediado em tempo real” (apud
Primo e Cassol). Steuer aponta três fatores que contribuem para a
interatividade: velocidade – que vai influenciar na instantaneidade da
interação em tempo real; amplitude – que se refere à quantidade de modificações
que podem ter efeito no ambiente; e
mapeamento que se refere às formas com que as ações humanas são conectadas às
ações no ambiente mediado.
A interatividade é uma das novidades mais
interessantes da TV Digital, com ela aplicações podem ser executadas no
aparelho televisor. Por meio das aplicações, os telespectadores têm acesso a
uma gama de serviços e entretenimento, como comerciais, operações bancárias,
enquetes, entre outros. Assim como os smartphones aproximaram os celulares do
computador e da Internet, a interatividade faz o mesmo para a televisão. Na TV
Digital brasileira esta tecnologia é conhecida como Ginga.
A interatividade de um processo ou ação pode ser
descrita como uma atividade mútua e simultânea da parte dos dois participantes,
normalmente trabalhando em direção de um mesmo objetivo. E o sistema necessita de
algumas características como esta descrita abaixo:
Interruptabilidade: Cada um dos participantes deve
ter a capacidade de interromper o processo e ter a possibilidade de atuar
quando bem entender. Porém, a interruptabilidade deve ser mais inteligente do
que simplesmente bloquear o fluxo de uma troca de informações.
Granularidade:
Refere-se ao menor elemento após o qual se pode interromper. Em uma
conversação poderia ser uma frase, uma palavra, ou ainda, como é costume,
responder à interrupção com um balançar da cabeça, ou com frases do tipo “já
responde sua pergunta”.
Degradação suave: esta característica refere-se ao
comportamento de uma instância do sistema quando este não tem a resposta para
uma indagação. Quando isso ocorrer, o outro participante não deve ficar sem
resposta, nem o sistema deve se desligar.
Previsão limitada: Existe uma dificuldade em
programar todas as indagações possíveis. Apesar disso, um sistema interativo
deve prever todas as instâncias possíveis de ocorrências.
Não-default: A
inexistência de um padrão pré-determinado dá liberdade aos participantes,
remetendo mais uma vez ao princípio da interruptabilidade, pois diz respeito à
possibilidade do usuário parar o fluxo das informações e/ou redirecioná-lo.
Classificação de Interatividade
Para melhor estudar o conceito de interatividade, é
possível classificá-lo em três níveis, em ordem crescente de abrangência.
Reativo - nesse nível, as opções e
realimentações (feedbacks) são dirigidas pelos programas, havendo pouco
controle do usuário sobre a estrutura do conteúdo;
Coativo - apresentam-se aqui
possibilidades do usuário controlar a sequência, o ritmo e o estilo. Pró-ativo - o usuário pode controlar
tanto a estrutura quanto o conteúdo.
3. DEFINIÇÃO
OPERACIONAL DAS VARIAVEIS
Para Gil (1994, p. 45) operacionalizar conceitos ou
variaveis torná-los passivos a observação empírica e de mensuração. Em outras
palavras significa idenificá-las de modo prático. Já para kerlinger (1980 p. 46), uma definição
operacional significa atribuir significado “a um constructo ou variável
especificando as atividades ou operações necessárias para medi-lo ou
manipulá-lo”. os recursos didáticos ensino mediado por tecnologia interatividade em tempo real.
MARCO METODOLOGICO
5.1 Contexto de
investigação
A dissertação intitulada os recursos didáticos,
ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real, no ensino
fundamental, no Município de Urucurituba localizada a margem esquerda do rio
amazonas. Tem como a linha de pesquisa formação docente.
5.2 Projeto de investigação
O projeto de investigação se deu focando a infraestrutura interativa utilizada nos conceitos seguidos pelo centro de mídias – Seduc, que se dar através do sistema presencial mediado por tecnologias esse sistema explorar a arquitetura e a troca de informações realizadas. Mostrando de forma clara os padrões, as técnicas e os modelos utilizados para provar a viabilidade de solução do problema.
O ensino mediado por interatividade em tempo real foi aplicada nas escolas Estaduais do Amazonas este modelo de aprendizagem interativa proposto. Segundo Roderick (1997, p. 23) “a interatividade é uma atividade entre dois organismos, que provê respostas adequadas às necessidades informativas de ambos, podemos ressaltar que este ensino o aluno tem resposta imediatas em tempo real”.
O projeto consiste em apresentar a infra-estrutura que permitira o suporte tecnológico para que ocorram o trafego das informações que compõem o modelo interativo proposto.
Esse modelo foi desenhada levantada em consideração todos os requisitos, tecnologias, meios de comunicação via satélite atuante no sistema presencial mediado por tecnologia para escolas rurais do Estado.
Portanto, os alunos podem interagir por meio de um IPTV ao vivo responsável pela a interação em tempo real. Neste modelo o professor ministrante pode lança uma questão na tela da TV, inicia a interação em tempo real, solicitando que os alunos interagem com a aplicação e posteriormente evidenciar os resultados, realizados comentários, elogios, ou realizando tomadas de decisões pertinentes dados concretos.
A escolha de distintas tecnologias consiste no desenvolvimento de uma solução viável. Para compor esta solução, utilizou-se a tecnologias de TV digital, de um ambiente de aprendizado eletrônico, de um sistema computacional nas escolas Estaduais.
5.2.1 Enfoque
O trabalho utilizou-se o enfoque quantitativo e o enfoque qualitativo.
Segundo o autor:
a abordagem qualitativa segue um processo de investigação holístico, indutivo-ideográfico, procura compreender os fenômenos e situações que estuda ou seja, parte dos problemas reais e do questionamento da prática. Utiliza a via indutiva para elaborar o conhecimento e tenta compreender como as pessoas experimentam, interpretam e reconstroem os significados inter-subjetivos da sua cultura. (Trilla 1997 p.109),
As duas abordagens podem fazer do que se convencionou chamar de enfoque interagrado multimodal, ou seja, os enfoques quando utilizados em conjunto deixam a pesquisa científica mais “robusta”. Os dois métodos de pesquisa utilizam-se etapas bem gerais: observação e avaliação de fenômenos, como consequencias disso estabecem pressupostos ou ideias que vão ser testadas para demonstrar o seu grau de fundamentos; essas ideias (suposições) são revisadas por meio de analises de testes.
5.3 Fonte de dados
Quadro 1: Matriz metodológica
Problema:
|
|||
Objetivo
geral: Analisar
os recursos didáticos e o ensino mediado por tecnologia com interatividade em
tempo real?
|
|||
Objetivo específico
|
QUESTÕES NORTEADORAS
|
Participantes
|
Instrumentos
|
Descrever os recursos didáticos e o ensino mediado por tecnologia
com interatividade em tempo real.
|
Quais
são os recursos didáticos e o ensino mediado por tecnologia com
interatividade em tempo real
|
20 professores
ministrantes e presenciais
da área, coordenação do curso, alunos.
|
Questionários
Entrevista
Semi-estruturada
|
Apresentar o ensino mediado por tecnologia com interatividade em
tempo real.
|
Em que consiste o ensino mediado por tecnologia
com interatividade em tempo real?
·
|
||
Relaciona a interatividade em
tempo real e os recursos didáticos e o ensino mediado por tecnologia.
|
Com se relaciona a interatividade em tempo real e
os recursos didáticos, e o ensino mediado por tecnologia?
·
|
5.4 População
e mostra
No entender da Mugrabi e Doxsey (2003:98), a amostra
constitui um subconjunto dos elementos de uma população (universo) a partir do
qual os dados são recolhidos. Para a amostra ser representativa deste universo,
as características principais da população precisam estar presentes proporcionalmente
na amostra selecionada.
A população da pesquisa foram os professores
ministrantes e presenciais da área, coordenação do curso, alunos e pais. Mostra será aletória simples, pois é
necessário ter uma listagem de toda a população.
5.4.1 Sujeito
No caso desta pesquisa, os sujeitos participantes foram com docentes envolvidos no
processo (professores ministrantes e presenciais) da área, coordenação do
curso, alunos e pais (objeto de estudo) do sistema atual. Um auxiliar de pesquisa, que tinha a função de registrar
aspectos dos encontros que poderiam escapar a pesquisador, uma vez que a função
desta última era dinamizar as reuniões.
5.4.2 Universo o População
A pesquisa será realizada na Escola Estadual Licínio
José de Araujo, com uma população de vinte pessoas que fazem parte do sistema
educacional da escola.
5.4.3 Mostra e procedimentos
mostrajes
A mostra será recolhida através de questionários e entrevistas gravadas com os alunos, bem como as pessoas que fazem parte da estrutura organizacional da escola.
Pretende-se, com a realização da pesquisa, produzir descrições quantitativas, sendo, portanto, considerada uma pesquisa descritiva. Gil (1994, p.45) esclarece que a pesquisa descritiva tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Ressalta, ainda, que uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados.
5.5 Técnica e instrumento de coletas de dados
A observação participante consiste na participação integral, real e efetiva do pesquisador como um lugar igual, confunde-se como o grupo ou comunidade objeto da observação. Pois foi através dela que podemos detectar os fatores de determinadas problemáticas. A mesma foi feita do âmbito escolar com os professores, diretores e principalmente dentro da sala de aula, no estabelecimento de ensino onde foi realizada a pesquisa.
Neste sentido para Andre e Luckhe ( 1986, p. 10):
A observação participante é uma estratégia de campo combinada, a analise documental ..] participação, a observação direta e introspecção. Nesta, há um grande envolvimento do pesquisador, compromisso político e ético, devendo completar a descrição e a reflexão, numa visão de trabalho sem perder o enfoque no estudo. O registro deve ser realizado com cuidado, organizadamente e o mais próximo possível do momento da observação.
Na perspectiva da técnica participativa, na qual todos os alunos da sala foram envolvidos de pesquisa.
Outra pesquisa recurso utilizado na coleta de dados foi à entrevista. Nesta técnica tenha o cuidado de traçar um plano e evite que informações importantes deixem de ser colhidas no ato da entrevista, porque permite o contato direto como professores e gestores e pais e alunos, para buscar as respostas da problemática, muitas vezes encontraram resistência por parte de trabalho. A coleta desses dados há a aplicação de questionários, escalas. A pesquisa será realizada a população amostra de 30 alunos e 10 professores, 10 pais e 2 gestores.
O estudo também será realizado por meio de: Reuniões com APMC (Associações de Pais e mestres) e comunidade; Palestras envolvendo a comunidade; Mural; Entrevistas com os alunos e professores; Visita aos alunos; Conversa informal.
5.6 Procedimentos de coletas de dados
O instrumento de coleta de dados escolhido foi a entrevista, que, “por sua natureza interativa, [...] permite tratar de temas complexos que dificilmente poderiam ser investigados adequadamente através de questionários, explorando os em profundidade” (ALVES-MAZZOTTI e GEWANDSZNAJDER, 1998, p. 168). Sua escolha está diretamente relacionada com o problema que foi investigado, para melhorinvestigação e análise.
Na entrevista estabeleceu-se uma relação de interação entre o entrevistador e oentrevistado. Ela permitiu uma captação imediata das informações, pois se deu através do diálogo. Há diversos tipos de entrevistas no enfoque qualitativo, como: estruturada ou fechada, semi-estruturada, livre ou aberta. Tendo em vista os propósitos da pesquisa optou-se pela semi-estruturada que, de acordo com Lüdke e André (1986), “se desenrola a partir de um esquema básico, porém não aplicado rigidamente, permitindo que o entrevistador faça as necessárias adaptações”. (p. 34). Parte, portanto, de questionamentos básicos, onde se abriram espaços para novas interrogações que foram surgindo ao longo da entrevista. Estas intervenções ocorreram para um maior aprofundamento da fala do entrevistado, como forma de orientação quando ocorreu algum distanciamento do objetivo da interrogação. Tal roteiro de entrevista foi organizado de uma maneira lógica, respeitando seu sentido para melhor compreensão e posterior análise. O entrevistador deve estar atento a tudo (fala, gestos...).
Foi respeitada a fala na íntegra bem como o anonimato de cada participante. Foi desenvolvido um termo de consentimento livre e esclarecido (apêndice B), que todos que responderam a entrevista assinaram, informados que autorizam a gravação, bem como a utilização de seu conteúdo para análise. Cabe ressaltar que os entrevistados serão caracterizados pela letra E, e o número que aparece ao lado representa a pessoa que foi entrevistada, ou seja, todas as respostas e comentários destacados do E1 (entrevistado 1), por exemplo, correspondem à fala da mesma pessoa e assim por diante. Outro tipo de Procedimentos de coletas de dados constitui-se o estudo documental uma técnica importante na pesquisa qualitativa, seja complemento informações obtidas por outras técnicas, seja desvelando aspectos novos de um tema ou problema ( Ludke e Andre, 1986, p. 87).
5.7 Técnica de Análises dos dados
Buscando assegurar a validade interna em pesquisas qualitativas, Creswell (2007, p. 207) faz referência às seguintes estratégias: “triangulação de dados”, “verificação de membro”, “observações a longo prazo e repetidas no local de pesquisa”, “exame dos pares”, “modos de pesquisa participatórios” e “esclarecimento dos vieses do pesquisador”.
A triangulação tem sido amplamente discutida e muito bem aceita, tanto na coleta como na análise de dados e “supera as limitações de um método único, por combinar diversos métodos e dar-lhes igual relevância” (Flick, 2009, p. 32). O autor não se refere apenas à triangulação metodológica, mas também salienta a importância da “triangulação dos dados”, “triangulação do investigador” e da “triangulação da teoria” (Flick, 2009, p. 361).
6 DISCUSSÃO E ANALISIS DE RESULTADOS
OBJETIVOS ESPECIFICOS
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Questões
Norteadoras
|
Participantes
|
Instrumentos
|
Descrever os recursos
didáticos, ensino mediada por tecnologia com interatividade em tempo real
|
|
|
|
Apresentar o ensino mediado por tecnologia com
interatividade em tempo real.
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|
|
|
Relaciona a interatividade em
tempo real e os recursos didáticos e o ensino mediado por tecnologia.
|
|
|
|
7 CONCLUSÃO
Este trabalho
foi estruturado em tópicos que compreendem o
cenário onde se
pretende aplicar
a proposta, relata modelo dos recursos didáticos com
ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real, no Município de
Urucurituba, nas Escolas Estaduais da Amazonas, no Ensino Fundamental, Brasil,
ano 2015, explora algumas
tecnologias voltadas ao
suporte do ensino,
apresenta trabalhos relacionados com o contexto, apresenta a especificação dos requisitos,
modelagem, o projeto e
o desenvolvimento do modelo
interativo.
Dentre os vários artigos lidos pode-se constatar o
crescimento da tecnologia de TV Digital, assim como as inúmeras aplicabilidades
voltadas para tecnologia, porém já observa-se um aumento gradativo na literatura
científica de experiências destacadas de
uso da televisão
digital no sistema presencial mediado.
Conforme Litto (2009 p. 56) destaca, a
EAD presta serviços relevantes
à cultura brasileira, uma
vez que a
ação cultural é
de grande relevância na
sociedade, ao democratizar o acesso a bens e serviços.
Observou-se também a importância de ferramentas
síncronas e assíncronas voltadas para ambientes Web, que
facilitam e colaboram
para o aprendizado
dos alunos. Segundo Kopke e Haguenauer (2001, p.67), uma das grandes
caracteristicas do Ambiente Colaborativo de Aprendizagem é
a sua preocupação
com o uso de
metodologias de trabalho que propiciem a colaboração e permitam a sua
avaliação. Com a realização dos levantamentos iniciais houve a possibilidade de
se obter uma visão macro do SPMT do PROJETO IGARITE, que permitiu a realização
de uma especificação e análise bem
detalhada dos requisitos.
Visando aprimorar este sistema, foram investigadas várias
formas de realizar uma interatividade em tempo
real, que permitisse
um sincronismo entre
alunos e professores, resultando
em um aprendizado
mais dinâmico e
com uma retroalimentação
imediata.
A proposta deste trabalho fundamenta-se na
investigação de ferramentas e soluções que podessem permitir
desenvolver um modelo
de um sistema interativo
utilizando recursos da tecnologia de TV
Digital e que possibilitasse apresentar um modelo interativo
tecnológicos ao sistema convencional educativo.
Foram estudadas e investigadas
a viabilidade de
uso e implementação
de tecnologias voltadas para
TV Digital, aprendizado
eletrônico, aprendizado móvel, interatividade, redes
híbridas, padrões e
conceitos de aprendizagem
pela Web e pela TV.
O modelo
contribuirá para a
melhoria da qualidade
do processo de
ensino e aprendizagem no
SPMT, os professores
titulares poderão assim
dispor de informações relevantes
e referentes ao aprendizado imediato dos alunos em relação a um
determinado conteúdo ministrado
na TV. Sims
(2006) destaca como
as interações podem ajudar
a atingir os
objetivos de um
curso como os
estilos de aprendizagem, a
implementar estratégias e recursos que permitam
a aplicação de diferentes preferências de aprendizagem,
enfim construindo a partir da percepção da construção do ensino.
Com a implantação deste modelo haverá um ganho
educacional de aprendizagem por parte do aluno e de realimentação imediata de
conhecimento a ser evidenciada pelo professor presencial que ministra aulas
neste sistema.
Outra contribuição refere-se a tomada de
decisões possíveis, em
relação as respostas dos
alunos com o professor em sala de aula
Os dados gerados quantativamente podem
ser analisados pela
coordenação pedagógica dos
cursos permitindo gerar índices
de aproveitamento, rendimento
escolar, aprendizagem, metodologia pedagógica,
dentre outros itens
que apóiem em
tomada de decisões adequadas para
a melhoria e qualidade do processo de ensino-aprendizagem.
As tecnologias de
interatividade, assim como
abordagem pedagógica fogem
do escopo deste trabalho, porém vale ressaltar que todo um estudo e
levantamento de ferramentas, ambientes e sistemas que permitam contribuir para
a completude deste processo foram estudadas,
levantadas e modeladas
nos cenários apresentados como forma de validar a solução.
Uma das propostas de trabalhos futuros é a
realização da implementação completa de todas as etapas que constituem o modelo
apresentado em protótipos, agregando tecnologias móveis
e concepção pedagógica,
que resulta não
somente em uma nova
abordagem pedagógica constituída
da união de
conceitos, padrões,
ferramentas, plataformas, como
em uma solução
promissora e tão
somente esperada pelos professores
que ministram aulas
neste ambiente televisivo educacional, como também expandir
para outras Instituições de Ensino Superior que trabalham com
este conceito de
aprendizagem, a idéia
é dar continuidade a esta
proposta em um
projeto de doutorado
e tentar aplicá-lo
no SPMT por
meio da empresa que presta
serviços de telecomunicações para o projeto igarite.
RECOMENDAÇÕES
.
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