sexta-feira, 17 de julho de 2015

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DE LEANDRO RAMOS FURTADO




  
UNIVERSIDADE DEL SOL - UNADES

CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO



                                                                                       

OS RECURSOS DIDÁTICOS O ENSINO MEDIADO POR TECNOLOGIA COM INTERATIVIDADE EM TEMPO REAL, NO MUNICÍPIO DE URUCURITUBA, NAS ESCOLAS ESTADUAIS DO AMAZONAS, NO ENSINO FUNDAMENTAL, BRASIL, ANO DE 2015.



LEANDRO RAMOS FURTADO







ASUNCIÓN, PARAGUAY
2014









UNIVERSIDADE DEL SOL - UNADES

CIENCIAS DA EDUCAÇÃO


OS RECURSOS DIDÁTICOS O ENSINO MEDIADO POR TECNOLOGIA COM INTERATIVIDADE EM TEMPO REAL, NO MUNICÍPIO DE URUCURITUBA, NAS ESCOLAS ESTADUAIS DA AMAZONAS, NO ENSINO FUNDAMENTAL, BRASIL, ANO 2015.

Tese apresentado a UNIVERSIDADE DEL SOL – UNADES.  Como requisito Nota final para a obtenção do título de mestre em Ciências da Educação.



Orientador: Prof. Dr. Henrique Lopes.





ASUNCIÓN, PARAGUAY
2014
HOJA DE APROVAÇÃO

Aluno: LEANDRO RAMOS FURTADO
Título do trabalho:
Subtítulo:
Tipo de trabalho:
Examinadores:




Parecer





Nota: ___________ Aprovado (  ) Reprovado (  ) Reformular (  )
Localidad: __________ Fecha ________/______/_______

Firma del Examinador/es










ASUNCIÓN – PARAGUAY
2014
DEDICATÓRIA










Dedico este trabalho a Deus  e a minha família.






















AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pai todo poderoso, por abençoar-me em todos os momentos da minha vida.
Ao meu querido coordenador de curso professor Humberto, que por sua persistência, sabedoria, apoio e amizade proporcionaram-me a felicidade de realizar este sonho tão esperado.
Ao orientador professor Enrique Lopes pela sua orientação, seu apoio, sua paciência e sua disponibilidade frequente.
À minha família querida que me apoia desde o início desta caminhada, cheia de turbulências, de desafios e de obstáculos.
Agradeço principalmente as minhas queridas filhas Leandra e Ana Claudia que foram as mais desprovidas da companhia da sua mãe durante este período.
A minha esposa Eliane Tavares em particular por compartilhar comigo as minhas amizades, os meus conhecimentos, os meus momentos de angústias, os meus desafios e as minhas incertezas.
Aos meus pais Lucineth e Claudionor pela educação que me proporcionaram, pelo apoio constante, obrigatório, pelo amor e dedicação eterna.
E finalizando, meus agradecimentos eternos e inesquecíveis aos meus amigos e colegas de mestrado, pelos dias e noites que estivemos juntos estudando, principalmente em período de disciplinas, pelo apoio nas horas mais difíceis que pareciam ser desesperadoras, pela companhia em momentos que só tínhamos uns aos outros, pela troca de experiências e saberes, enfim por fazerem parte da minha história.




















“Ninguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo” (Paulo Freire, 1981, 
p.79)
























RESUMO

A educação formal do cidadão amazonense ainda é um grande desafio das autoridades, pois o estado do Amazonas encontra-se localizado numa região onde o meio de transporte mais utilizado é barco, já que os rios são as estradas naturais da região amazônica. Alguns municípios se encontram distantes da capital do estado, dificultando a saída dos habitantes em busca de novos conhecimentos e formação educacional. O programa de educação do “Ensino Fundamental Presencial com Mediação Tecnológica” está levando para as comunidades rurais e ribeirinhas do Amazonas um ensino presencial, com mediação tecnológica, para os alunos que não tinham condições de dar continuidade aos seus estudos. O programa está sendo desenvolvido pela Secretaria de Estado da Educação e Qualidade de Ensino, através do Centro de Mídias de Educação do Amazonas, criando possibilidades para o aprendizado formal da população, bem como o resgate da cidadania e auto-estima. 

Palavras chaves: Ensino médio, Curso presencial, ferramenta tecnológica.
ABSTRACT
Mismo criterio que con el resumen en lengua vernácula.
No utilizar el traductor de la computadora para hacer el abstract porque éste no corrige la sintaxis.






LISTA DE TABELAS
TABELA 1 –Nombre de la primera tabla                                                       45
TABELA 2 – Nombre de la segunda tabla                                                     52
TABELA 3 – Etc.                                                                                           61

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – Nombre del primer gráfico                                                     12
GRÁFICO 2 – Nombre del segundo gráfico                                                  25
GRÁFICO 3 – etc.                                                                                          57
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – Nome da primeira figura                                                           56
FIGURA 2 – Nome da segunda figura                                                           78
FIGURA 3 – etc.                                                                                            90
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AVA Ambientes Virtuais de Aprendizagem
ADL Advanced Distributed Learning
ATSC Advanced Television Systems Committee
DTV Digital television
DVB Digital Video Broadcasting
DTMB Digital Terrestrial Multimedia Broadcast
EAD Educação à Distância
EML Educational Modeling Language
FAPEAM Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas
FAPESP Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
HDTV High Definition Television
IEEE Institute of Eletronic & Eletrical Engineering
IMS Instructional Management Systems
ISDB Integrated Services Digital Broadcasting
LD Learning Design
LDB Lei de Diretrizes e Bases
LMS Learning Management System
LOM Learning Object Metadata
MOODLE Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment
MHP Multimedia Home Platform
NCL Nested Context Language
PEFD Programa Especial de Formação Docente
PROFORMAR Programa de Formação e Valorização de Profissionais da Educação
QTI Question & Test Interoperability
SBTVD Sistema Brasileiro de TV Digital
SCRI Sistema de Controle de Respostas Interativas
SCORM Shareable Content Object Reference Model
SDVT Standard Definition Television
SEDUC Secretaria de Estado da  Educação e Qualidade do Ensino
SGA Sistema de Gerenciamento de Aprendizagem
SPMT Sistema Presencial Mediado por Tecnologia
SPMTV Sistema Presencial Mediado por TVSQI Sistema de Questões Interativas TICs Tecnologia de Informação e Comunicação
TIDIA Ae Tecnologia da Informação para o Desenvolvimento da Internet Avançada Aprendizado eletrônico
TVD Televisão Digital
TVDI Televisão Digital interativa
UA Unidade de Aprendizagem
UEA Universidade do Estado do Amazonas
UFAM Universidade Federal do Estado do Amazonas
UML Unified Modeling Language
USP Universidade do Estado de São Paulo
XML Extensible Markup Language
W3C World Wide Web Consortium





















SUMARIO














































1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho intitula-se “os recursos didáticos o ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real”, no Município de Urucurituba, nas escolas Estaduais da Amazonas, no Ensino Fundamental, Brasil, ano 2015.
A presença inegável da tecnologia em nossa sociedade constitui a primeira base para que haja necessidade de sua presença na escola. A tecnologia é, como a escrita, uma tecnologia da inteligência, fruto do trabalho do homem em transformar o mundo, e é também ferramenta desta transformação. Apesar da produção das tecnologias esta a serviço dos interesses de lucro do sistema capitalista, a sua utilização ganha o mundo e acontecem também de acordo com as necessidades, desejos e objetivos dos usuários.
Os recursos didáticos se apresentam como conjunto de dispositivo (materiais) utilizado concomitantemente ou não, que auxiliam o processo de aprendizagem. São classificados em: recursos naturais pedagógicos, tecnológicos, culturais e etc; podendo também ser classificados como recursos audiovisuais; tecnológicos independentes.
Os recursos didáticos naturais são elementos de existência real na natureza, como água, pedra, animais. Os recursos didáticos pedagógicos são o quadro, flanelógrafo, cartaz, gravura, álbum seriado, portfólio, slide, maquete. Os recursos didáticos tecnológicos são a internet e seus dispositivos, rádio, toca-discos. Gravador, televisão, vídeo cassete, DVD, computador, ensino programado, laboratório de línguas. Os recursos didáticos culturais são a biblioteca, museu, exposições.
Em outro sentido os recursos didáticos são todos os materiais utilizados nos processos pedagógicos com o objetivo de tornar mais agradável, eficiente e eficaz. Para que o nosso formando “fique” e “permaneça” ativa durante todo o processo formativo.
Neste sentido os recursos didáticos utilizados em formação deveram ser: adequado, simples, preciso, manejável, necessário.
O ensino mediado por tecnologia essencialmente a educacional, a responsável pelo modo como se produz o processo está na concepção cognoscente da interação entre os sujeitos. A mediação tecnológica tem sido para nós, que trabalhamos com educação, em especial com as tecnologias educacionais, a principal característica da relação educativa. Na escola, estudantes e professores sempre foram mediados por materiais didáticos, que, conceitualmente, são tecnologias educacionais. Do mobiliário ao lápis, do ponto de vista tecnológico, ambientes e objetos têm sido modelados com intencionalidade educacional.
É claro que na modalidade educacional a distância, a referida tecnologia educacional tem sido muito mais modelada e focada no componente aprendizagem do par ensinar-aprender. Mas isso não é característica dos tempos atuais, mediados por redes de computadores.
A tecnologia com interatividade em tempo real é o ensino que rompe teoricamente com a ideia de um ensino que coloca o professor como centro do processo de ensino para um novo sistema, no qual se teria a aprendizagem e sua construção colaborativa como escopo principal, ou seja, o professor deixa de ser um transmissor de conhecimentos, para ser mediador entre os saberes e os estudantes.
O conceito "interatividade" é de fundamental importância para o estudo da comunicação mediada por computador, da educação à distância, da engenharia de software e de todas as áreas que lidam com a interação homem-máquina e homem-homem via computador. Porém, tal conceito tem recebido as mais diversas definições, onde muitas delas têm, na verdade, mais confundido e prejudicado a pesquisa e o desenvolvimento de interfaces e criação de cursos mediados por computador.
Apesar de ser introduzida com maior ênfase nos anos 60, com uma pedagogia tecnicista, foi nos anos 80 que a tecnologia educacional passou a ser compreendida como uma opção de se fazer educação contextualizada com as questões sociais e suas contradições, visando o desenvolvimento integral do homem e sua inserção crítica no mundo em que vive, apontando que não basta utilização de tecnologia, é necessário inovar em termos de prática pedagógica.  A tecnologia educacional, portanto, ampliou seu significado constituindo-se no “estudo teórico-prático da utilização das tecnologias, objetivando o conhecimento, a análise e a utilização crítica destas tecnologias, ela serve de instrumento aos profissionais e pesquisadores para realizar um trabalho pedagógico de construção do conhecimento e de interpretação e aplicação das tecnologias presentes na sociedade.
        Devido a certas comunidades serem distantes da sede do municipio e a falta de professores disponiveis para irem ministrar aula nessas localidades longicuas, onde o transporte muitas vezes é precaria, as comunidades ficam isoladas, as necessidades e diversidade são inumeras, a secretaria do Estado do Amazonas junto a Fundação Roberto Marinho,  preocupou-se em levar ate as comunidades o ensino mediado por tecnologia e oferecendo o ensino fundamental aos diversos municipios uma formação continua sem sair de suas comunidades.
A motivação que levou-se a este estudo de campo foi o desejo de saber como o ensino mediado por interatividade em tempo real está sendo aceita nas escolas públicas de Urucurituba – AM. Para isso, visitou-se algumas escolas dessa cidade, identificando e analisando as práticas de ensino que envolvem o uso das SPMT, diagnosticando as tensões, os desejos e as possibilidades de seu uso pedagógico na escola. Por ser o ensino mediado um campo de conhecimento interdisciplinar, que lança mão de imagens no processo de ensino e aprendizagem, buscamos verificar de que forma os professores deste ensino usam os recursos didáticos atualmente disponíveis.
Hoje ja é possivel visualisar fruto deste projeto, o Igarité é um vislumbre na educação tecnologica, na qual permitiu aos comunidades locais promover o desenvolvimento pleno e continuo dos alunos na area fundamental e médio, afim atuarem no mercado de trabalho local. E este modelo esta sendo migrado para outros paises e estados interessados em sua implementação. Abrindo portas para a consolidação de outros projeto na região, no que se refere a Educação à distancia via televisão ( t-learning)
Os modelos e-learming oferecem ambientes virtuais de aprendizagem completissimos, com muitas facilidades, repositorios e ferramentas que permitem ao aluno a um aprendizado satistorio.
Atuamente a televisão digital tambem é uma inovação tecnologica que esta repercutindo bons frutos em alguns estados do Brasil e que pode ser futuramente uma boa parceira para possibilitar um ensino de qualidade nas comunidades distantes.
 O ensino mediado por tecnologia que tem no cotidiano do ser humano e assume um papel essencial na educação, que é orientar os estudantes na busca de informações que auxiliem na construção do conhecimento. É parte integrante do cotidiano das pessoas, sejam elas estudantes ou não.  A temática é recorrente de discussão na área é a relação educação e tecnologias. Assim, discutem-se possibilidades das tecnologias contribuírem e aperfeiçoarem os processos de ensino e de aprendizagem como também a formação dos professores para o uso dessas tecnologias. Cabe destacar que as tecnologias podem ser usadas tanto na educação à distância como na educação presencial.
Neste sentido os professores ao se deparam com a disseminação de várias tecnologias necessitam estar atualizados para essa mudança de mercado e preparados para utilizarem estas ferramentas no processo de ensino e de aprendizagem. O uso de tecnologias aplicadas a educação pode tornar a educação um processo fluido e dinâmico onde professor e aluno interagem e aprendem juntos.
Os antecedentes do tema para o embasamento teórico necessário para a elaboração da proposta apresentada estão resumidos a seguir, embora outras referências tenham sido selecionadas e navegadas. Abaixo estão alguns dos mais relevantes trabalhos relacionados que serviram para evidenciar o estado da  arte  e  contribuir  satisfatoriamente  para  a  ampliação  do  conhecimento  aplicado neste trabalho.
Atento a essas transformações, entre 1997 e 1999, o Núcleo de Comunicação e Educação (NCE), da Universidade de São Paulo, sob a coordenação do Prof. Dr. Ismar de Oliveira Soares, desenvolveu uma pesquisa temática financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), denominada de “A Inter-relação Comunicação e Educação no Âmbito da Cultura Latino-americana” (O Perfil dos Pesquisadores e Especialistas na Área).
Em 2008 a tese apresentado ao programa de Pos-graduação em Ciências da comunicação, Área de Interfaces Sociais da comunicação. A pesquisa tratava sobre a mediação tecnológica na Educação: conceitos e aplicações abordava a área de intervenção edocumunicatica “Mediação Tecnológica na Educação” TEM, tratava-se das vertentes nas quais da Educomunicação se estrutura epistemologicamente e que se encontrava bastante evidenciada, nos dias de hoje, por conte da educação a distancia.
A referida equipe de pesquisadores constatou que um novo campo de intervenção social, denominado Educomunicação, já se consolidara. Esse campo se estrutura de um modo processual, midiático, transdisciplinar e interdiscursivo, a partir de quatro áreas concretas de intervenção social, quais sejam: educação para a comunicação, mediação tecnológica na educação, gestão da comunicação e reflexão epistemológica.
Em 2010 a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo com a dissertação da pesquisadora Professora Andreza Bastos referente a “Educação presencial mediada por tecnologia com interatividade em tempo real.
A pesquisadora constatou que o ensino mediado era uma alternativa de ensino para os professores da zona rural, pois a ideia da pesquisa, então era contextualizar um cenário tecnológicos através dos recursos tecnológicos de TV digital onde possibilitava aos professores usar um sistema presencial mediado por tecnologia da UEA obter uma realimentação em tempo real do aprendizado dos alunos.
Em 2011 o professor José Augusto de Melo Neto e Luci Ferraz de Mello abordarão uma temática sobre Processos Comunicacionais na Educação com Mediação Tecnológica no Estado do Amazonas Este artigo apresenta o projeto “Ensino Médio Presencial com  Mediação Tecnológica”, planejado e implementado pela Secretaria Estadual de Educação do Amazonas, o qual é oferecido por meio de um sistema via satélite de videoconferência.  Essa solução permite a transmissão de aulas ao vivo com interação de áudio e vídeo para mais de 1.300 salas de aula distribuídas por todo estado amazonense. 
Uma obra clássica que contribui para o estudo da interação é a "Pragmática da Comunicação Humana", de Watzlawick, Beavin e Jackson (1967). Os estudos pragmáticos pretendem investigar a relação entre os interagentes, mediada pela comunicação. A pragmática da comunicação valoriza a relação interdependente do indivíduo com seu meio e com seus pares, onde cada comportamento individual é afetado pelo comportamento dos outros.
Para esses autores, a interação é uma série complexa de mensagens trocadas entre as pessoas. Porém, o entendimento de comunicação vai além das trocas verbais. Para essa escola, todo comportamento é comunicação.
O filósofo Pierre Lévy é um dos pensadores mais representativos da revolução digital no mundo contemporâneo. Nasceu na Tunísia e realizou seus estudos na França, onde fez doutorado em Sociologia e em Ciências da Informação e da Comunicação. Hoje é professor titular da cadeira de Pesquisa em Inteligência Coletiva, da Universidade de Ottawa, no Canadá. Também presta serviço a vários governos, organismos internacionais e grandes empresas, sobre as implicações culturais das novas tecnologias. Seus livros já foram publicados em mais de 20 países.
Lévy concebeu o conceito de Inteligência Coletiva em 1994 – um novo tipo de pensamento sustentado por conexões sociais que são viáveis com a utilização das redes abertas de computação da Internet. Lévy afirma ainda que a Internet é um instrumento de desenvolvimento social, porque possibilita a partilha da memória, da percepção, da imaginação. Isso resulta na aprendizagem coletiva e na troca de conhecimentos entre os grupos.
 Neste cenário a importância do estudo é desenvolver um modelo educacional com ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real, pois o foco é oferecer uma opção diferenciada ao processo de Educação regular síncrona tradicional do estado, oferecendo uma um modelo interativo utilizando sistema presencial mediado por tecnologia, - Projeto Igarité, e assim possibilite remodelar o sistema tradicional para o sistema assíncrono.   Neste sentido notar-se viável uma sensibilização intuito reflexiva que valoriza o pensamento transdisciplinar na análise do movimento e diversidade dos processos comunicativos, interativos educacionais.  Então, nesse cenário destaca-se o Projeto Igarite onde oferece uma educação à distância, atendendo-se uma grande quantidade de municípios, através do sistema presencial mediado por tecnologia, assim como pela qualidade atribuída  a  eles  em  relação  ao seu corpo docente, técnico, administrativo e todo suporte educacional e infraestrutura oferecida.
Considerando também as distâncias geográficas existentes entre a capital e os demais municípios que integram o estado do Amazonas, o Projeto Igarite preocupou-se  em  levar educação aos diversos povos e culturas que compõem o Estado, e  oferecendo  aos  diversos  municípios  um o ensino fundamental  tecnológicos a todos que queiram terminar seus estudos na sua própria localidade.

DESCREVER O PROBLEMA
Percebeu-se que muito cidadão não terem oportunidades de estudarem no ensino regular presencial, em suas comunidades, e para que não se deslocarem da sua localidade que vivem para outros lugares mais distantes, surgiu o programa do ensino regular com mediação tecnológica. Este programa garante uma educação básica de qualidade os jovens e adultos de vários municípios do estado assegurando assim um ensino fundamental e médio a todos que pretendem terminar seus estudos.
Nesse sentido o ensino à distância apresenta-se como uma alternativa válida e um complemento aos atuais métodos de educação, com capacidades de resposta a diversos tipos de necessidades, nomeadamente para aqueles que se encontram impossibilitados de participar nas atividades educativas existentes.
Nessa visão percebeu-se que o ensino assíncrono modular, ou seja, o ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real é a melhor alternativa de ensino nas escolas rurais do Estado. Nesse sentido houve a necessidade de remodelar o ensino síncrono tradicional para o ensino assíncrono tecnológico. E assim desenvolver um modelo educacional interativo modular utilizando recursos didaticos tecnológicos de que possibilite um ensino assíncrono nas escolas do Estado.
O Estado do Amazonas, com seus 62 municípios espalhados por cerca de 1,6 milhão de km2, não conseguia oferecer ensino fundamental de qualidade junto às suas comunidades rurais. Isso por conta das dificuldades de acesso a tais regiões e pela própria falta de professores, dentre outros fatores. Para minimizar a defasagem idade-série e levar o ensino regulara a regiões de difícil acesso, surgiu o projeto o ensino mediado por tecnologia.
Para se ter uma idéia das dificuldades geográficas do referido ambiente, são 3,5 milhões de habitantes, mais da metade deles vivendo na capital, Manaus. Quanto à maior parte de suas comunidades rurais, em alguns casos, chega-se a levar 30 dias de barco até as localidades mais longínquas, partindo de Manaus. E os moradores dessas regiões que quisessem atender ao ensino fundamental tinham que se mudar para o município mais próximo dentre os 62 do estado, o que poderia significar uma viagem de mais de 300 km por barco.
A dificuldade na oferta de ensino fundamental fazia com que o Estado do Amazonas ficasse sempre nas últimas colocações do ranking de educação do Ministério da Educação. Iniciado em 2007, o investimento nesse projeto contribuiu para que pulasse para a 16ª posição já ao final de seu segundo ano de existência.
Em qualquer canto do país, todos têm o direito de estudar perto de casa. Essa determinação consta do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e de um parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE). Os documentos determinam que a frequência à Educação Infantil ocorra na mesma comunidade em que a criança mora e que, excepcionalmente, alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental sejam atendidos em instituições nucleadas - que recebem estudantes de diferentes localidades -, mas todos devem ser mantidos no contexto rural. Desde que o deslocamento não seja grande demais, ela é positiva se permite o acesso a uma infra-estrutura melhor.
Com essa problemática a Secretaria do Estado - SEDUC viabilizou um modelo tecnológico – Projeto Igarité e rompeu a falta do ensino fundamental e carência de professores nas localidades da zona rural e urbana e expandiu o ensino tecnológico, que alunos continuarem seus estudos o modelo desse ensino tecnológico hoje esta presente ensino no Município de Urucurituba oferecendo aos alunos oportunidade de estudarem na sua localidade de origem, e assim terminarem seus estudos. A fim de melhor compreender os recursos didáticos o ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real e, na melhoria da qualidade de ensino, colocamos as seguintes questões de partida:
Pergunta central de investigação referente ao problema.  Quais são os recursos didáticos aplicados no ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real, no Município de Urucurituba, nas escolas Estaduais da Amazonas, no Ensino Fundamental, Brasil, ano 2015?
A pergunta especifica: Em que consiste os recursos didáticos utilizados no ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real no Município de Urucurituba, nas Escolas Estaduais da Amazonas, no Ensino Fundamental, Brasil, ano 2015?
Em que consiste o ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real vivenciados no Município de Urucurituba, nas Escolas Estaduais da Amazonas, no Ensino Fundamental, Brasil, ano 2015?
Como se relaciona a interatividade em tempo real, os recursos didáticos utilizados e o ensino mediado por tecnologia, no Município de Urucurituba, nas Escolas Estaduais da Amazonas, no Ensino Fundamental, Brasil, ano 2015?
 Objetivo geral é analisar os recursos didáticos aplicados no ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real, no Município de Urucurituba, nas Escolas Estaduais da Amazonas, no Ensino Fundamental, Brasil, ano 2015.
Objetivos específicos:
Descrever os recursos didáticos utilizados no ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real no Município de Urucurituba, nas Escolas Estaduais da Amazonas, no Ensino Fundamental, Brasil, ano 2015;
Apresentar o ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real vivenciados no Município de Urucurituba, nas Escolas Estaduais da Amazonas, no Ensino Fundamental, Brasil, ano 2015;
Relaciona a interatividade em tempo real, os recursos didáticos utilizados e o ensino mediado por tecnologia, no Município de Urucurituba, nas Escolas Estaduais da Amazonas, no Ensino Fundamental, Brasil, ano 2015.

JUSTIFICATIVA DA PESQUISA
O trabalho proposto para o desenvolvimento do trabalho justifica-se pela necessidade e o rápido desenvolvimento do ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real da escola estaduais do Amazonas enfatizando a do município de Urucurituba, pois esse modelo de ensino venha a melhorar qualidade do ensino do Estado na forma a evoluir os resultados do IDEB nas escolas do Estado.  Notoriamente, nota-se que esse modelo de educação tecnológica, é um movimento que não é apenas passageiro e sim, definitivo. Com um mundo cada vez mais globalizado, as distancia que eram de dias passaram a ser realizadas em tempo real, com o advento da internet. Tendo por base esses fatores, a educação sendo um pilar de sustentação da sociedade, não poderia ser deixada de lado, pois, em um mundo onde mais e mais pessoas, se aglomeram em busca de trabalho, busca-se novas formas de melhorar e facilitar essa necessidade. Sendo assim, o ensino mediado por tecnologia se encaixa nesse ambiente propício, pois fornece mecanismo para o ensino que outrora era estático, dentro de uma instituição.
O estudo vem contribuir para a melhoria da qualidade do ensino. A simples presença de novas tecnologias na escola não é por si só, garantia de maior qualidade na educação, pois a aparente modernidade pode mascarar um ensino tradicional baseado na recepção e na memorização de informações.
Há necessidade da busca de soluções adequadas a esse problema, faz com que os estudos e os avanços tecnológicos devam progredir a fim de uma maior integração e desenvolvimento entre a tecnologia e a educação.
Neste sentido de se desenvolver uma investigação nessa área se justifica em mostrar e conhecer a relevância e os benefícios que o ensino mediado por tecnologia traz á educação.
Neste panorama, surge na vanguarda da elaboração de projetos educacionais a  modalidade de educação mediada por tecnologias, para o público jovem, de ensino fundamental, trazendo o rompimento das barreiras entre as soluções (metodologias e tecnologias) adotadas na preparação de estudantes para acesso ao ensino superior das  principais  universidades  e faculdades do país.
Essa pesquisa estabelece o início de uma revolução educacional do ensino fundamental, pois se trata de empenho conjunto para a consolidação de políticas educacionais desenvolvidas e ofertadas em educação presencial mediada por tecnologia. O resultado permitirá as escolas do Estado a possibilidade de ofertar uma preparação completa, fundamentada e direcionada ao aproveitamento de todo o processo educacional a qual os estudantes estarão inseridos, possibilitando assim o melhor aproveitamento dos recursos  e  consequentemente ampliando os horizontes para a melhoria continuada da educação brasileira, partindo da experiência estadual.
O trabalho também contribuirá para a divulgação da modalidade dos recursos didáticos o ensino mediado por tecnologia presencial com interatividade em tempo real, no ensino modular, no Município de Urucurituba, tendo em vista a importância do trabalho no meio social. Então, percebe-se que o ensino mediado por tecnologia no seu âmbito educacional é método ensino/aprendizagem no quais professores e alunos podem se comunicar ao mesmo tempo, além da forma convencional (presencial), também de maneira virtual.
Uma das principais limitações deste trabalho prendeu-se com a análise dos dados recolhidos. Esta revelou-se uma tarefa árdua, sobretudo difícil para nós que ainda somos aprendizes nesta tarefa, dificultando-nos, desta forma de desenvolver uma pesquisa de campo que envolvesse um maior número de escolas e inevitavelmente estar a trabalhar com um universo extremamente ampliado. Desta forma, pensamos que tal limitação acabou por restringir a nossa análise refletindo nos resultados apresentados.
A transição do meio convencional, ou seja, o ensino presencial, para o ambiente virtual, não deve ser vista como um fácil processo, mas é a grande tendência para a educação do futuro.
Quando concluído o trabalho ficará a disposição da divisão para pesquisas que possam ser realizadas por pessoas interessadas no trabalho.
Enfim, percebe-se que as novas ferramentas e ambientes estão sendo desenvolvidos e utilizados buscando alcançar méritos positivos para esta nova modalidade.
A viabilização da gestão desses processos comunicacionais contou com o investimento do governo amazonense na formação de todos os professores envolvidos no processo. Isso incluiu a realização de módulos de educação continuada para atualização anual dos mesmos sobre o uso das novas tecnologias junto ao ambiente educacional, exatamente para que entendam o uso mais adequado das mesmas em termos pedagógicos.

HIPÓTESES

Segundo Mugrabi e Doxsey (2003. p. 40), a hipótese é uma proposição de resposta provisória e relativamente sumária á questão colocada. Ela tende a formular uma relação entre fatos significativos ou entre dois conceitos. Ela guia o trabalho de coleta e de análise de dados, ajudando a selecionar os fatos observados. É nesta ordem de ideia que delineamos as seguintes hipóteses:

Os recursos didáticos o ensino mediado por tecnologia facilita interatividade em tempo real, no Município de Urucurituba, nas escolas estaduais da amazona, no ensino fundamental, Brasil, ano 2015.

Os recursos didáticos o ensino mediado por tecnologia não facilita interatividade em tempo real, no Município de Urucurituba, nas escolas estaduais da amazona, no ensino fundamental, Brasil, ano 2015.

A utilização dos recursos didáticos o ensino mediado por tecnologia interatividade em tempo real, contribui para a eficácia e eficiência do processo ensino-aprendizagem dos alunos.

Os tópicos da dissertação estão distribuídos da seguinte forma:

Tópico 1-Introdução: este tópico descreve de forma sucinta o problema, justificativa, os objetivos e as hipóteses.

Tópico 2 - OS RECURSOS DIDÁTICOS: este tópico descrever os recursos didaticos no ensino mediados por tecnologia com interatividade em tempo real.

Tópico 3 - NO ENSINO MEDIADO POR TECNOLOGIA: este tópico descreve o modelo de Educação a distancia em funcionamento no Amazonas e o cenário do sistema presencial mediado por tecnologia

Tópico 4 - INTERATIVIDADE EM TEMPO REAL: este tópico descreve a interface interativa do ensino mediado por tecnologia das escolas do Estado do Amazonas.



1.1     OS RECURSOS DIDÁTICOS, UTILIZADOS NO ENSINO MEDIADO POR TECNOLOGIA COM INTERATIVIDADE EM TEMPO REAL.
A Universidade justifica a classificação do Ensino Presencial Mediado como uma nova espécie de Ensino Presencial através da seguinte argumentação:

“[...] há, no entanto, uma grande diferença entre o modelo de educação a distância e o modelo desenvolvido pela UEA: sistema  presencial mediado pela tecnologia. nesse sistema, os alunos, em salas de aula multimídias, localizadas no interior, recebem a mesma informação, em tempo real, com a potencialização e integração dos diferentes meios e linguagens tais como o computador, a tv, o vídeo, o material impresso e o telefone. os recursos tecnológicos, o pessoal envolvido e os procedimentos utilizados no sistema contribuem para a formação de um ambiente que recria as características da aula presencial, favoráveis ao desenvolvimento dos processos de aprendizagem”.  (universidade do estado do amazonas, 2006, p. 9).



Dessa forma, podem-se resumir os argumentos da Universidade nos seguintes tópicos: os alunos se encontram em horários determinados para assistirem as aulas em conjunto, ou seja, não é um estudo independente (I); a aula é transmitida em tempo real - ao vivo (II); recriam-se as características de uma aula presencial – a mediação torna-se um simples detalhe (III); a televisão (tecnologia da comunicação utilizada) é vista como um recurso e não como um meio em si (IV)
Para Dos Anjos (2008. p. 15). “Os recursos didáticos compreendem uma diversidade de instrumentos e métodos pedagógicos que são utilizados como suporte experimental no desenvolvimento das aulas e na organização do processo de ensino e de aprendizagem”. Eles servem como objetos de motivação do interesse para aprender dos educando.
Para Souza (2007, p. 28). “Nesse sentido os recursos didáticos se apresentam como conjunto de dispositivo (materiais) utilizado concomitantemente ou não, que auxiliam o processo de aprendizagem”.
Conforme a mediação também compreende:

[...] a forma de se apresentar e tratar um conteúdo ou tema que ajuda o aprendiz a coletar informações, relacioná-las, organizá-las, manipulá-las, discuti-las, debatê-las, com seus colegas, com o professor e com outras pessoas (intraprendizagem), até chegar a produzir um conhecimento que seja significativo para ele, conhecimento que se incorpore ao seu mundo intelectual e vivencial, e que o ajude a compreender sua realidade humana e social, e mesmo a interferir nela. (MASETTO 2011, p. 110).


O Ensino mediado por tecnologia ao fazermos referência à mediação, primeiro é necessário compreendê-la: processo pelo qual o participante é imerso em um ambiente construtivista capaz de oferecer condições de interatividade produtiva e aprendizagem colaborativa, sendo mediado e mediando em um processo continuado. (MASETTO 2011, p. 110).
De acordo com o autor que apresenta como características da mediação pedagógica:

[...] dialogar permanentemente com o que acontece no momento; trocar experiências; debater dúvidas, questões ou problemas; apresentar perguntas orientadoras; orientar nas carências e dificuldades técnicas ou de conhecimento quando o aprendiz não consegue encaminhá-las sozinho; garantir a dinâmica dos processos de aprendizagem; propor situações-problema e desafios; desencadear e incentivar reflexões; criar intercâmbio entre a aprendizagem e a sociedade onde nos encontramos-nos mais diferentes aspectos; colaborar para estabelecer conexões entre o conhecimento adquirido e novos conceitos. (MASETTO 2011, P. 147).


Cabe frisar que a mediação tecnológica é sim pedagógica, mas lhe é agregada a utilização das novas tecnologias de comunicação e informação, aparecendo, através das falas dos entrevistados como motivadora dos processos de ensino e de aprendizagem. O professor fará uso destas ferramentas para que elas tenham o papel de uma ‘ponte móvel’ entre o conhecimento científico trazido pelo professor ao aluno. (MASETTO 2011, p. 147).
Na perspectiva de Moran (2009, p. 63.)Ensinar com as novas mídias será uma revolução se mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos. Caso contrário, conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no essencial”.
Percebe-se no autor que a:

Interatividade em tempo real o conceito "interatividade" é de fundamental importância para o estudo da comunicação mediada por tecnologias, da educação à distância, da engenharia de software e de todas as áreas que lidam com a interação homem-máquina e homem-homem via computador. Porém, tal conceito tem recebido as mais diversas definições, onde muitas delas têm, na verdade, mais confundido e prejudicado a pesquisa e o desenvolvimento de interfaces e criação de cursos mediados por computador. (MARTINS, 2002).


O autor é bem específico nos que diz respeito à interatividade, pois e de fundamental importância para estudo da comunicação de todas as áreas que lidam com interação de individuo e maquina e individuo e individuo via computador.
 Conforme o autor que considera-se:

Portanto, consideram-se cabíveis afirmar que nesse contexto o ensino presencial mediado por tecnologia rompe teoricamente com a ideia de um ensino que coloca o professor como centro do processo de ensino para um novo sistema, no qual se teria a aprendizagem e sua construção colaborativa como escopo principal, ou seja, o professor deixa de ser um transmissor de conhecimentos, para ser mediador entre os  saberes e os estudantes, sendo uma ponte entre o aprendiz e sua aprendizagem não uma ponte estática, mas uma ponte „rolante‟, que ativamente colabora para que o aprendiz chegue aos seus objetivos. A estrutura do documento terá os seguintes tópicos: recursos didáticos, ensino mediado por tecnologia, interatividade em tempo real modular. (MORAN 2000. p.34).


A integração de novas tecnologias nas escolas precisa dar ênfase na importância do contexto sócio-histórico-cultural em que os alunos vivem e a aspectos afetivos que suas linguagens representam.
O uso de computadores como um meio de interação social, onde o conflito cognitivo, os riscos e desafios e o apoio recíproco entre pares está presente, é um meio de desenvolver culturalmente a linguagem e propiciar que a criança construa seu próprio conhecimento. Segundo RICHTER (2000), “as crianças precisam correr riscos e desafios para serem bem sucedidas em seu processo de ensino-aprendizagem, produzindo e interpretando a linguagem que está além das certezas que já tem sobre a língua”.
Vygotsky valoriza o trabalho coletivo, cooperativo, ao contrário de Piaget, que considera a criança como construtora de seu conhecimento de forma individual. O ambiente computacional proporciona mudanças qualitativas na zona de desenvolvimento proximal do aluno, os quais não acontecem com muita freqüência em salas de aula “tradicionais”. A colaboração entre crianças pressupõe um trabalho de parceria conjunta para produzir algo que não poderiam produzir individualmente.
A zona de desenvolvimento proximal, comentada anteriormente, possibilita a interação entre sujeitos, permeada pela linguagem humana e pela linguagem da máquina, força o desempenho intelectual porque faz os sujeitos reconhecerem e coordenarem os conflitos gerados por uma situação problema, construindo um conhecimento novo a partir de seu nível de competência que se desenvolve sob a influência de um determinado contexto sócio-histórico-cultural. Wallon também acredita que o processo de construção do conhecimento passa por conflitos, momentos de crises e rupturas.
A colaboração em um ambiente computacional torna-se visível e constante, vinda do ambiente livre e aberto ao diálogo, da troca de idéias, onde a fala tem papel fundamental na aplicação dos conteúdos. A interação entre o parceiro sentado ao lado, entre o computador, os conhecimentos, os professores que seguem o percurso da construção do conhecimento, e até mesmo os outros colegas que, apesar de estarem envolvidos com sua procura, pesquisa, navegação, prestam atenção ao que acontece em sua volta, gera uma grande equipe que busca a produção do conhecimento constantemente. Através disso tudo a criança ganhará mais confiança para produzir algo, criar mais livremente, sem medo dos erros que possa cometer, aumentando sua auto-confiança, sua auto-estima, na aceitação de críticas, discussões de um trabalho feito pelos seus próprios pares.
As novas tecnologias não substituem o professor, mas modificam algumas de suas funções. O professor transforma-se agora no estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar as informações. Ele coordena o processo de apresentação dos resultados pelos alunos, questionando os dados apresentados, contextualizando os resultados, adaptando-os para a realidade dos alunos. O professor pode estar mais próximo dos alunos, receberem mensagens via e-mail com dúvidas, passar informações complementares para os alunos, adaptar a aula para o ritmo de cada um. Assim sendo, o processo de ensino-aprendizagem ganho um dinamismo, inovação e poder de comunicação até agora pouco utilizados.
As crianças também podem utilizar o E-mail para trocar informações, dúvidas com seus colegas e professores, tornando o aprendizado mais cooperativo. O uso do correio eletrônico proporciona uma rica estratégia para aumentar as habilidades de comunicação, fornecendo ao aluno oportunidades de acesso a culturas diversas, aperfeiçoando o aprendizado em várias áreas do conhecimento.
Usando a mesma linha de pensamento o autor afirma que:

O uso da Internet, ou seja, o hiper espaço, é caracterizado como uma forma de comunicação que propicia a formação de um contexto coletivizado, resultado da interação entre participantes. Conectar-se é sinônimo de interagir e compartilhar no coletivo. A navegação em sites transforma-se num jogo discursivo em que significados, comportamentos e conhecimentos são criticados, negociados e redefinidos. Este jogo comunicativo tende a reverter o “monopólio” da fala do professor em sala de aula. (PELLANDA, 2000. p. 21-35).


O autor relata que o uso da internet é fundamental importância da o processo de interação entre individuo, pois podem ser comunicar instantaneamente entre ambas conectando e compartilhando no coletivo. Pois assim o hiper espaço torna-se um vinculo propicio na formação do coletivo resultando interação e socialização dos participantes caracterizando o aprendizado.
2 RECURSOS DIDÁTICOS (10 a 15 pág.)
Os recursos didaticos, segundo a Classificação Brasileira dos Recursos audiovisuais, são classificados em visuais:  

(álbum seriado, cartazes, exposição, fotografias, flanelográficos, gráficos, gravuras, mapas, modelos, mural, museus, objetos, quadro de giz, quadro, transparências), auditivos (aparelho de som, discos, fitas cassete, CDs, radio, CD-ROM) ou audiovisuais (filmes, diapositivos e diafilmes com som, cinema sonoro, televisão, videocassete, programas para computadores com som, aparelho de DVD, computador). É claro que constantemente outros materiais didáticos são criados, seja por uma necessidade educacional ou por imposição políticos-admistrativa, somando-se aos demais já existentes (FREITAS, 2007, p.56).

De acordo com essa classificação brasileira podemos ter um olhar de quais são os recursos utilizados na sala de aula. E ver suas utilização para o processo de aprendizagem em toda esfera global, pois a mesma esta inserida em todo contexto educacional.













A utilização de recursos didáticos impõe a recorrência a critérios para uma escolha mais eficiente, dos quais destacamos os seguintes, apresentados por HAYDT (1997, p. 56):
a) adequação aos objetivos, ao conteúdo e ao grau de desenvolvimento dos alunos, aos seus interesses e necessidades;
b) adequação à função que se quer desenvolver (cognitiva, afetiva ou psicomotora);
c) simplicidade: fácil manejo, baixo custo, manipulação acessível;
d) qualidade e exatidão;
e) atrativos: devem despertar interesse e curiosidade.
Então pode-se dizer que:

À medida que avançam as tecnologias de comunicação virtual, o conceito de presencialidade também se altera. Poderemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas, e um professor de fora “entrando” por videoconferência na minha aula. Haverá um intercâmbio muito maior de professores, por meio do qual cada um colaborará em algum ponto específico, muitas vezes a distância. (MORAN, 2002, p. 58).


O autor diz que à medida que avança a tecnologia o conceito também se altera devido a distancia, e assim cada professor colabora na interatividade socializando e aprendendo algo diferente de há necessidade muita da distancia, então o presencial fica alterado devido o virtual modificando o processo educativo em uma aula diferenciada.


Os recursos didáticos desempenham um papel importante no processo de ensino e aprendizagem, desde que se tenha clareza das possibilidades e dos limites que cada um deles apresenta e de como eles podem ser inseridos numa proposta global de trabalho. Quando a seleção de recursos didáticos é feita pelo grupo de professores da escola, cria-se uma oportunidade de potencializar o seu uso e escolher, dentre a vasta gama de recursos didáticos existentes, quais são os mais adequados à sua proposta de trabalho. (PCNS, 1988, p. 96).


Na concepção do autor que certos recursos didaticos desempenham um papel importante no processo de ensino aprendizagem, ou seja, quando os recurso e feita em grupo torna-se mais viável de criar oportunidades de potencializar  o aprendizado visando os mais adequados a cada proposta de ensino.
Para o autor refere-se sobre a importância do uso das tecnologias:


Atualmente, a tecnologia coloca à disposição da escola uma série de recursos potentes como o computador, a televisão, o videocassete, as filmadoras, além de gravadores e toca- fitas, dos quais os professores devem fazer o melhor uso possível. No entanto, é igualmente importante fazer um bom uso de recursos didáticos como quadro de giz, ilustrações, mapas,globo terrestre, discos, livros, dicionários, revistas, jornais, folhetos de propaganda, cartazes, modelos, jogos e brinquedos. Aliás, materiais de uso social e não apenas escolares são ótimos recursos de trabalho, pois os alunos aprendem sobre algo que tem função social real e se mantêm atualizados sobre o que acontece no mundo, estabelecendo o vínculo necessário entre o que é aprendido na escola e o conhecimento extra escolar.  (PCNS, 1988, p. 96).


Percebe-se na concepção do autor a grande relevância do uso dos recursos tecnológicos na escola nos quais os professores devem fazer melhor uso possível. Nesse sentido tanto o aluno e professores ficam frente com novas tecnologias, estabelecendo entre ambas as partes um vinculo necessário entre o que é aprendido na escola e o conhecimento extra-classe diz o autor:


Indiscutível a necessidade crescente do uso de computadores pelos alunos com instrumento de aprendizagem escolar, para que possam estar atualizados em relação às novas tecnologias da informação e se instrumentalizarem para as demandas sociais presentes e futuras. A menção ao uso de computadores, dentro de um amplo leque de materiais, pode parecer descabida perante as reais condições das escolas, pois muitas não têm sequer giz para trabalhar. Sem dúvida essa é uma preocupação que exige posicionamento e investimento em alternativas criativas para que as metas sejam atingidas. (PCNS, 1988, p. 96).

Dentre os diferentes recursos, o livro didático é um dos materiais de mais forte influência na prática de ensino brasileira. É preciso que os professores estejam atentos à qualidade, à coerência e a eventuais restrições que apresentem em relação aos objetivos educacionais propostos. Além disso, é importante considerar que o livro didático não deve ser o único material a ser utilizado, pois a variedade de fontes de informação é que contribuirá para o aluno ter uma visão ampla do conhecimento. (PCNS, 1988, p. 96).
Para que afirmar que:

As técnicas que se usam para favorecer ou facilitar a aprendizagem também podem ser as chamadas “convencionais” e as apelidadas de “novas tecnologias”. As convencionais são aquelas que já existem algum tempo e que são muito importantes para a aprendizagem em processo presencial, já as tecnológicas envolvem o uso da informática, do computador, da Internet, do CD-ROM, etc., colaborando para tornar o processo de educação mais eficaz. (Masetto 2000, p. 34)


É importante lembrar que a primeira regra para a utilização de qualquer recurso didático é: se não estiver bem elaborado, construído, ou se você não souber utilizar, não use! Vá a busca desse conhecimento! Os recursos didáticos não podem ser utilizados como se fossem as aulas em si.
Nesse contexto o autor afirma que:

Os professores possuem pouco conhecimento de informática, apresentam alto nível de frustração pessoal por se deparar com muitos erros e muito a fazer para melhorar a utilização desta tecnologia e sentem dificuldades no gerenciamento dos recursos dessas salas. [...] muitos professores se depararão com alunos que detêm conhecimentos tecnológicos muito superiores aos seus e, por esse motivo ainda se sentem inseguros e meio constrangidos diante dessa nova mudança de paradigma. (Tajra 1998, p. 64).


Nesse entendimento, começa-se a destacar a importância dos recursos didáticos, não coma mesma relevância atual adquirida com a Pedagogia Crítico-social dos conteúdos, porém mais enfática que o período anterior:

Acredita-se que o debate acerca da utilização de tais recursos tenha surgido a partir do movimento amplo e complexo que ficou conhecido como Escola Nova, [...]  responsável  por  redefinir  o  contexto  educacional.  Passou  a designar  em  sentido  mais  amplo  um  novo  tratamento  dos  problemas  da educação e estava ligado a movimentos de criação e propagação de idéias revolucionárias,  a  instauração  de  reuniões  nacionais  e  internacionais  e  a debates   em   meios   de   comunicação   e   meios   acadêmicos   da   época (OLIVEIRA e COSTA, 2011, p. 2-3).



Neste cenário acredita-se que para a utilização de tais recursos surgiu através de um movimento aberto e difícil que ficou conhecido na época como escola nova. Definido assim no âmbito educacional responsabilidade diretas sobre a escola. Outro conceito de recursos didáticos é trazido por professores do Instituto Benjamin Constant, que os definem como:

Todos os recursos físicos, utilizados com maior ou menor freqüência em todas  as  disciplinas,  áreas  de  estudo ou atividades,  sejam  quais forem  as técnicas  ou  métodos  empregados, visando  auxiliar o educando  a  realizar sua  aprendizagem  mais eficientemente,  constituindo-se  num  meio  para facilitar,  incentivar ou possibilitar o processo ensino-aprendizagem. (CERQUEIRA e FERREIRA, 1996, p.1).


Nessa perspectiva, os recursos didáticos tornam-se uma poderosa ferramenta no processo ensino-aprendizagem, uma vez que podem auxiliar o aluno na aquisição de novos conhecimentos. Na concepção de Caldeira, Câmara e Lima, (2011, p. 34). “E para que a aula seja considerada dinâmica, é necessário que isso aconteça, ou seja, que o aluno participe como  sujeito  na construção  do  conhecimento”.  Refere-se Caldeira, Câmara e Lima, (2011, p. 4). “No entanto, é preciso atentar para a função do professor nesse processo: “não são os recursos que transformam aulas de reprodução em aulas de construção, cabe ao professor que é o  mediador adequar a função do recurso aos seus objetivos e conteúdos para que a aprendizagem aconteça”.
As proposições de Masetto acentuam:
Por mediação pedagógica entendemos a atitude, o comportamento do professor que  se  coloca como facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem, que se apresenta com a disposição de ser uma ponte entre o aprendiz e sua aprendizagem,[...] que ativamente  colabora  para que o aprendiz chegue aos seus objetivos. (2000, p. 145).


Nessa citação o autor leva em conta a posição do educador frente aos desafios sobre a mediação pedagógica, pois colocar o professor como facilitador da aprendizagem motivando ativamente o aprendiz chegando assim a alcançar a seus objetivos de sua aprendizagem e, facilitando essa mediação e fazendo uma ponte entre educador e aluno.

Sabemos que cabe ao professor selecionar os recursos a serem utilizados em sua aula. Karling chama os recursos didáticos de recursos de ensino. O mesmo diz que o professor ao selecionar estes recursos deverá seguir alguns passos, a saber: I. Este deve analisar se tais recursos são adequados ou não aos objetos que pretende alcançar e se realmente trazem benefícios; II. Depois deverá verificar se conhece e sabe usar o recurso; III. Tendo verificado, o professor deverá testar para ver se estão em condições de funcionamento; IV. Certificar de que nada falta para seu uso; V. Por fim, planejar devidamente todas as etapas do seu uso para evitar surpresas, imprevistos e eventuais falhas. (KARLING 1991, p. 244-254).

Na concepção do autor cabe o professor selecionar os recursos didaticos a serem utilizados na sala de aula. O mesmo deve seguir assim alguns passos para aprendizado dos alunos. Analisar os recursos são adequados ou não. Verificar se conhece e como deve usar esse recurso. Outro motivo é ver se os materiais estão bons para uso para melhor aplicação dos mesmos. E certificar de nada falta para a utilização. E por fim planejar devidamente as etapas do seu uso assim dar êxito ao processo de aprendizagem
De acordo com autor:

O uso inadequado de um recurso didático pode  resultar  em  uma inversão didática em relação à sua finalidade pedagógica inicial. Isto ocorre quando o material passa a  ser utilizado como uma finalidade em si mesmo em vez de  ser  visto[como]um  instrumento  para  a  aquisição  de  um  conhecimento específico. (PAIS, ibidem, p. 5, grifo do autor).


Entende-se que o uso inadequado dos recursos didáticos torna-se uma inversão didática mediante a finalidade pedagógica. Pois trata-se que o recurso didaticos se como uma finalidade de utilização meramente neutra em vez de ser visto como instrumento para o aprendizado de um conhecimento específico.
Para Pais afirma que:


Os recursos didáticos têm como função aumentar o alcance das mensagens, ou seja, fazer com que o maior número de alunos possa assimilar o conhecimento. Dessa forma, quanto maior a diversidade de recursos, melhor é a aprendizagem, pois se os estudantes não conseguem entender com um método, o uso de um segundo método pode melhorar o entendimento e fixar a mensagem para quem já compreendeu. No mundo globalizado, já não é possível se caminhar sem o uso das novas tecnologias de informação e comunicação, a comunidade escolar já percebe a importância das tecnologias como ferramenta didático-pedagógica na educação, e como instrumento de mudanças no processo de ensino e aprendizagem. (PAIS, 2000, p. 2-3).


Nesse contexto o recurso didaticos tem função de aumentar a interação dos alunos e assim possibilitando assimilar o conhecimento propriamente dito. Dessa forma quanto maior a diversidade desses recursos maior será o aprendizado dos alunos, pois os alunos conseguem entender os conteúdos repassados fixando a mensagem.
Na concepção do autor que afirma que:

O espaço escolar deve ser visto como um espaço de constantes mudanças, onde o aluno possa, de forma participativa, interagir positivamente na construção do conhecimento. Dentre os recursos tecnológicos mais avançados, está o computador com todas as suas potencialidades, inclusive a internet que é uma fonte diversificada de pesquisa de conteúdo, uma fonte de atividades variadas e interessantes multimídias, imagens, software, sons, textos, etc. Sendo o professor uma peça importante no processo pedagógico como orientador e mediador, por meio de um roteiro bem definido dos temas abordados, fornecendo pistas, questionando posições e estratégias, promovendo perspectivas de análise mais crítica por parte dos usuários. È de suma importância que ele tenha clareza de qual é objetivo do uso do computador como ferramenta pedagógica. (PAIS, 2000, p. 4-5).

Segundo o autor, na minha prática, os recursos didáticos são ferramentas indispensáveis para dinamizar todo o trabalho que é desenvolvido dentro e fora da sala de aula. Se formos pensar na diversidade de recursos que a tecnologia disponibiliza, a escola pública ainda é muito pobre e deficitária, mais precisamos utilizar tudo que temos a nossa disposição para criarmos ambientes favoráveis de aprendizagem.   (PAIS, 2000, p. 6-7).
Pais relata que professor na sala diz que:

Quando o professor entra na sala de aula, ele já está com os recursos básicos da profissão que são livro, quadro, pincel e apagador, é necessário agora que isso mude, não podemos mais continuar nessa mesmice que perdura há séculos. Realizar atividades pedagógicas dinâmicas e mais atraentes é papel do profissional da era tecnológica, sabemos que as escolas apresentam algumas limitações quando o assunto é recurso, mas o que nos é disponível tem que ser utilizado de forma eficaz e prazerosa, porque eles podem contribuir para o desenvolvimento do educando preparando-o para o exercício da cidadania e para o mercado de trabalho. Ensinar com as novas tecnologias só será proveitoso se mudarmos nossos paradigmas tradicionais, que mantêm distantes professores e alunos. (PAIS, 2000, p. 34).


Nessa concepção o professor ao entrar na sala aulas utilizando os recursos básicos. Então o professor deve utilizar não o tradicional e sim recursos atuais que possam chama atenção do aluno. Contribuindo no desenvolvimento do aprendizado dos educandos preparando para o exercício da cidadania e para o mercado de trabalho.
No decorrer do tempo, todos os recursos tecnológicos utilizados na sala de aula vêm se renovando temos que ta apar desses recursos com o chat e um recurso novo na sala mediada por tecnologia.
O Chat, mais conhecido no Brasil como bate-papo, tendo como objetivo principal o estabelecimento de discussões síncronas por via textual.
Para Fischer:

Os participantes do chat, identificados por pseudônimos, podem enviar e ler mensagens, estabelecendo uma discussão em grupo e, ainda, trocar mensagens de forma reservada e particular. Esta possibilidade de “conversar on-line”, esclarecimento de dúvidas, discussões ou debates, dentre outros. No entanto, existe grande possibilidade de apresentar desmotivação e/ou desvio do objetivo pretendido (Fischer, 2000, p 34).


 Como o mecanismo é aberto, ou seja, não existe controle de software sobre o que será discutido, ou mesmo na ordem da discussão, muitos alunos podem perder o estímulo em participar da discussão ou desviar o papo para um assunto adverso à finalidade do encontro.  Muitos alunos podem, ainda, sentir-se inibidos a emitir opiniões, seja por receio de expor suas idéias ao grupo e ser repreendido ou chacoteado, ou simplesmente pela falta de experiência com o ambiente utilizado, ou por não conseguir acompanhar o ritmo ágil e de certa forma desordenado de uma seção de chat. (FISCHER, 2000, P 34).
Para o autor o aproveitamento dos instrumentos relata que:

Assim, o professor exerce um papel fundamental para o bom aproveitamento deste instrumento. Ele deve estar atento para identificar os alunos que não estão participando e instigá-los a se expressar, com o cuidado de não parece uma obrigatoriedade, o que poderia provocar maior retração por parte do aluno. É preciso, ainda, que o professor esteja atento a desvios na discussão, emitindo considerações que levem o grupo a retomar o objetivo pretendido. Para que o professor possa melhor desempenhar sua função de coordenador de debates ou discussões em chats, é preciso que a ferramenta utilizada lhe forneça uma série de informações gerenciais que o auxiliem na identificação de possíveis problemas. Dentre as possibilidades gerenciais estão o controle de autorização, permitindo acesso apenas a alunos de uma turma, quando necessário; saber a freqüência de intervenção dos participantes; excluir da sala usuários que não respeitem as normas estabelecidas; saber quais alunos estão realizando conversas paralelas, pois a depender da freqüência isto pode interferir no debate do grupo; além de várias outras possibilidades que auxiliem o professor na tarefa de coordenar a discussão (FISCHER, 2000, P. 45).


Nesse contexto é importante é a possibilidade de armazenar toda a discussão realizada e disponibilizar o conteúdo para que um aluno que não participou do evento possa se inteirar do que foi discutido, ou para que algum membro do grupo possa examinar com mais cuidado a discussão realizada.
De acordo com a concepção de Fischer ele tratar importância papel do professor em suas metodologias tecnológicas:

É importante ainda para que o professor analise o andamento e qualidade da discussão e o comportamento dos alunos, podendo, assim, traçar novas metodologias a serem utilizadas nestes encontros, além de observar o nível de conhecimento exposto pelos alunos, identificando fatores positivos e negativos que podem ou devem ser explorados durante a realização do curso. (FISCHER, 2000, P. 45).


Uma opção muito comum é a utilização dos chats no próprio navegador de Internet, desenvolvidos em linguagens como o java, php, asp e outras, possibilitando assim uma interface de maior familiaridade aos usuários. Dessa forma, é possível a integração de sistemas de chat no próprio ambiente virtual no qual o curso será desenvolvido. (OLIVEIRA (1996, p. 45).
Neste contexto outro recurso didático presente nas salas mediadas por interatividade em tempo real e videoconferência, pois neste recurso e feita a transmição face a face com outro individuo em outra localidade.
De acordo com o autor a videoconferência é definida por Oliveira (1996, p. 45):

Como um conjunto de facilidades de telecomunicações que permite aos participantes, em duas ou mais localidades distintas, estabelecer uma comunicação bidirecional mediante dispositivos eletrônicos de comunicação, enquanto compartilham, simultaneamente, seus espaços acústicos e visuais, tendo a impressão de estarem todos em um único ambiente. (Oliveira 1996, p. 45).

Os sistemas de videoconferência dispõem de outras ferramentas que facilitam a interação entre os participantes, fazendo com que se tornem ambientes mais completos e interativos. Com este intuito, as salas de videoconferência também dispõem de computadores, além de outros equipamentos como as câmeras digitalizadoras de documentos, onde um documento colocado sobre ela pode ser visualizado por todos os participantes da conferência.
Na concepção de Musey apud Fischer afirme que:

A videoconferência é uma das melhores ferramentas de abordagem síncrona, pois possibilita o uso de imagem e som em tempo real e é a única que possibilita a explorar a linguagem corporal, a qual é responsável por 80% das impressões do indivíduo durante uma interação (Musey apud Fischer, 2000, p. 56)


 Entretanto, este sistema ainda não pôde se tornar uma realidade popular devido a seu alto custo e à falta de uma infra-estrutura de telecomunicações adequada.
Na concepção de Cardoso que afirma que:

A videoconferência pode ser oferecida por meio das salas de videoconferência ou por meio do computador, cujas conexões podem ou não ser realizadas pela Internet. Essas salas são formadas por auditórios equipados com TV’s, câmeras de vídeo e consoles de controle. As soluções por computador são compostas por modem, placa processadora de som e imagem, uma pequena câmera e um microfone, além do software para videoconferência Esta solução apesar de mais barata e acessível, possui mais limitações, principalmente devido a baixa largura de banda disponível para transmissão de imagem e som via Internet. (Cardoso Neto, 200: p.01)


Muitas vezes, o que optam por utilizar videoconferência via Internet são obrigados a limitar o uso dos recursos disponíveis, tais como utilizar somente o áudio, sem imagens, ou estabelecer mecanismos de controle, tais como, só o professor transmite imagens e os alunos
transmitem apenas áudio. Muitas outras estratégias podem ser adotadas para viabilizar o seu uso enquanto não se dispõe de infra-estrutura mais adequada para seu funcionamento. (CARDOSO NETO, 200: p.01).
Segundo Behrens (2005, p. 67), “os instrumentos que devem subsidiar uma metodologia de ação docente baseada nas aprendizagens, nas competências e nas habilidades que o professor deve desenvolver, são: o correio eletrônico, listas de discussão ou fóruns, chat, teleconferência e outros”. Com o desenvolvimento de tecnologias interativas, que possibilitam contato em tempo real entre locais separados geograficamente, começam a surgir as chamadas classes virtuais. Dentre as principais características destas novas salas de aula, pode-se citar a possibilidade de contato entre alunos de diferentes regiões, que podem colaborar com uma quantidade maior de informações, além de permitir o acesso a um quadro bastante extenso de professores, numa dimensão impossível para uma única instituição educacional local (CRUZ E MORAES, 2001, P, 12).
Segundo Cruz e Barcia (1999) ele afirma que:

A tecnologia da videoconferência permite que duas ou mais pessoas em lugares diferentes possam ver e ouvir umas às outras ao mesmo tempo, às vezes compartilhando apresentações pelo computador ou câmara de documentos. É um sistema interativo de comunicação em áudio e vídeo, havendo uma interatividade em tempo real, “transformando a sala de aula presencial num grande lugar espalhado geograficamente” (CRUZ E BARCIA, 1999, p. 23).


O Superior Tribunal de Justiça do Brasil reconhece a utilização da videoconferência, a qual também denomina de “telepresença”, como similar à presença, nos tribunais brasileiros. Além de reconhecer a similaridade, o judiciário nacional está utilizando a videoconferência em atos judiciais tradicionalmente presenciais, como interrogatórios. Este aspecto conferiu amparo legal necessário para a realização das aulas presenciais virtuais com a utilização da videoconferência.
A videoconferência é uma forma de comunicação interativa que permite que duas ou mais pessoas que estejam em locais diferentes possam se encontrar face-a-face com áudio e comunicação visual em tempo real. Reuniões, cursos, conferências, debates, palestras são conduzidas como se todos os participantes estivessem juntos no mesmo local. Com os recursos da videoconferência, pode-se conversar com os participantes e, ao mesmo tempo, visualizá-los na tela do monitor, trocando informações como se o fizesse pessoalmente.
Spanhol (1999, p. 56) cita que: “tecnicamente pode-se definir a videoconferência como uma aplicação que transporta sinais de vídeo e áudio digitalizados, devidamente tratados por softwares e algoritmos de compressão, multiplexados (somados) em uma única informação ou bit e conectados através de uma rede de transmissão (física ou ondas) de alta velocidade”.
A videoconferência implantada no LED é baseada em estúdio, ou seja, em salas especialmente preparadas com modernos equipamentos de áudio, vídeo, codificador e decodificador de sinais, microcomputadores, câmaras de documentos, interfaces de controles e acompanhamento técnico de todas as conexões, para fornecer videoconferências de alta qualidade, tanto no que diz respeito a transmissão e recepção dos sinais gerados, quanto na variedade de recursos a serem utilizados para a realização das reuniões, palestras, cursos, etc.
De acordo com o autor que retratar que:

A utilização da videoconferência na educação tem se mostrado eficaz pelos seguintes aspectos: permite o contato visual em tempo real entre alunos e professores ou entre alunos de diferentes locais; possibilita a utilização de diferentes meios como documentos escritos, vídeos, objetos de três dimensões para todos os pontos; permite a conexão entre especialistas de diferentes regiões; e também pode prover acesso a pessoas de pontos distantes (Willis, 1996). Além dos recursos disponíveis, a escolha pela videoconferência baseou-se no fato de que esta se configura em uma ferramenta que mais se aproxima das experiências face-a-face (Hansen, 1999, p. 23).



Nesse contexto a utilização desse recurso na mediação por tecnologia é fundamental para o contato visual em tempo real entre alunos e professores de diferentes locais, pois possibilita de ver os documentos escritos e vídeos em três dimensões para todos os pontos.
Podemos frisar outra ferramenta que possibilitar a mediação em tempo real, pois nessa ferramenta que estão os recursos da interatividade de diferentes localidades:
 “IPTV é uma forma de transmissão bem como a complexidade de um sistema IPTV, capaz não só enviar imagens de vídeo e áudio sincronizadas, mas também incorporar serviços interativos, permitindo ao cliente interagir com programas, acessar menus e links, num universo próximo da internet”. ( HTTPS://PT.WIKIPEDIA.ORG/WIKI/IPTV).
Neste contexto pode-se que:

O IPTV ou TVIP é um novo método de transmissão de sinais televisivos. Assim como o VOIP (Voz sobre IP), o IPTV usa o protocolo IP Internet Protocol como meio de transporte do conteúdo. O fato do IP significar Internet Protocol não quer dizer que os conteúdos de televisão sejam distribuídos via streaming na internet. A IPTV não é, portanto, uma Web TV. Na IPTV o conteúdo é enviado apenas em streaming, porém com garantia de qualidade na entrega. O receptor é um aparelho set-top box ligado à televisão (semelhante ao aparelho da televisão a cabo ou DTH), ou até mesmo um videogame como o Xbox 360 e o PlayStation 3. (HTTPS://PT.WIKIPEDIA.ORG/WIKI/IPTV).


Nesta ferramenta que permite entrega de áudio e vídeo com alta qualidade, e depende de uma conexão Banda Larga (normalmente vendida junto com o serviço como parte integrante) de, no mínimo, 4 Mbps. A banda destinada ao IPTV não interfere na banda de internet. Por exemplo, na compra de uma velocidade de 6 Mbps de Internet mais um pacote de IPTV, a companhia telefônica disponibiliza, no mínimo, 10Mbps para o cliente, dos quais 4Mbps são exclusivos para o IPTV. (HTTPS://PT.WIKIPEDIA.ORG/WIKI/IPTV).
O conceito de IPTV (internet protocol television), nada mais é do que a conectividade da TV com a internet usando, porém, uma infraestrutura dedicada, paralela à da "internet selvagem", justamente para garantir a qualidade e velocidade do serviço:

Já na Televisão na Internet ou WEBTV, além do conteúdo ser visto principalmente no computador, pode-se montar uma programação para ser enviada por download. Entretanto, se o sistema escolhido for streaming, não há garantia de qualidade, podendo haver pausas ou interrupções no envio do conteúdo (por se tratar da rede pública). O dispositivo receptor usualmente é o computador. Além disso, espera-se com a IPTV um conteúdo de maior visibilidade, com canais como: Warner, entre outros já disponibilizados por companhias de TV a Cabo e DTH. Já existem algumas opções bastante conhecidas deste tipo de modelo, tais quais o Joost, que distribui vídeos através de uma rede P2P, e o TVU Player, um player gratuito que exibe principalmente canais chineses e americanos. HTTPS://PT.WIKIPEDIA.ORG/WIKI/IPTV).



Pode-se dizer que é fator importante de diferenciação: a rede de distribuição do conteúdo (canais de TV, vídeo sob demanda, jogos, menssagens, etc) do IPTV é fechada, se assemelhando a uma intranet corporativa, contra a WEBTV que é transmitida via internet, uma rede de acesso livre.

3 ENSINO MEDIADA POR TECNOLOGIA AMAZONAS (10 a 15 pág.)
  O Estado do Amazonas vem escrevendo sua história na educação, utilizando um novo conceito que vem trazendo grandes resultados, considerando os obstáculos e características evidentes na região.
O Sistema Presencial Mediado por Tecnologia no Amazonas-SPMT, segundo (Barbosa, 2008, p.56) “surgiu adaptado às condições regionais, com um custo mais baixo e com maiores benefícios do que previstos anteriormente, baseado no ensino presencial convencional”.
A proposta do SPMT apresenta alguns diferenciais quando comparado com a EAD convencional, pois exige que alguns requisitos sejam cumpridos para que resulte num modelo de sucesso e apresente resultados satisfatórios para os alunos, professores, coordenadores e universidade.
De acordo com a autora que afirma que:

O SPMT caracteriza-se pela utilização de recursos tecnológicos que contribuem com o processo de ensino aprendizagem transmitido pela televisão em tempo real, assim como pela  obrigatoriedade  dos  alunos  em  sala  de  aula  no  horário  em  que  são transmitidas as aulas, pelas aulas interativas realizadas pela equipe de professores titulares, pela continuidade de trabalhos presenciais realizados em sala de aula com tutoria  dos  professores  assistentes,  pelo  acompanhamento  e  orientação individualizada  em  período  de  realização  de  estágios,  de  projetos  de  pesquisa  e extensão. (MOURÃO 2010, p. 30)


Recentemente o termo Blended Learning tem sido muito disseminado e começa a se consolidar, referindo-se a combinações de ambientes de aprendizagem. Graham (2006, p.45) “estabelece que Blended Learning seja a combinação da aprendizagem presencial com a aprendizagem mediada por computador”. Os autores Mason e Rennie (2006, p.15) “relatam a importância em estender essa definição para incluir outras combinações de tecnologias, locais ou abordagens pedagógicas”. Garrison e Vaughan (2008, p. 23) “definem o termo evidenciando as relações pessoais estabelecidas e experiências de aprendizado online”.
Os ambientes tradicionais de sala de aula e ambientes virtuais de aprendizagem historicamente convencionados, conforme relata Litto (2009, p. 23) “estão se complementando, resultante do desenvolvimento de cursos híbridos que aproveitam o que há de mais vantajoso em cada modalidade, considerando contexto, custo, adequação pedagógica, objetivos educacionais e perfis dos alunos”.
 Considerando esta abordagem os educadores podem usufruir de uma gama maior de recursos de aprendizagem, planejando atividades, levando em consideração as limitações e potenciais, conteúdo, custos e resultados pedagógicos estimados, diferentes misturas de tecnologia e pedagogia têm sido documentadas em ambos ambientes (tradicional e virtual) baseadas em programas a distância (Stacey e Gerbic, 2006, p.45).
Para os autores que relatam sobre O Blended Learning pode-se entender que:

O Blended Learning busca se consolidar evidenciando seu grande potencial para melhorar a qualidade e eficiência da aprendizagem, termo este empregado e evidenciado quando se fala do SPMT no Amazonas, que  busca  integrar  um ambiente presencial e de EAD visando proporcionar aos seus alunos e professores uma interatividade,  autonomia  (docente  e  discente),  uma  cooperação  mútua  e  um ambiente em que professores e alunos aprendam, ensinem e compartilhem experiências.  Os modelos de aprendizagem Blended devem ser desenvolvidos ressaltando  as  necessidades  do  local, da comunidade ou organização envolvida (SHARPE, BENFIELD, ROBERT E FRANCIS, 2006, p. 56).


A educação a distância pode ser feita mesmos níveis que o ensino regular. No ensino fundamental, médio, superior e na pós-graduação. É mais adequado para a educação de adultos, principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação e também no de graduação.
Há modelos exclusivos de instituições de educação à distância, que só oferecem programas nessa modalidade, como a Open University da Inglaterra ou a Universidade Nacional a Distância da Espanha. As maiores partes das instituições que oferecem cursos a distância também o fazem no ensino presencial. Esse é o modelo atual predominante no Brasil.
As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na educação a distância, o que deveria ser o cerne de qualquer processo de educação: a interação e a interlocução entre todos os que estão envolvidos nesse processo.
Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que conectam pessoas que estão distantes fisicamente como a Internet, telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade) o conceito de presencialidade também se altera. Poderemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas, um professor de fora "entrando" com sua imagem e voz, na aula de outro professor. Haverá, assim, um intercâmbio maior de saberes, possibilitando que cada professor colabore, com seus conhecimentos específicos, no processo de construção do conhecimento, muitas vezes à distância.
O conceito de curso, de aula também muda. Hoje, ainda entendemos por aula um espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo e esse espaço, cada vez mais, serão flexíveis. O professor continuará "dando aula", e enriquecerá esse processo com as possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam: para receber e responder mensagens dos alunos, criarem listas de discussão e alimentar continuamente os debates e pesquisas com textos, páginas da Internet, até mesmo fora do horário específico da aula. Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços diferentes. Assim, tanto professores quanto alunos estarão motivados, entendendo "aula" como pesquisa e intercâmbio. Nesse processo, o papel do professor vem sendo redimensionado e cada vez mais ele se torna um supervisor, um animador, um incentivador dos alunos na instigante aventura do conhecimento.
As crianças, pela especificidade de suas necessidades de desenvolvimento e socialização, não podem prescindir do contato físico, da interação. Mas nos cursos médios e superiores, o virtual, provavelmente, superará o presencial. Haverá, então, uma grande reorganização das escolas. Edifícios menores. Menos salas de aula e mais salas ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. A casa e o escritório serão, também, lugares importantes de aprendizagem.
Poderemos também oferecer cursos predominantemente presenciais e outros predominantemente virtuais. Isso dependerá da área de conhecimento, das necessidades concretas do currículo ou para aproveitar melhor especialistas de outras instituições, que seria difícil contratar.
Estamos numa fase de transição na educação a distância. Muitas organizações estão se limitando a transpor para as virtuais adaptações do ensino presencial (aula multiplicada ou disponibilizada). Há um predomínio de interação virtual fria (formulários, rotinas, provas, e-mail) e alguma interação on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes). Apesar disso, já é perceptível que começamos a passar dos modelos predominantemente individuais para os grupais na educação à distância. Das mídias unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos para mídias mais interativas e mesmo os meios de comunicação tradicionais buscam novas formas de interação. Da comunicação off-line estamos evoluindo para um mix de comunicação off e on-line (em tempo real).
Educação a distância não é um "fast-food" em que o aluno se serve de algo pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e as do grupo - de forma presencial e virtual. Nessa perspectiva, é possível avançar rapidamente, trocar experiências, esclarecer dúvidas e inferir resultados. De agora em diante, as práticas educativas, cada vez mais, vão combinar cursos presenciais com virtuais, uma parte dos cursos presenciais será feita virtualmente, uma parte dos cursos a distância será feita de forma presencial ou virtual-presencial, ou seja, vendo-nos e ouvindo-nos, intercalando períodos de pesquisa individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns cursos poderão fazê-los sozinhos, com a orientação virtual de um tutor, e em outros será importante compartilhar vivências, experiências, ideias.
A Internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo real de som e imagem (tecnologias streaming, que permitem ver o professor numa tela, acompanhar o resumo do que fala e fazer perguntas ou comentários). Cada vez será mais fácil fazer integrações mais profundas entre TV e WEB (a parte da Internet que nos permite navegar, fazer pesquisas). Enquanto assiste a determinado programa, o telespectador começa a poder acessar simultaneamente às informações que achar interessantes sobre o programa, acessando o site da programadora na Internet ou outros bancos de dados.
As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o alargamento da banda de transmissão, como acontece na TV a cabo, torna-se mais fácil poder ver-nos e ouvir-nos a distância. Muitos cursos poderão ser realizados a distância com som e imagem, principalmente cursos de atualização, de extensão. As possibilidades de interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas.
Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line (ao vivo) e aulas presenciais com interação à distância.
Algumas organizações e cursos oferecerão tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora (só visando o lucro, multiplicando o número de alunos com poucos professores). Outras oferecerão cursos de qualidade, integrando tecnologias e propostas pedagógicas inovadoras, com foco na aprendizagem e com um mix de uso de tecnologias: ora com momentos presenciais; ora de ensino on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes); adaptação ao ritmo pessoal; interação grupal; diferentes formas de avaliação, que poderá também ser mais personalizada e a partir de níveis diferenciados de visão pedagógica.
O processo de mudança na educação a distância não é uniforme nem fácil. Iremos mudando aos poucos, em todos os níveis e modalidades educacionais. Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão preparados para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da sociedade. E a maioria não tem acesso a esses recursos tecnológicos, que podem democratizar o acesso à informação. Por isso, é da maior relevância possibilitar a todos o acesso às tecnologias, à informação significativa e à mediação de professores efetivamente preparados para a sua utilização inovadora.

4        ENSINO MEDIADO POR TECNOLOGIA - PROJETO IGARITÉ.
 Igarité é o nome das canoas de madeira que fazem o transporte da população ribeirinha e, por conta disso, também é o nome do Telecurso no Amazonas. Lá, o projeto Igarité foi adotado em 2009 com dois desafios específicos: acelerar os estados de alunos com defasagem idade-série e levar o ensino regulara a regiões de difícil acesso. O projeto de aceleração de estudos já está presente em sete escolas na capital e 19 escolas no interior. São 64 telessalas, com dois mil alunos, ao todo.
Para o ensino regular, a proposta é garantir a educação básica de qualidade a jovens e adultos de 21 municípios. Por meio do programa de Ensino Regular com Mediação Tecnológica, o programa atende 1.500 alunos de 90 comunidades, nas 63 telessalas equipadas com televisões, câmeras e microfones. Em 2010, o Igarité formou 1.342 estudantes nos ensinos fundamental e médio.
Hoje, a tecnologia educacional Telecurso (Metodologia Telessala e material didático do Telecurso) é reconhecida nacional e internacionalmente como uma tecnologia que promove qualidade na educação, tendo sido implementada em mais de 27 mil salas de aula e beneficiado mais de 5,5 milhões de pessoas em todo o Brasil. Atualmente, está presente no Guia de Tecnologias Educacionais do MEC – 2010.
No campo educacional evidenciam-se sérios descompassos entre o avanço científico, tecnológico e produtivo no mundo contemporâneo e a qualidade do processo de escolarização. Assim, programas são criados e desenvolvidos com o objetivo de utilizar o potencial tecnológico, como recursos para promover o ensino e ferramentas que contribuam como poderoso instrumento de melhoria da educação quando usadas como facilitadoras de processos de aprendizagem e mediação do conhecimento.
Precisamos urgentemente desenvolver novas formas de linguagem e, sobretudo, práticas críticas alternativas que permitam desvelar o currículo oculto da Organização e descobrir outras maneiras de ver o mundo, as escolas e sua organização. (IMBERNÓN, 2000, p. 101).
 Para o autor que afirma que o:

Uso da tecnologia de informação e comunicação, professores e alunos têm a possibilidade de utilizar a escrita para descrever/reescrever suas ideias, comunicar-se, trocar experiências e produzir histórias. Assim, em busca de resolver problemas do contexto, representam e divulgam o próprio pensamento, trocam informações e constroem conhecimento, num movimento de fazer, refletir e refazer, que favorece o desenvolvimento pessoal, profissional. (ALMEIDA 2010, P. 45).


Nesse contexto, para o uso da tecnologia de informação o professor e aluno têm a possibilidade de utilizar vários fatores que envolvam a escrita para descrever e reescrever sua ideias de comunicação.
O Estado do Amazonas, dentro de seus 1.570.745,680 km² abrange áreas de difícil acesso, levando muitas vezes dias para chegar a algumas comunidades. Assim, oferecer um ensino de qualidade se torna um grande desafio, tanto pela logística, quanto pela falta de profissionais qualificados, dentre outros fatores. Para que crianças possam ter acesso ao ensino fundamental elas precisam se deslocar quilômetros da sua comunidade para o município mais próximo, onde exista alguma escola municipal, situação esta que pode ser desde longas caminhadas, a quilômetros de barco.
Assim, alinhando o uso de tecnologias e a necessidade da oferta de um ensino de qualidade para todo e qualquer cidadão Amazonense, o Governo do Estado do Amazonas implantou em 2007, o Centro de Mídias de Educação do Amazonas (Cemeam), sendo este um projeto pioneiro no país, que a cada ano é ampliado e inovado. Atualmente são ministradas aulas para o ensino fundamental, ensino médio, e educação de jovens e adultos. O ensino fundamental conta, desde 2009, com a parceria da Fundação Roberto Marinho, desenvolvendo o Projeto Igarité, utilizando a metodologia Telecurso nas aulas.
Diante de tal cenário, as pesquisadoras relataram a metodologia utilizada, observando a atuação da equipe do CEMEAM, do Projeto Igarité, e da produtora para que as aulas cheguem aos alunos com a melhor qualidade pedagógica e técnica.
Neste projeto o quadro de professores ministrantes do Centro de Mídias é composto por efetivos da rede pública estadual, profissionais estes responsáveis por ministrar as aulas dentro dos estúdios, selecionados com exames de currículo e testes de vídeo. Ao início de cada ano letivo são realizados cursos de formação profissional, desde a abordagem técnica dos softwares e equipamentos utilizados, passando pela fundamentação pedagógica da metodologia, oficina de produção de aulas e apresentação em vídeo.
O Centro de Mídias capacita seus professores, tanto os ministrantes, quanto os que são presenciais em cada sala de aula, com oficinas e cursos de atualização técnica e pedagógica, além de palestras por videoconferência.
É essencial que todos os professores tenham domínio das tecnologias, tanto para saber manusear de forma eficaz os instrumentos existentes nos estúdios, quanto para envolver todos os alunos durante a transmissão das aulas. A eficácia do processo ensino-aprendizagem, bem como todo o processo educativo recai sobre o mediador do conhecimento, o professor, o qual a valorização precisa acontecer a partir desse ponto, pois são seus conhecimentos, suas habilidades e suas atitudes que vão contribuir para que o aluno seja motivado a aprendizagem. Daí é importante promover o desenvolvimento, também, do professor um olhar cuidadoso e humano na sua formação para que o processo educativo se torne significativo para todos.
Para Fernandes, (2010, p.12). “Em um mundo cada vez mais globalizado, utilizar as novas tecnologias de forma integrada ao projeto pedagógico é uma maneira de se aproximar da geração que está nos bancos escolares”.
Os conhecimentos sobre didática avançam, a necessidade de se manter atualizado com relação aos conteúdos é constante, a sociedade exige cada vez mais da escola, há um abismo entre a formação que o professor tem e a que ele realmente precisa. É necessário investir em capacitação para dar melhor condição ao educador para se desenvolver e desempenhar sua função com prazer.
Para moram que afirma que:

Os alunos estão prontos para a multimídia, os professores, em geral, não. Os professores sentem cada vez mais claro o descompasso no domínio das tecnologias e, em geral, tentam segurar o máximo que podem, fazendo pequenas concessões, sem mudar o essencial. Creio que muitos professores têm medo de revelar sua dificuldade diante do aluno. Por isso e pelo hábito mantêm uma estrutura repressiva, controladora, repetidora. Os professores percebem que precisam mudar, mas não sabem bem como fazê-lo e não estão preparados para experimentar com segurança. (MORAN, 2010, p. 78).

As mídias invadiram o cotidiano escolar. Assim, é preciso preparar-se. Para a utilização das mídias como ferramentas no processo de ensino e aprendizagem pelo professor, no sentido da inovação da prática pedagógica, é preciso uma mudança no perfil do professor, mas para que isso aconteça, é necessário que ele tenha conhecimento sobre as possibilidades do recurso tecnológico, a fim de poder utilizá-lo como instrumento de aprendizagem.
De acordo Medeiros, (2010, p.3). “Educar para a sociedade global, desenvolvida tecnologicamente possibilita a criação de novas formas de construção de conhecimentos nos ambientes escolares, promovendo assim melhorias significativas no padrão de qualidade da educação e modernização da gestão escolar”.
Como em qualquer outra forma de ensino o projeto igarite tem suas aulas preparadas e planejadas de acordo com as orientações pedagógicas do projeto.
Na elaboração e produção as aulas são planejadas por professores de cada disciplina, que utilizam os mais diversos recursos, como vídeos, animações, áudio, gravações internas e externas, com visitas a museus, monumentos da cidade, ou o que mais seja necessário para a construção da aula. Todos os professores do ensino fundamental são acompanhados pela assessoria pedagógica do Centro de Mídias, e também pela equipe da Fundação Roberto Marinho, que acompanha a elaboração e produção de todas as aulas.
O conteúdo de todas as disciplinas é ministrado em módulos e a carga horária é a mesma do fundamental regular, com 800 horas/aula anuais, conforme prevê a Lei 9.394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). As disciplinas são divididas em quatro unidades, e cada unidade deve conter o número de aulas correspondente a carga horária da disciplina, assim como quatro avaliações e o Plano de Estudo, que serve como uma Recuperação Paralela. Toma-se como exemplo o componente de Ciências, que possuiu quatro unidades com 24 aulas totalizando 120 horas/aula. As aulas são ministradas no formato modular com uma disciplina por vez para cada ano do ensino fundamental.
As aulas são elaboradas em formato de roteiro, elaborado pela Fundação Roberto Marinho, onde cada atividade proposta recebe um tempo específico de execução. No roteiro há os conteúdos a serem abordados no dia bem como as habilidades que se desejam alcançar no decorrer da aula. A aula se inicia com uma problematização, levando o aluno a desvendar um questionamento despertando a curiosidade sobre o assunto proposto, o objetivo é fazer com que alunos comecem a discutir o conteúdo a partir do que eles conhecem.
Depois da problematização os alunos assistem ao vídeo da Teleaula da Fundação Roberto Marinho, que contém diversas informações sobre o assunto da aula do dia, depois do vídeo os alunos são instigados a realizarem atividades que os remetam a refletir sobre o que assistiram, após o cumprimento da atividade é feita uma interatividade com o professor ministrante.
A interatividade é uma das formas de comunicação entre professores ministrantes que estão nos estúdios do Centro de Mídias, professores presenciais e alunos que estão nas comunidades. Nas salas de aulas nas comunidades alunos e professores podem ser vistos e ouvidos utilizando o kit tecnológico, assim os professores ministrantes acompanham as atividades que estão sendo feitas e como estão sendo feitas nas comunidades mais remotas.
Outra forma de comunicação utilizada são os chats, onde os professores presenciais e ministrantes, bem como a assessoria pedagógica do Centro de Mídias, a assessoria pedagógica da Fundação Roberto Marinho e a produtora Jobast acompanham tudo o que está acontecendo na aula, dando suporte e tirando possíveis dúvidas que possam surgir.
Os alunos ainda contam com livros textos que ajudam no seu desenvolvimento intelectual, pois estes contêm figuras ilustrativas, conteúdos explicativos e questões para serem resolvidas. O livro auxilia o aluno na leitura, na interpretação de textos, na reflexão do assunto abordado, na execução de atividades e na escrita. Os alunos são direcionados a uma atividade do livro texto e depois na interatividade há a resolução e resolução das possíveis dúvidas.
Para que o conteúdo da aula do dia se torne mais dinâmico os alunos são levados a utilizar nas atividades complementares diversas linguagens de aprendizagem, como: música, teatro, desenho, escrita, entre outros. Essa atividade complementar é feita após o intervalo e acompanhada na interatividade pelos professores presenciais.
Os roteiros finalizam com as atividades de prazer de casa, onde o aluno vai buscar mais conhecimento sobre o assunto proposto pelo professor ministrante.
Os roteiros são feitos com um período de antecedência do início das aulas pelos professores ministrantes e enviados à assessoria pedagógica da Fundação Roberto Marinho e à assessoria pedagógica do Centro de Mídias. Essas aulas são analisadas e encaminhadas à produtora Jobast. A Jobast é uma empresa que confecciona o material audiovisual através de produtos educacionais apoiados em plataformas tecnológicas.
A produtora Jobast transforma o conteúdo educativo dos roteiros em cartelas, ou slides, que serão transmitidos para as salas de aulas das comunidades. A Jobast também é responsável pela gravação de entrevistas com convidados da aula e gravações externas com os professores ministrantes.
As avaliações são elaboradas com base nas aulas ministradas, e são realizadas com os alunos com o acompanhamento do professor presencial. No dia da avaliação ainda é feita uma revisão para que sejam esclarecidas as dúvidas dos alunos.
As aulas do Centro de Mídias são ministradas através de teleconferência de estúdios televisivos e transmitidas diariamente por satélite. As comunidades que recebem as aulas contam com antenas que recebem o sinal.
O sistema de IPTV (Internet por Televisão) transmite as aulas com interatividade de som e imagens. As aulas são transmitidas diariamente em tempo real pelos professores dos estúdios do Centro de Mídias e recebida nas comunidades pelos professores presenciais e alunos.
Os professores presenciais são professores formados em uma graduação de licenciatura e são responsáveis pelo recebimento dos roteiros das aulas, recebimentos das cartelas, execução das avaliações e lançamento das notas e frequências dos alunos no SCA (sistema de controle acadêmico). Além disso, os professores presenciais são importantes na interatividade dos alunos com os professores ministrantes e na execução das diversas atividades propostas em sala de aula.
As salas possuem o kit tecnológico, que inclui computador, impressora, webcam, microfone, telefone, impressora, nobreak e um televisor LCD de 42″, e ainda o acesso à Internet que faz parte da Plataforma Tecnológica.
Além de todo esse aparato tecnológico há ainda uma rede social em que alunos e professores se comunicam e discutem sobre assuntos relacionados à educação, é o SEDUC. NET, que foi considerada a maior rede social do Brasil voltada para a educação.
Sabe-se a necessidade de conhecer quantitativamente a aprovação, assim como a reprovação e o abandono dos alunos atendidos pelo Centro de Mídias. Tais índices são obtidos anualmente mediante análise das notas e freqüência dos alunos lançadas pelos professores presenciais no Sistema de Gestão Escolar do Amazonas.
Diante dos gráficos, percebe-se que os índices de aprovação se mantêm em torno de 80% desde o ano de 2008, chegando a 90% no ano de 2011. O maior índice de reprovados foi no ano de 2008, com 14 %, sendo o menor em 2012, com 2%. O abandono teve a taxa mais alta no ano de 2012, alcançando 10%, sendo o menor índice no ano de 2008, com 2%.
Os índices apresentam equilíbrio entre os anos, sendo que o alto abandono em 2012 pode ser atribuído a forte cheia que atingiu todo o Estado do Amazonas, forçando a paralisação das aulas por um mês, uma vez que os alunos não conseguiam chegar às salas de aula, com comunidades alagadas, forçando muitos as abandonarem os estudos.

GRAFICO-1: INDICES DE APROVAÇÃO – 2008 a 2011
FONTE: www.centro de mídias.com.br
O gráfico 1: mostra o índice de aprovação dos alunos que estudam o ensino mediado por tecnologia em tempo. Então é positivo o índice sendo bem aceito pelos os alunos. Percebe-se que o nível de aprovação nesse período chega 84%  sendo bem aceita pelos educandos nesse ensino renovado, e apenas 14% a reprovação desses alunos, e apenas 2% de abandono.








GRAFICO-1: INDICES DE APROVAÇÃO – 2008 a 2011

FONTE: www.centro de mídias.com. br
O gráfico 2: Percebe-se de no decorre dos anos os alunos estão aceitando o ensino mediado por tecnologia. Portanto, é uma alternativa de ensino para as comunidades distantes da capital. No decorrer dos anos este ensino é bem aceito pelos alunos aumentando cada vez mais o índice de aprovação.













GRAFICO-2: INDICES DE APROVAÇÃO – 2008 a 2011
FONTE: Centro de mídias.
Neste gráfico percebe-se que em cada ano o aumento de aprovação de viável chegando a 89% de aprovação, então, podemos observar cada vez se torna viável este ensino.



GRAFICO-2: INDICES DE APROVAÇÃO – 2008 a 2011

FONTE:  Centro de mídias.
Neste gráfico que em 2008 a 2011 percebe-se o aumento de 90% no decorrer dos anos. E 5% em reprovação e 5% em abandono. Então, percebe-se o aumento do índice de aceitação dos alunos para este ensino.
No Amazonas, há 62 sedes urbanas e mais de 6.000 comunidades rurais espalhadas por vasto território.
Figura 1 – Mapa territorial do Amazonas – O ensino mediado por tecnologia.
A figura 1 mostra as comunidades que funciona o ensino mediado por interatividade em tempo real.
Programa que é fruto da parceria entre a Fundação Roberto Marinho e o Governo do Amazonas. Desde 2009, ele foi adotado com dois desafios específicos: atender jovens e adultos que querem concluir a educação básica na EJA (Educação de Jovens e Adultos) e levar o ensino regular a regiões de difícil acesso. Para o ensino regular, a proposta é garantir a estudantes matriculados no Ensino Fundamental uma Educação Básica de qualidade. A Igarité, que dá nome a este projeto, é uma canoa de madeira que faz o transporte da população ribeirinha na região. Na figura abaixo mostra o ensino mediado por interatividade em tempo real em todo Brasil.


Figura 2 - Salas mediadas por tecnologias em tempo real -Telecursos nas escolas do Brasil
A figura 2 Mostra as cidades que funcionam os projetos com ensino mediado por interatividade em tempo real.
Figura 3 – Transmissão das aulas – SPMT – projeto Igarité – Ensino fundamental
A figura 3 Mostra o funcionamento das transmissões das aulas ao vivo para todas as comunidades do médio e baixo amazonas. Essa aula é ao vivo com o professor ministrante repassando os conteúdos para as comunidades onde o aluno possa interagir ao vivo com o professor no estúdio na capital.

Figura 4 – transmissão das aulas – SPMT – projeto Igarité – Ensino fundamental
Fonte:  http://pceamazonas.com.br/wp-content/uploads/2012/06/centro-de-midias.
A figura 4 Mostra as aulas sendo transmitidas ao vivo onde o professor e alunos estão em tempo real interagindo.
Diante dos novos desafios que se põem à educação, o que inclui utilizar o grande potencial tecnológico a favor da melhoria do processo ensino-aprendizagem, soma-se a necessidade de transformar o cotidiano escolar, o trabalho pedagógico desenvolvido na escola, em redes de conhecimento que propiciem contínua renovação metodológica e que facilite o trabalho do professor e a construção do conhecimento destes em parceria com seus alunos. A dinamicidade própria do cotidiano escolar e o trabalho pedagógico requerem que o professor possua parceiros no desenvolvimento de sua docência. Seus pares, o gestor, o pedagogo, seus alunos, dentre outros, são constituintes de sua equipe de trabalho.
O uso da tecnologia na educação caminha no sentido da produção compartilhada de conhecimento, favorecida pela resolução de problemas ou desenvolvimento de projetos, nos quais a escrita, por meio da tecnologia, induz à liberdade de expressar e comunicar sentimentos, registrar percepções, ideias, crenças e conceitos, refletir sobre o pensamento representado e reelaborá-lo.
O Centro de Mídias de Educação do Amazonas proporciona a educação através de tecnologias que chegam até as comunidades mais longes da capital Manaus, por meio de aulas interativas e IPTV. As aulas proporcionam aos alunos a possibilidade de continuar no ensino regular e acompanhar o processo de ensino-aprendizagem, sem precisar se deslocar para tão longe de sua moradia. Os alunos são contemplados com uma educação de qualidade que prioriza a formação dos professores através de formações presenciais e mediadas por tecnologia regularmente.
Os especialistas desse novo campo consideram as ideias de Paulo Freire (2002, p.56) como algumas de suas principais referências sobre a inter-relação comunicação e educação. Ele defendia que educação é comunicação, é diálogo, e para ele a ação comunicativa verdadeira só ocorre por meio da troca autêntica de argumentos entre seus participantes.
E condenou a educação industrial, como a que observamos ainda nos dias atuais, por focar principalmente a mera transferência de conteúdo do professor para o aluno. Quanto a esse educando, ele é considerado quase que como apenas um repositório, com pouca ou nenhuma provocação de reflexão sobre o tema em estudo. Nesse cenário industrial ou bancário, como ele mesmo denominava, há a ausência de colaboração participativa para a construção de novos significados.
De acordo com o autor que afirma que:

A gestão da comunicação, uma das áreas de estudo da Educomunicação, foca o estudo da comunicação como um processo planejado e implementado junto a ambientes de aprendizagem, os quais façam uso de tecnologias da comunicação. Nesse contexto, o agente responsável por essa gestão mediará as relações no referido espaço, para promover o dialogismo e o pluralismo. Seu objetivo principal é a construção de ecossistemas comunicativos com inter-relações próprias e comunicação intensa, com base numa gestão democrática e criativa dessa ação comunicativa. Trata-se da construção de um espaço de aprendizagem pela interação dialética e dialógica entre as pessoas e a sua realidade (SOARES, 1999. p. 74).


O educador, na condição de mediador ou gestor da comunicação nesse ambiente, deve entender bem as novas tecnologias por meio das quais processará sua comunicação. Só assim conseguirá planejar estrategicamente suas ações comunicacionais para a concretização dos objetivos educacionais desejados.
Na busca de novas abordagens pedagógicas e comunicacionais que pressuponham a adoção de uma ou mais mídias no desenvolvimento das atividades pelos alunos, é preciso que as mesmas sejam pensadas considerando que todos os participantes são interagentes. O educador que queira adotar tais práticas de maneira eficaz deve rever sua própria postura em relação a seus alunos, para que todos juntos possam trabalhar no desenvolvimento conjunto de uma perspectiva crítica. Para Martin-Barbero (2005, p. 67) “também ressalta a necessidade urgente dos professores repensarem suas obrigações e metodologias educacionais. Esses precisam deixar de ser meros transmissores do conteúdo, para se tornarem fomentadores de reflexões e questões mais complexas junto a seus alunos”.
Metodologia Frente a esse contexto, entendemos que o Projeto “Ensino Fundamental Presencial com Mediação Tecnológica”, idealizado, planejado e implementado pela Secretaria Estadual de Educação do Amazonas, reflete um exemplo de boas práticas de uso das tecnologias para a oferta de educação com qualidade. Por isso, decidimos discorrer sobre o mesmo, detalhando suas fases iniciais 
O projeto “Ensino fundamental Presencial com Mediação Tecnológica” (EMPMT) foi planejado e implementado pela equipe do Centro de Mídias da Secretaria de Educação do Estado do Amazonas, em 2007, para atender à demanda de oferta de ensino fundamental junto ao maior estado do Brasil.
Ele transmite aulas diárias ao vivo por meio de tecnologia satelital e IP multimídia (protocolo internet), com interação de áudio e vídeo entre todos os participantes, é um exemplo sobre como as mídias digitais têm ajudado a solucionar complexos problemas educacionais. Atende atualmente a cerca de 30.000 alunos.
No início, o principal objetivo do governo era exatamente conseguir fazer com que o ensino médio chegasse às comunidades mais distantes de Manaus.
Para tanto, inicialmente utilizaram-se basicamente do modelo industrial dominante na Educação a Distância.
Contudo, ao longo do desenvolvimento e estruturação do projeto, seus gestores e coordenadores pedagógicos e acadêmicos passaram a conhecer melhor as possibilidades de dinâmicas permitidas pelas tecnologias adotadas.
Além disso, logo se aperceberam da importância da definição de processos comunicacionais bem detalhados. E identificaram a necessidade da instalação de um ambiente mais dialógico para o atingimento dos objetivos educacionais.
 A Infraestrutura e Abordagens Pedagógicas do Projeto
Conta com uma equipe de assessores pedagógicos, professores especialistas (responsáveis pela preparação dos conteúdos e apresentação das aulas), coordenadores regionais (um para cada município), gestores escolares (um por escola) e professores generalistas (um por sala de aula).
Há também uma equipe de produção educativa de TV, para viabilizar o preparo das aulas em diferentes linguagens midiáticas e a operação de transmissão das mesmas, ao longo de 200 dias letivos por ano.
As aulas do ensino fundamental acontecem de segunda a sexta feira, das 13:00 h às 17:00h, sendo que o governo do estado fornece os barcos para levar os alunos às escolas e trazê-los de volta às suas comunidades.
As aulas são transmitidas a partir de três estúdios localizados em Manaus, por meio de uma solução de videoconferência com transmissão por satélite bidirecional. Ela utiliza uma solução de treinamento IP em uma plataforma interativa de educação on-line de entrega de aplicativos. A solução integra a transmissão ao vivo e é totalmente interativa, sendo capaz de transmitir e receber áudio e vídeo de alta qualidade nos dois sentidos. Permite a realização de testes de aprendizagem e o atendimento de outras necessidades pedagógicas na sala de aula, como a própria gravação das aulas para edição de dos objetos de aprendizagem e reprodução futura dessas aulas.
Cada escola recebeu um kit tecnológico satelital composto por uma antena (Vsat) e seu respectivo roteador e rádio. E cada sala de aula recebeu um kit multimídia composto de um computador, uma impressora, uma webcam, um microfone, um telefone do tipo VoIP e um aparelho nobreak. Além das ferramentas de comunicação como os chats e e-mails, os alunos também interagem com os professores do estúdio, sentando-se à frente da webcam e falando pelo microfone, ambos conectados ao computador e ao kit satelital.
Essas ferramentas permitem a realização de uma conversa em tempo real com total comunicação entre as partes ao longo do processo de aprendizagem.
A Implementação do Projeto, o primeiro passo foi a montagem do Centro de Mídias, localizado fisicamente ao lado da Secretaria de Educação do Estado. Ali fica a equipe pedagógica e docente que conjuntamente planejam e roteirizam aula a aula.
Esse planejamento inclui a definição dos tipos de mídias a serem utilizadas em cada uma das mesmas, para cada disciplina. O Centro de Mídias conta ainda com três estúdios, todos com cenário virtual, a partir dos quais os professores especialistas ministram as aulas presenciais diariamente.
Um dos grandes desafios foi entender como planejar os processos comunicacionais ao longo de todo o processo de aprendizagem. Esse é mediado por um número grande profissionais, alguns deles professores no modelo tradicional, que sequer haviam lidado com um computador antes.
Foca-se na realização de atividades que estimulem a reflexão e o desenvolvimento de habilidades metacognitivas dos alunos por meio de práticas dialógicas fundamentadas na troca de impressões, tanto entre colegas da mesma classe presencial como com colegas de outras classes distribuídas por todo o estado, por meio da tecnologia satelital. Essas práticas demandam um planejamento detalhado que inclui também a roteirização aula a aula, ou seja, todos os procedimentos devem ser pensados cuidadosamente para que os alunos se sintam estimulados a interagir sempre entre si.
Todo esse planejamento é dividido em etapas e a primeira delas refere-se ao conteúdo teórico. Este é elaborado pelos coordenadores acadêmicos e professores especialistas da rede de ensino público do estado do Amazonas, sendo que o conteúdo teórico é desenvolvido com base nas normas definidas pelo Ministério da Educação e pela Secretaria de Estadual de Educação do Amazonas.
Esses especialistas já definem o conteúdo que constará do material impresso de cada disciplina e de cada uma das respectivas classes presenciais, o que inclui também a apresentação ao vivo dessas aulas. Os assessores pedagógicos orientam o processo e ajudam na elaboração dos roteiros das aulas, na definição das dinâmicas em classe e na conseqüente definição das peças de comunicação, como vídeos, músicas ou animações específicas.
Do ponto de vista da Educomunicação, é neste momento que os processos comunicacionais são definidos e desenhados. A equipe escolhe as ferramentas midiáticas com que terão que trabalhar, de maneira a elaborar dinâmicas com grande interação comunicacional, as quais serão desenvolvidas nas várias salas de aula. Tais interações são trabalhadas por meio de diferentes formas de comunicação como narrativas, textos escritos, representações ou mesmo linguagens que serão adotadas para transformar a percepção do aluno.
A segunda etapa consiste na passagem de todas estas informações para a equipe de criação e edição, também chamada de pré-produção. Essa está responsável por preparar as referidas peças, para serem transmitidas ao vivo durante as aulas para todos os alunos espalhados nas diversas classes.
Neste momento, são preparados os vídeos especiais ou buscados vídeos prontos, bem como são desenvolvidos desenhos animados sob encomenda ou mesmo serão definidas fotos específicas para cada tipo de aula.
E também edita os materiais impressos que serão distribuídos para os alunos em suas localidades. Dedicam-se ainda à criação dos cenários virtuais de cada uma das disciplinas, para que haja uma identidade visual para cada disciplina e para o projeto como um todo.
A terceira etapa consiste na transmissão da aula ao vivo, a quarta etapa refere-se às práticas complementares nos ambientes virtuais de aprendizagem e a quinta, às atividades de avaliação. Os atuais grandes desafios do projeto são a atualização dos processos em relação ao rápido surgimento das novas tecnologias e aos processos de aprendizagem voltados ao uso das mesmas, além da sua expansão em si.
O projeto EMPMT está em sua segunda fase, e o governo amazonense já está investindo principalmente na quarta etapa do projeto. Há a previsão do uso mais intenso de ambientes virtuais de aprendizagem do Centro de Mídias, pelo uso de plataformas com ferramentas bem interativas como o Moodle e o NING6, entre outras. A comunidade dos professores do Centro de Mídias, montada no NING, já conta com mais de 1.000 professores. Há planos de expansão da mesma para os alunos, para realização de atividades educacionais mais lúdicas.
Já o Moodle é utilizado como repositório dos objetos de aprendizagem desenvolvidos a partir da gravação das aulas ao vivo e para dar continuidade a debates iniciados na sala de aula presencial por meio do uso de fóruns escritos e outras ferramentas ali disponíveis. Eles já pensam em intensificar esse uso, sendo que está prevista a formação de seus professores em práticas de tutoria, para que eles aprofundem seus conhecimentos sobre como mediar os processos comunicacionais, objetivando a aprendizagem por meio das tecnologias adotadas.
Benefícios e Resultados
Ele atende a uma necessidade social urgente e tem como principais benefícios: Moodle - Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment: trata-se de um sistema de gerenciamento de aprendizagem (LMS), a partir da qual se pode montar ambientes virtuais de aprendizagem. NING consiste em um serviço online que permite a criação de redes sociais personalizadas.
- a disponibilidade de salas de aula perto das casas dos estudantes;
- a transmissão simultânea de todos os programas a partir da mesma central;
- possibilidade de sessões “on demand”, em caso de ausência do aluno ou mesmo falta de luz na localidade;
- alunos de diferentes partes do estado se reúnem em uma sala de aula virtual síncrona para partilharem o conhecimento;
- ambiente virtual de aprendizagem montado junto a um LMS7, para que os alunos se reúnam para discussões em grupo, acesso a materiais do curso, participação de chats em tempo real e reposição de objetos de aprendizagem;
- estúdio de televisão equipado com todos os instrumentos modernos de ensino, para facilitar os professores a trabalhar de forma eficaz;
- entrega de material didático impresso, o qual é distribuído para todos os alunos.
Além de permitir a integração de diferentes culturas distantes umas das outras centenas de quilômetros, este projeto propicia também o estabelecimento de um elemento essencial no processo de ensino e aprendizagem: cria uma forte identidade e sentimento de pertencimento entre os participantes. O fortalecimento desse vínculo ajuda no desenvolvimento da presença social nesses ambientes e, consequentemente, na qualidade de interações e trocas argumentativas entre os participantes.
A implantação deste projeto permitiu o aumento da eficácia da área de Educação no Estado do Amazonas, sendo que, segundo dados do INEP, houve uma redução das taxas de evasão de 26,80% para 16,02%. O número de alunos aprovados subiu de 60,40% para 77,51%. Quanto ao percentual de alunos reprovados, esse caiu de 12,80% para 6,47%.
Sobre a redução do índice de evasão, que diminuiu de 26,80% para 16,02%, temos que os participantes são estimulados a continuar atendendo às aulas, cujos conteúdos também são pensados com foco no fortalecimento das diversas comunidades rurais participantes. Isso porque os alunos não têm mais que deixar suas casas, famílias e até trabalhos.
Retomando a questão do campo da Educomunicação, constatamos a importância do planejamento e gestão dos processos comunicacionais para a concretização dos objetivos educacionais. A eficácia do projeto reside exatamente no constante cuidado com a gestão da comunicação junto a esses ambientes de aprendizagem mediados por tecnologias, planejada e orquestrada pelos coordenadores pedagógicos e acadêmicos, além dos professores especialistas e dos generalistas.

4. 1 Sistema presencial mediado por TV – SEDUC
A Secretaria de Estado da Educação e Qualidade do Ensino – SEDUC, localizada no Estado do Amazonas, é um órgão integrante da Administração Direta do Poder Executivo, responsável por formular, supervisionar; e coordenar a execução e a avaliação da Política Estadual de Educação do ensino fundamental, médio e das modalidades de ensino, assim  como  prover  assistência, orientação e acompanhamento das atividades dos estabelecimentos de ensino.
Segundo o autor:

As novas tecnologias de informação e comunicação, caracterizadas como midiáticas, são, portanto, mais do que simples suportes. Elas interferem em nosso modo de pensar, sentir, agir, de nos relacionarmos socialmente e adquirirmos conhecimentos. Criam uma nova cultura e um novo modelo de sociedade. (Kenski 2006, p. 23).

 A SEDUC vem realizando alguns estudos e levantamentos relativos à demanda escolar nos 62 Municípios do Estado desde 2004. Constatando desta forma, quantitativamente que milhares de amazonenses estudavam até o ensino fundamental e não prosseguia nos seus estudos, por diversos motivos como a falta de escola nas comunidades que oferecesse ensino médio, a exclusão de muitas comunidades rurais pela dificuldade de acesso (transporte) até as zonas urbanas e pelo fornecimento irregular de energia. 
Enfim, as características geográficas da própria região são fatores que resultam nos obstáculos encontrados e que precisam ser vencidos.
A SEDUC encontrou então uma solução para atender tamanha demanda de alunos excluídos socialmente, a idéia era então ensinar pela TV utilizando recursos tecnológicos  com  transmissão  por  satélite, utilizando  a  vídeo-conferência como ferramenta  pedagógica  e  metodologia  presencial com mediação  tecnológica  de forma inédita no mundo. Foi criado e implantado então o ensino médio via satélite.
O Centro de Mídias da SEDUC foi criado em 2007, ampliando e diversificando o atendimento escolar e utilizando uma solução tecnológica disponível com ênfase nas mídias educacionais, no sistema público e voltado para a Educação Básica. As aulas são transmitidas através do Centro de Mídias via satélite para as comunidades rurais do estado do  Amazonas,  que acontecem por meio do sistema de IP.TV, com recursos interativos de som, imagens e dados.
O Centro de Mídias está localizado em Manaus, onde ficam os professores titulares das componentes curriculares (nome denominado a uma disciplina), responsáveis pela elaboração das aulas que são transmitidas pela TV e demais atividades, ou exercícios. Na outra ponta, ou seja, nos municípios encontram-se os professores tutores que desempenha o papel de mediador e facilitador, responsáveis por coordenar os alunos nas salas de aula, minimizar as dúvidas dos alunos, acompanharem o aprendizado, realizar frequência, coordenar as atividades, realizar a aplicação de provas, lanças no sistema SCA onde as notas são divulgadas. (http://www.educacao.am.gov.br/institucional/estrutura/centro-de-midias/).
As aulas são planejadas pelos professores que podem explorar todos os recursos tecnológicos disponíveis visando facilitar a assimilação do conteúdo pelo aluno. São utilizados recursos como trechos de filmes, obras de artes, animações em 3D, etc. É possível visualizar a interatividade realizada entre professor e alunos no modelo de IPTV adotado pela SEDUC. A imagem transmitida pela TV, mostra do lado esquerdo o professor do estúdio em Manaus e do outro lado o aluno localizado no interior do estado, realizando uma interatividade. (http://www.educacao.am.gov.br/2013/06/centro-de-midias-da-seduc).

Tabela 1 – Secretaria do Estado do Amazonas (SEDUC) criou até um quadro explicativo para melhor apresentar tais diferenças:


ITENS
ENSINO PRESENCIAL
ENSINO PRESENCIAL MEDIADO EM TEMPO REAL
ENSINO A DISTANCIA
Presença do professor e do aluno mesmo local.
Presença do professor em sala de aula.
Professor ministrante: presença virtual; presença do professor presencial: em sala.
Não
Frequencia das aulas e as demais atividades.
Obrigatória controlada
Obrigatória controlada.
Livre
Apresentação das aulas
Em sala

Em sala em tempo real.
Através de gravação
Em meio eletrônico ou material impresso
Relação de tempo entre a realização e a presença do aluno
Síncrona
Síncrona

Assíncrona
Realização das atividades didáticas
Em sala sobre a supervisão do professor.
Em sala sob a supervisão do professor presencial.
Livre
Orientação dos alunos.
Professor na sala de aula.
Professor ministrante a distancia; professor presencial em sala.
Distancia ocasional em sala.
Interatividade
Na sala de aula.
Professor ministrante por processos interativos; professor presencial em sala.
Restrita em poucos momentos
Avaliação
Em sala.
Em sala.
Livre
Fonte: Secretaria do Estado do Amazonas (SEDUC)
O argumento aqui utilizado é a questão espacial. Primeiramente, o professor pode estar ou não presente em sala de aula, não existe a classificação legislativa de presença virtual. A presença pressupõe uma presença física. Como determina o art. 1° do Dec, n° 5.622/05, a EAD se caracteriza “[...] com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos”.
No caso do Ensino Presencial Mediado, tem-se o desenvolvimento de atividades em lugares diversos. O professor que ministra a aula é o professor titular que se encontra em um estúdio de televisão e unicamente lá. Não se pode dizer que professor e alunos estão virtualmente presentes em um mesmo lugar.
Também não se pode contar com a presença do professor assistente, pois ele não é o responsável pela aula, não possuindo sequer, na grande parte das vezes, a mesma formação da disciplina oferecida. Se o professor assistente fosse o verdadeiro responsável pela aula, não haveria necessidade de um titular. Na verdade, ele funciona como uma espécie de tutor, apenas auxiliando os alunos no desenvolvimento de suas atividades, assim como ocorre na EAD.
Logo, a separação espacial é inquestionável, não podendo ser convertida em um mero detalhe, como assim o quer a Universidade. Para visualizar tal situação de maneira mais concreta, basta supor que o estúdio onde são gravadas as aulas não se localize na cidade de Manaus, mas sim num país estrangeiro.

5      INTERATIVIDADE EM TEMPO REAL (10 a 15 pág.)
Para alguns autores a interatividade refere-se a “[...] um conjunto de relações complexas de emissão e recepção de mensagens.” (MATTA; CARVALHO, 2008, p. 3), sem, entretanto, especificar a forma como ocorre, muito menos os atores envolvidos, por isto, não se pode entender que quaisquer tipos de emissões e recepções de mensagens possam ser interpretados como interatividade. Para Benassuly (2002 apud SILVA; SANTOS, 2012, p. 15) “[...] as interações se constituem em uma rede de intersubjetividades mediadas pela linguagem, e onde os saberes são gestados a partir de suas próprias positividades, repletas de possibilidades, [...].”. Esta será a concepção de interatividade que irá subsidiar este trabalho, uma interação que envolve vários participes no processo de ensino e aprendizagem na modalidade EaD, respeitando as histórias dos sujeitos e seu contexto.
Para Silva que afirma:

Analisa outros critérios para classificação de graus de interatividade. De Francis Krestz, apresenta a gradação – grau zero: livro, radio e televisão, que permitem leituras lineares, com opção apenas de interatividade de acesso, ou não lineares; linear: ou mídias que permitem avanços e retrocessos no percurso do conteúdo; arborescente; que seriam menus; lingüísticas; ou acessos por palavras-claves, formulários entre outros; criação: que permitem que o usuário componha mensagem; comando continuo: no qual o usuário pode modificar os objetos. (Silva, 2000, p. 26).


Neste aspecto, o Programa EMITec utiliza dois tipos de interatividade envolvendo os estudantes e em tempo real. A interação indireta em que o aluno retira suas dúvidas através do chat e com a atuação do mediador e professor assistente. Neste caso, o estudante repassa sua dúvida para o mediador e este último que envia a mensagem para que o professor assistente possa responder de forma imediata. É considerada indireta por não haver uma relação direta estudante/professor videoconferencista, porém vale salientar que existe um retorno imediato através do professor assistente e que contribui para a construção de conhecimento.
Na concepção do autor que afirma que:

A interatividade direciona a emissão e a recepção de mensagens, podendo ser: “verbal, audiovisual, multimídia, hipermídia”. A verbal concebe-se a elocução da fala; o audiovisual, o vídeo; a multimídia, o uso simultâneo de vários recursos de comunicação, integrando texto, som e imagens fixas e animadas; a hipermídia, com links. (Machado 1997, p. 1).


Nessa concepção a interação direta em sala é aquela que o estudante retira suas dúvidas e apresenta resultados de sua produção diretamente junto ao professor videoconferencista, em tempo real, ocorrendo colaboração. Neste tipo de troca e construção do conhecimento o professor videoconferencista pode visualizar e ouvir seu aluno, tornando o processo de ensino e aprendizagem prazeroso, envolvente e instigante, elevando a autoestima do estudante, além de quebrar a barreira e isolamento espacial provocado pela tecnologia.
Esta concepção acerca da importância da interação no processo de ensino e aprendizagem é ratificada por Mattar que afirmar que a interação:

[...] é o elemento-chave na educação, que um nível elevado de interação resulta em atitudes mais positivas, [...] leva a um grau elevado de realização, [...] desempenha um papel fundamental no aprendizado, na retenção e nas percepções gerais do aluno em relação à eficácia do curso e do professor e que ambientes interativos são propícios para a aprendizagem e satisfação do aluno. Mattar (2012, p. 49)


Sabe-se que para que ocorra todo um processo de interatividade de forma efetiva deve ter a motivação e envolvimento de todos os atores, além do estabelecimento de laços de afetividade através das relações interpessoais entre professores, mediadores e estudantes, caso contrário não se alcança bons resultados.
De acordo com autor que relata:

O ideal dessa nova sociedade da informação digital é a garantia de acesso à informação para todos, indiscriminadamente. Tecnologicamente é possível que, a partir do acesso às redes digitais, as pessoas possam realizar intercâmbios e novas formas de cooperação com outras pessoas e instituições em todo o mundo, para ensinar e aprender. As tecnologias digitais de informação e comunicação envolvem “técnicas, instrumentos, métodos que permitem obter, transmitir, reproduzir, transformar ou mudar a informação”. (TORTAJADA; PELÁEZ, 1997, p. 207).


Na concepção do autor que a partir das novas tecnologias as pessoas possam ter uma relação de cooperação de ambas as partes e, também possam conhecer as outras através da medicação tecnológica.
 Vários são os produtos e os mecanismos que possibilitam a interatividade. Entretanto, a interatividade é afirmada como simples participação e proximidade, ou de uma maneira mais coerente é obter o poder de escolha num conjunto de opções. Ruschel (1996, p. 146) “exemplifica o caso da interatividade na comunicação, no sentido do consumidor/espectador possuir maior poder de decisão”.
Na concepção do autor que diz que:

"A sala de aula interativa seria o ambiente em que professor interrompe a  tradição do falar/ditar, deixando de identificar-se com o contador de  histórias, e adota uma postura seme lhante a dos designers de software interativo. Ele constrói um conjunto de territórios a serem explorados pelos alunos e disponibiliza co-autoria e múltiplas conexões, permitindo que o aluno também faça por si mesmo. Isto significa muito mais do que ser um conselheiro, uma ponte entre a informação e o entendimento, [...] um estimulador de curiosidade e fonte de dicas para que o aluno viaje sozinho no conhecimento obtido nos livros e nasredes de computador. [...] E a educação pode deixar de ser um produto para se tornar um processo de troca de ações que cria conhecimento e não apenas o reproduz"( SILVA, 2000, p. 78)


 Como exemplo disso dentro da comunicação vê a preocupação com a segmentação e disponibilidade, na explosão dos canais de TV a cabo; a preocupação com o atendimento, na participação de ouvintes e telespectadores nos programas de rádio e TV; e a concentração destas preocupações na promessa da TV interativa. A previsão de uma sociedade de massa, ou de uma cultura de massa, cede espaço a uma sociedade, onde a experiência individual passa a ser estimulada.
Para Ruschel (1996, 145) “a interatividade, com vista à reciprocidade da mensagem, está longe de oferecer o devido espaço ao telespectador. A autora, falando sobre a TV interativa no Brasil, diz que os programas interativos dão um espaço muito pequeno para resposta ou intervenção do telespectador na decisão”. Ruschel, (1996, p. 148). “Como se vê nestes casos as alternativas existem, mas elas estão ali, prontas, para o telespectador apenas optar por uma ou por outra. Ele ainda não tem poder para impor sua visão particular.”
Para os autores que afirmam sobre a interatividade:

Tratam da interatividade no campo das novas tecnologias da comunicação como sistemas eletrônicos que transmutam as formas de criação, geração, transmissão, conservação e percepção de imagens, e que superam o domínio dos velhos sistemas artesanais ou mecânicos.11 Os aspectos fusão sujeito-objeto e bidirecionalidade (diálogo homem-máquina) são, portanto, aqueles que marcam especialmente essa transmutação e superação que eles destacam. (PLAZA E KERCKHOVE 1993, p. 88).

Resta ainda fazer uma breve incursão pela arte interativa e verificar se nesse campo, também marcado pelas novas tecnologias de comunicação, há outros aspectos que contribuem para a depuração do conceito de interatividade.
Na concepção do autor que afirma:

A interatividade é promovida através de um meio que permite a interação entre as pessoas. Mielniczuh  reforça  essa  definição  ao  citar:  “A  interatividade  seria  um  tipo  de  comunicação  possível  graças  as  potencialidades específicas  de  unas  particulares  configurações tecnológicas (Vittadini, 1995, p.154), cujo objetivo é imitar, ou simular, a interação entre as pessoas”. (Vittadini 1995 apud Mielniczuh, 2001, p.174).


Neste contexto a interatividade apresenta com função mediado entre dos indivíduos. Pois a interatividade é uma interação entre atores em sala de aula, promovendo opiniões diversas sobre conteúdos relacionados a aulas em tempo real.
De acordo com Woodard que diz a respeito sobre esse tema:

O problema do pouco tempo para resposta e modificação da mensagem poderá ser solucionado com a inclusão dos indivíduos na estruturação dos programas e das mensagens.  Para que isto se concretize pode-se recorrer à mídia interativa que combina as tecnologias existentes, fornecendo a simultaneidade desejada e o devido poder de escolha. A mídia interativa reúne e combina recursos como fibra óptica, sistemas digitais, multimídia, CD-ROM, realidade virtual, telefone, televisão e computador (WOODARD, 1994, p. 29).


Nessa perspectiva o autor menciona de alternativas importantes sobre o processo de interatividade, não havendo a interação tem meios que possam ajudar esse conceito, possibilitando a socialização através de suportes e, assim concretize a resolução do problema ocasionado pelo sistema presencial mediado.
 O autor afirmar:

A interatividade está na disposição ou predisposição para mais interação, para uma  hiper-interação,  para bidirecionalidade  (fusão  emissão-recepção), para  participação  e intervenção. Digo isso porque um indivíduo pode se predispor a uma relação hipertextual com outro indivíduo. (SILVA, 1995, p. 03).



Nessa afirmação o autor relatar a importância da interatividade para o indivíduo interagir em tempo real com outro individuo levando a emissão e recepção e socializarem via texto e predispor uma relação mutua entre ambas as partes.
 A estrutura dos equipamentos é um dos pontos que difere a mídia interativa da convencional. Caruso apud Woodard (1994, p. 33) comenta que é devido à maioria dos “[...] elementos se encontrarem em forma digital, eles podem ser combinados e recombinados num novo formato de publicação que permita às pessoas a interação com a informação em todas as suas formas e em maneiras nunca antes imaginadas”.
Levy afirma que a:

A televisão, que é alvo de críticas por ser um meio fechado, unidirecional, agora tem  a  possibilidade  técnica  de  fazer  com  que o  telespectador  participe de  forma  mais ativa.  No processo comunicacional a TV é vista como um simples emissor e o telespectador como  receptor que recebe a mensagem através do canal, que é o aparelho. Por mais que isso ocorra, o telespectador apesar de não interagir diretamente com a emissora, interage de outra forma. A interação é descrita por Pierre Lévy (1999): “mesmo sentado na frente de uma  televisão  sem  controle  remoto,  o  destinatário decodifica, interpreta, participa, mobiliza seu sistema nervoso de inúmeras maneiras,  e sempre de forma diferente de seu vizinho”. (LÉVY, 1999, p. 79).


A mídia interativa poderá ser utilizada e aplicada em vários setores. No lazer, os telespectadores “[...] não só terão mais autonomia para determinar o tipo de programação veiculada em seus lares, mas também terão participação ativa na produção dos programas.” (WOODARD, 1994, p. 41).
O setor da informação será beneficiado com as oportunidades da mídia interativa com os consumidores podendo acessar a vários tipos de informação e conteúdo. O ensino-aprendizagem será também fortalecido já que “[...] através da mídia interativa, cada aluno terá acesso às melhores fontes de informação do mundo”. (WOODARD, 1994, p. 43).
Uma das críticas quanto à instalação da televisão interativa é seu aspecto essencialmente comercial. Segundo Joly; Massarolo (2002, p. 49) “[...] o t-commerce é o principal foco das emissoras que disponibilizam ou que proverão num futuro próximo conteúdos interativos a seus usuários, a venda de produtos de forma instantânea encanta anunciantes, que por sua vez investirão na nova mídia”.
Para se compreender as diferenças, as semelhanças e as características dos três tipos de interação é apresentada a Tabela 1 de Thompson (1998, p. 80) em que são relacionados os três tipos de interação.
TABELA 1: TIPOS DE INTERAÇÃO
Caracteristicas Interativas
Interação face a face
Interação mediada
Interação quase mediada
Espaço-tempo
Contexto de co-presença; sistema referencial espaço-temporal comum
Separação dos contextos; disponibilidade estendida no tempo no espaço.
Separação dos contextos; disponibilidade não estendida no tempo e no espaço
Possibilidade de deixas simbólicas
Multiplicidade de deixas simbólicas
Limitação das possibilidades de deixas simbólicas
Limitação das possibilidades de deixas simbólicas.
Orientação da atividade
Orientação para outros específicos
Orientada para outros específicos.
Orientação para um numero indefinido de receptores potencias
Dialógica Monológica
Dialógica
Dialógica
Monológica

Fonte: THOMPSON, John B. A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. Petrópolis: Vozes, 1998. p. 80.

TABELA 1: Semelhanças das interações face a face e das mediadas por computador.
Caracteristicas interativas
Interação face a face
Interação mediada por computador
Espaço-tempo
Contexto de co-presença; sistema referencial espaço-temporal comum
Contexto de co-presença sistema referencial temporal comum
Possibilidade de deixas simbólicas
Multiplicidade de deixas simbólicas
Multiplicidade de deixas simbólicas especifica
Orientação da atividade
Orientadas para outros específicos
Orientada para outros específicos.
Dialógica/ Monológica
Dialógica
Dialógica
Fonte: Adaptado de THOMPSON, John B. A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. Petrópolis: Vozes, 1998. p. 80.
Na tabela refere-se que fisicamente os indivíduos permanecem separados, mas unidos na simultaneidade determinante na composição do tempo na interação face a face. O contexto pode ser reconstruído em outro extremo da rede (com o uso de Webcams) e a co-presença dos indivíduos é substituída pela telepresença. Já o espaço, que influencia a noção de distância para um grupo particular, não é comum.
A teleconferência ou a videoconferência é o mecanismo mais comum onde se pode testar as semelhanças destas duas formas de interação. No computador, é necessário o uso de câmeras digitais, de microfones e de caixas acústicas e exige que estes recursos sejam usados por outros interagentes.
Assim, a interatividade se apresenta como uma quase interação face a face, uma interação real. O emprego de tecnologias de telecomunicação e a ausência de características próprias da interação face a face são as que distinguem a interação via tecnologias digitais (a interatividade) desta última.
Na interação quase mediada a disponibilidade do envio de mensagens, a modificação e a reorientação do fluxo da mensagem são restritas. A direção da mensagem é única e não é própria ou planejada para receber recomendações de outros ou se incluir em tempo real (próprio da interação face a face) outras mensagens produzidas por receptores-emissores.
Segundo Lévy (1999, p. 79) “O termo ‘interatividade’ em geral ressalta a participação ativa do beneficiário de uma transação de informação”.  Pierre Lévy (1999, p. 80-81) “comenta ainda que a interatividade não é elemento diferencial possibilitado somente pelas novas tecnologias de informação, o computador em especial”. O telefone, para o autor, também é uma mídia que viabilize a interatividade e mais do que os jogos de realidade virtual, os videogames e os outros mecanismos de simulação, o telefone transporta as próprias vozes dos indivíduos na interação. Não veicula somente a representação da voz, caso dos outros mecanismos que transportam as representações das ações ou as simulações de situações. Porém, em relação aos outros dispositivos, ele é reduzido, pois os outros recursos fornecem mais do que a representação da voz. Os jogos de realidade virtual põem em contato através das simulações os gestos das próprias pessoas e em alguns casos, o contexto.
Os graus de interatividade podem ser medidos segundo alguns eixos propostos por Lévy (1999, p. 82), a saber:

A possibilidade de apropriação e de personalização da mensagem recebida seja qual for a natureza dessa mensagem; - a reciprocidade da comunicação (a saber, um dispositivo comunicacional “um-um” ou “todos-todos”); - a virtualidade, que enfatiza aqui o cálculo da mensagem em tempo real em função de um modelo e de dados de entrada [...]; - a implicação da imagem dos participantes nas mensagens [...]; -  a telepresença.


Conforme o autor houve uma manifestação de diversos artistas e autores ao longo dos anos 50 a 80 a evidenciarem a participação dos leitores e do público para a concretização da interatividade nas obras de arte. Exigia a participação do público para que a obra se completasse.
Exemplifica o caso da interatividade na comunicação, no sentido do consumidor/espectador possuir maior poder de decisão:

Como exemplo disso dentro da comunicação vemos a preocupação com a segmentação e disponibilidade, na explosão dos canais de TV a cabo; a preocupação com o atendimento, na participação de ouvintes e telespectadores nos programas de rádio e TV; e a concentração destas preocupações na promessa da TV interativa. A previsão de uma sociedade de massa, ou de uma cultura de massa, cede espaço a uma sociedade, onde a experiência individual passa a ser estimulada. (RUSCHEL 1996, P. 146).


Neste contexto a interatividade, com vista à reciprocidade da mensagem, está longe de oferecer o devido espaço ao telespectador. A autora, falando sobre a TV interativa no Brasil, diz que os programas interativos dão um espaço muito pequeno para resposta ou intervenção do telespectador na decisão. “Como se vê nestes casos as alternativas existem mas elas estão ali, prontas, para o telespectador apenas optar por uma ou por outra. Ele ainda não tem poder para impor sua visão particular.” (RUSCHEL, 1996, p. 148)
Assim, entende-se que “A interatividade como relação recíproca entre usuário e interfaces computacionais inteligentes, suscitada pelo artista, permite uma comunicação criadora fundada nos princípios da sinergia, colaboração construtiva, crítica e inovadora.” (PLAZA, 2000, p. 34)
Na concepção no autor contribui ao relacionar a interatividade a uma categoria da comunicação ou a uma nova condição de recepção da mensagem:

Para além de simular as competências lingüísticas e comportamentais humanas, é necessário apreender a interatividade como categoria da comunicação, ou seja, um modo singular, de comércio entre subjetividades, obedecendo a constrangimentos particulares, onde sua “programaticidade” no sentido informático é certamente a principal condição. (PLAZA, 2000, p. 25).


Nesta discussão que deve ser suscitada é a da influência do espectador ou receptor na mensagem. Na interatividade mediada exclusivamente pelos equipamentos e programas informáticos o receptor (no caso este termo pode cair em desuso) tem o papel de co-criador, co-autor e co-construtor da mensagem; não interfere apenas no fluxo de informação, ele o redireciona e o elabora em um processo de montagem.
Segundo Ascott apud Plaza (2000, p. 72), o espectador pode “[...] agir sobre o fluxo, modificar a estrutura, interagir com o ambiente, percorrer a rede, participando, assim, dos atos de transformação e criação”.
Vela (1999, p. 56) discorrendo sobre os jornais eletrônicos na Web afirma que a participação direta do usuário é uma das características da interatividade, assim
Para aproveitar esse potencial interativo da rede, os jornais online e as publicações em geral estão fazendo uso de recursos como e-mail, os “chats” ou bate-papos e as pesquisas ou enquetes online, sobre diversos temas da atualidade. De todos estes recursos, o mais utilizado é o e-mail, para comunicação direta entre jornalistas, editores, especialistas e usuários ou leitores. Também existem os chamados fóruns de discussão de temas específicos onde, através de e-mail, os usuários mandam opiniões. Estas ficam disponíveis na seção para serem lidas por quem se interesse.
Esses recursos de comunicação: bate-papo, correio eletrônico, listas de discussão, fóruns e outros, são os meios pelos quais os usuários submetem suas opiniões e reivindicações ao consentimento dos produtores dos portais, dos jornais online e dos diversos sites. Uma das condições essenciais para que haja interatividade. Outro modo de obter interatividade é através dos jogos de realidade virtual ou jogos em rede.
O autor diz:

Aponta para a tecnologia que viabiliza a interatividade, segundo ela [...] a realidade virtual pressupõe a criação e simulação de um mundo imaginário na tela do computador. Para dar mais realismo à experiência, usa imagens em três dimensões, faz com que o usuário enxergue, veja e ouça através de uma viseira e toque nas imagens através de mouses ou joysticks especiais. Ruschel (1996, p. 152)

  Na concepção do autor que define interatividade no âmbito da informática, neste caso, “[...] interatividade significa principalmente liberdade e poder de decisão para escolher o que, quando e como a informação, serviço ou entretenimento vão ser acessados”. (Ruschel 1996, p. 154).
O autor relatar que:

A idéia de interativo para a informática é um pouco mais reducionaista (ou não antropocêntrica). O simples click com o mouse para seleção de um comando numa interface gráfica mais intuitiva é um ato interativo. No momento em que o programa reage ao estímulo e responde ao usuário, ele está sendo interativo. Um Interactive programa é um programa que torna possível o diálogo entre usuário e computador, programas com este recurso são chamados de programas interativos. (WEISERT, 1994, p. 24).


Nessa concepção, qualquer relacionamento existente entre homem e computador é uma relação interativa. O usuário insere comandos de entrada e recebe a resposta a sua solicitação na saída, sendo interativa relações dessa natureza. Os sistemas operacionais em geral e os editores de texto são, nessa idéia, programas interativos, pois fornecem uma resposta vinda do computador ao selecionar um menu de tarefas ou atalhos representados por ícones.
Conforme relata Moraes (1998, p. 67) “são três os tipos de interação concretizáveis por computador: homem-homem, homem-máquina e máquina-máquina. A interação homem-homem tem uma variedade de trocas simbólicas e o computador se afirma como potencializador da comunicação simbólica”.
É importante dizer que o autor relatar que:

Uma vez introduzindo um objeto – o computador -, nossas relações passaram a acontecer também em um ambiente denominado ciberespaço através de e-mails, chats, ciberconferências, cybercafés, etc. que, assim como o telefone, fax e outros meios, permitem e intermediam o contato entre dois ou mais seres humanos, possibilitando trocas simbólicas entre eles. (MORAES, 1998, 78).


Porém, para haver interação via computador homem-homem (h – h) é necessário a mediação de outros tipos de interação apresentados por Moraes (1998, p.46): a homem-máquina (h– m) e a máquina–máquina (m – m), o que poderia ser destacado pela autora. Nesse sentido, propõe-se o esquema da mediação da interação homem-homem.
Além do mais, uma resposta do programa, incitada por um indivíduo não é entendida na mesma proporção para o sistema do programa. O programa funciona como uma espécie de estímulo/resposta, reação ou interação passiva em que apenas um agente envolvido sofre alteração (MARTINS; SILVA; BARROS, [s. d.]). Mas o indivíduo não reduz sua interpretação desta forma dual. Genericamente, é preciso reter a idéia de que o homem é mais ativo que o computador, podendo sugerir a relação: estímulo–cognição–resposta potencial como um caminho para desvencilhar os dois processos. Stewer (apud MARTINS; SILVA; BARROS, [s. d.]) aponta três fatores essenciais que interferem na interatividade:
- Velocidade: é entendido como velocidade real ou simultaneidade;
-Amplitude: que se refere ao número de possibilidades de escolhas de ação disponíveis a cada momento na interatividade;
-Mapeamento: as formas pelas quais as ações humanas são conectadas ao computador, ou seja, os mecanismos de entrada de dados (toque, voz, periféricos, etc.) nos programas.
Tratando especificamente da interatividade via Web são encontradas algumas classes de interatividade segundo Sims (apud MARTINS; SILVA; BARROS, [s. d.]):
- Interação linear: seguir e retroceder;
- Interação hierárquica: utilizando menus;
- Interatividade de suporte: com tópicos de auxílio e apresentação de tutoriais e caminhos pré-determinados a seguir;
- Interatividade de simulação: o usuário relaciona ações que são possíveis na realidade;
- Interatividade de hiperlinks: o usuário tem à disposição caminhos para navegar, podendo se dirigir para um caminho diferente do anterior.
A interatividade em sites pode se dar com a convergência de várias dessas interações propostas por Sims (apud MARTINS; SILVA; BARROS, [s. d.]). Mesmo assim, a co-construção da mensagem e a ação mútua entre os interagentes são limitadas, pois as escolhas possíveis são predeterminadas por produtores ou pela própria finitude da rede.
Moraes (1998, p. 34) apresenta três níveis de interatividade. No primeiro nível, os recursos multimídia são baixíssimos, possibilitando apenas um meio de comunicação linear, como correio eletrônico e contatos com o produtor (jornalistas e outros profissionais). No segundo nível, o usuário pode interferir na mensagem, personalizando a interface oferecida pelo site, “navegando”, participando dos bate-papos, listas de discussão e outros serviços oferecidos pelo site. No nível 3 de interatividade [...] é, no entanto, necessário que [...] propicie, além dos pré-requisitos dos níveis anteriores, que haja uma troca entre o produto e o usuário/consumidor. Em outras palavras, são aqueles em [que] se pode participar ativamente da construção do produto final, sendo possível interferir em seu conteúdo. (MORAES, 1998)
Em Cibercultura (LÉVY, 1999) afirmar que:

Propõe um quadro contendo os diferentes tipos de interatividade. Com relação ao tipo do fluxo de mensagem tem-se os tipos que fornecem: mensagem linear não alterável em tempo real, interrupção e redimensionamento em tempo real da mensagem e implicação dos participantes na mensagem. Isso correlacionado aos tipos de dispositivos de comunicação (melhor compreendido como formas de difusão),obtém-se a difusão unilateral, o diálogo e a conversa entre vários participantes. (p. 83).


Entende-se por comunicação o intercâmbio de informação entre sujeitos ou objetos. As tecnologias de comunicação visam prover o que há de mais atual, e moderno em aparatos  tecnológicos  para suportar  uma  elevada  quantidade  de  informações que são frequentemente geradas. (LÉVY, 1999, p. 83).
Percebe-se que os meios tecnológicos voltados para a comunicação estão dispostos em vários cenários como no cinema, na televisão, na publicidade, na Internet entre outros.
A tecnologia está presente no cotidiano das pessoas ao realizarem  tarefas triviais, como  por  exemplo:  fazer  compras  em  um  supermercado  (há  um  sistema  para realizar pagamento), ir ao Banco, comprar uma passagem de avião (é pela Internet), efetuar uma ligação (telefone móvel), etc. (RADFAHRER 1998, p. 113).
Existem algumas tecnologias que se destacam pelo provimento de seus serviços em função de sua usabilidade, disponibilidade, interoperabilidade, manutenibilidade e outros  requisitos  necessários para o sucesso do seu funcionamento e da sua permanência no mercado atual. (RADFAHRER 1998, p. 114).
 Radfahrer afirma que:

As tecnologias de TV Digital, dispositivos  móveis  e  Internet  são  providas  de ferramentas que permitem uma comunicação mais expressiva, interativa e de longo alcance. As características de interatividade existentes nesses espaços garantem a interação (síncrona e assíncrona) permanente entre os seus usuários. A hipertextualidade - funcionando como seqüências de textos articulados e interligados inclusive com outras mídias, como som, fotos, vídeos, etc.. citados por (RADFAHRER 1998, p. 115).


Na concepção a influencia das tecnologias vem a facilita a propagação de atitudes de cooperação entre os seus participantes, para fins de aprendizagem. A conectividade garante o acesso rápido à informação e à comunicação interpessoal, em qualquer tempo e lugar, sustentando o desenvolvimento de projetos em colaboração e a co-ordenação das atividades. (RADFAHRER 1998).
Para o autor Machado que relata que:

A interatividade direciona a emissão e a recepção de mensagens, podendo ser: “verbal, audiovisual, multimídia, hipermídia”. A verbal concebe-se a elocução da fala; o audiovisual, o vídeo; a multimídia, o uso simultâneo de vários recursos de comunicação, integrando texto, som e imagens fixas e animadas; a hipermídia, com links. (MACHADO 1997, P. 1).


A interatividade pode permitir: experimentação, participação, intervenção, etc., as quais se direcionam à: ação, reação, integração, etc. isto é, em muitos sentidos, ao que aponta como sendo uma ação “multisensorial”. (SILVA 2006, p. 34).
Outro autor que tem estudado a questão da interatividade mediada é Steuer. Para ele (1993) a:

Interatividade se define como "a extensão em que os usuários podem participar modificando a forma e o conteúdo do ambiente mediado em tempo real" Por assim dizer, interatividade se diferenciaria de termos como engajamento e envolvimento. Para o autor, interatividade é uma variável direcionada pelo estímulo e determinada pela estrutura tecnológica do meio. Infelizmente, ecoa nessa definição as vozes do behaviorismo.(p.1)


O autor reconhece que a definição de interatividade é de grande importância para a pesquisa em interação homem-computador. Logo, afirma que questões como autonomia e interação em telepresença se referem ao controle do usuário da sua relação com o ambiente.
Logo, a interatividade pode vir ou carregada de ações, sentimentos e atitudes humanas positivas, de afetividade e atenção, que proporcionam um clima favorável para maior envolvimento pessoal, propícios para a construção do conhecimento. Para Franco (1995, p. 28) “por outro lado, avisa que a interação não pode ser vista como um processo de "toma-lá-dá-cá. "Para ficar mais claro, poderíamos substituir a palavra ‘interação’ pela palavra ‘relação”.
Na conceituação do autor que afirma que:

Identifica que existe uma relação de interdependência na interação, onde cada agente depende do outro, isto é, cada qual influencia o outro. Essa interdependência, é claro, varia em grau, qualidade e de contexto para contexto. Alerta, porém, para a limitação em entender-se a interação apenas como ação e reação. Segundo ele, as pessoas não funcionam da mesma forma que servo-mecanismos, como termostatos e aquecedores. Por adotar-se o paradigma ação-reação passa-se à visualização do processo de uma forma linear e do ponto de vista da fonte (onde existe apenas a emissão e o feedback, onde esse último teria apenas a função de comprovar a "eficácia" da mensagem.  (Berlo1991, p. 117).


“Logo, o conhecimento é construído interativamente entre o sujeito e o objeto. Na medida em que o sujeito age e sofre a ação do objeto, sua capacidade de conhecer se desenvolve, enquanto produz o próprio conhecimento. Por isso a proposta de Piaget é reconhecida como construtivista interacionista”. (PIAGET, 1996, P. 39).
Para Moraes (2008, p. 81):

Nos ambientes de aprendizagem online, o processo de interação suscita o uso de uma linguagem cuidadosa, que convide o interlocutor ao diálogo. Para pontuar as interações nestes ambientes de aprendizagem, usaremos a expressão interação digital. (...) Significa que propomos um ambiente de aprendizagem online, uma interação digital com base na dialética, na qual esta possa ser fundamentalmente uma qualidade das relações interativas, fruto das conversações, do encontro, da necessidade e do entendimento de que a construção do conhecimento se dá com o outro. A linguagem utilizada nesses ambientes deverá levar em consideração a linguagem emocional dos sujeitos em interação.


A interatividade assume um papel importante na aprendizagem colaborativa, pois ela destaca a participação ativa e a interação de todos os atores envolvidos no processo de aprendizagem, tais como alunos, professores e tutores. A cooperação e a colaboração não se restringem somente às relações estabelecidas entre os discentes.

2           DEFINIÇÃO CONCETUAL DAS VARIAVEIS
 2.1 Recursos didáticos
Os recursos didáticos são as ferramentas utilizadas pelo professor para facilitar o processo ensino-aprendizagem, eles podem ser os mais simples como o pincel, apagador ou os mais sofisticados como o computador, data show, câmera digital. A teoria da comunicação os define como o canal através do qual se transmitem as atividades docentes, são o sustento material das mensagens no contexto de sala de aula, qualquer objeto pode ser um recurso desde que estabeleça uma relação de interação recíproca com o aluno na construção do conhecimento, ou seja, é o meio para se chegar a um fim.
A capacidade que os recursos têm de despertar e estimular os mecanismos sensoriais, principalmente os audiovisuais, faz com o aluno desenvolva sua criatividade tornando-se ativamente participante de construções cognitivas. A utilização de recursos consiste em uma mudança que abrange desde o próprio uso como também a postura do professor em abandonar práticas tradicionais que não se enquadram nos novos padrões educacionais.

2. 2 ENSINO MEDIADO POR TECNOLOGIA
Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996, a educação a distância foi contemplada no artigo 80 e, a partir de então, passou a fazer parte oficialmente de nosso sistema educacional. “Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada.”  (MEC, LDBEN 9.394/96).
O Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que regulamenta o artigo 80 da Lei nº 9.394/96, caracteriza a educação à distância, em seu artigo 1º:
Art. 1º Para os fins deste Decreto caracteriza-se a educação a distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares e tempos diversos. (MEC, Decreto nº 5.622/05)
Partindo do que preconiza o Decreto nº 5.622, Moran (2002) conceitua a educação a distância, como um processo de ensino-aprendizagem em que professores e alunos estão separados no espaço ou no tempo, porém interligados por tecnologias, por exemplo,  a Internet.
A modalidade semipresencial acontece uma parte na sala de aula e outra parte a distância, mediada pelo uso de tecnologias de comunicação e informação.

“Com as tecnologias cada vez mais rápidas e integradas, o conceito de presença e distância se altera profundamente e as formas de ensinar e aprender também. Estamos caminhando para uma aproximação sem precedentes entre os cursos presenciais (cada vez mais semi-presenciais) e os a distância. Os presenciais terão disciplinas parcialmente a distância e outras totalmente a distância. E os mesmos professores que estão no presencial-virtual começam a atuar também na educação a distância. Teremos inúmeras possibilidades de aprendizagem que combinarão o melhor do presencial (quando possível) com as facilidades do virtual.” (Moran, 2004)


Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e ou temporalmente.
É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes.
Na expressão "ensino a distância" a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra "educação" que é mais abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada.
De acordo com o autor:

“Por milênios, ensinar e estudar foram atos que sempre ocorreram em proximidade física. Isto se fixou firmemente na consciência das pessoas. Por isso o ensinar e estudar a distância é considerado de antemão como excepcional, não comparável ao estudo face-to-face e, muitas vezes, também como especialmente difícil... Pelo fato de se considerar a distância em relação aos estudantes como um déficit e a proximidade física, pelo contrário, como desejável e necessária, já as primeiras tentativas de estabelecer princípios didáticos específicos para o ensino a distância se propunham a encontrar meios e caminhos para superar, reduzir, amenizar ou até mesmo anular a distância física.”(Peters, 2001, p. 47).


Hoje temos a educação presencial, semipresencial (parte presencial/parte virtual ou a distância) e educação a distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional. A semipresencial acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação.

Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações.

A promoção da comunicação entre os participantes, dando importância ao intercâmbio de experiências e a troca de saberes entre os envolvidos é de fundamental importância para o sucesso dos cursos a distância baseada na comunicação assíncrona. Os recursos de comunicação disponibilizados devem ser utilizados pelos instrutores de forma a promover a interação entre os envolvidos, criando um ambiente de interação social propício a aprendizagem.

6        INTERATIVIDADE EM TEMPO REAL.

O conceito de interatividade é bem mais recente que o conceito de interação, o qual vem sendo utilizado nas mais variadas ciências como “as relações e influencias mutuas entre dois ou mais fatores, entes, etc. isto é cada fator altera o outro, a si próprio e também a relação existente entre eles” ( Primo e Cassol, 1999).
Já o termo interatividade surgiu no contexto das Novas tecnologias de informção e Comunicação (NTIC), como a denominada geração digital. Entretanto, o seu significado extrapola esse âmbito. Para Silva (1998, p. 29), a interatividade está na “disposição ou predisposição para mais interação, para uma hiper-interação, para bidirecionalidade – fusão emissão-recepção – para participação e intervenção”.
Portanto, não é apenas um ato de troca, nem se limita à interação digital. Interatividade é a abertura para mais e mais comunicação, mais e mais trocas, mais e mais participação.
Figura 5 – Sala de aula com interatividade em tempo real.
Esta etapa é responsável por apresentar a especificação de requisitos do modelo de interatividade, das ferramentas interativas e do estudo de caso.
Construído baseado no Template Volere,  para  a  melhor  compreensão  e definição  dos  requisitos  funcionais  e  não-funcionais,  assim  como  questões  de projeto.
Os dados foram coletados por meio da aplicação das  técnicas  de  entrevistas, questionários  (apêndice  A) e levantamento  orientado  a  ponto  de  vistas  com  os especialistas da área os quais permitiram compor os requisitos, através da descrição das necessidades apresentadas. Para melhor compreender o processo como um todo, de adaptações e integrações de tecnologias, contou-se com a aplicação de técnicas de análise como a de entrevista, questionário, e levantamento orientado a ponto de vistas.
As entrevistas e questionários (modelo no apêndice A) foram aplicados com os atores do processo, dentre eles podemos citar, os professores ministrantes, presenciais, alunos e coordenadores de curso.
No escopo deste trabalho, a interatividade é o fator principal, sabe-se que esta pode acontecer por diversas formas, formatos e meios e está diretamente relacionada ao modo como um usuário pode influenciar na modificação da forma como pode ser transmitido e desenvolvido um determinado conteúdo voltado para um ambiente computacional.  Os tipos de interatividade variam de acordo com a aplicação desejada.
O projeto da infraestrutura interativa utilizando os conceitos de UML, para explorar a arquitetura e a troca de informações realizadas. Mostrando de forma clara os padrões, as técnicas e os modelos utilizados para provar a viabilidade da solução técnica proposta. Segundo Roderick SIMS (1997) a interatividade é uma atividade entre dois organismos, que  provê respostas adequadas às necessidades informativas de ambos, podemos ressaltar a realimentação a ser permitida através da  resposta  imediata  dos  alunos, onde permitirá  ao  professor  mensurar  o conhecimento  obtido  dos  mesmos, ao ministrar uma  disciplina  neste  contexto educacional. 
A TV Digital surge de um processo evolutivo, agregando novas  tecnologias  que visam  atender  às  necessidades  sociais;  principalmente  as  tecnologias  ligadas  à codificação,  edição,  transmissão  e  recepção.  Existem atualmente alguns sistemas abertos de TV Digital que são destaque no cenário mundial, são eles:

1.  Europeu: Digital Vídeo Broadcasting – DVB;

2.  Norte-americano: Advanced Television Systems Committee - ATSC;

3.  Japonês: Integrated Services Digital Broadcasting – ISDB;

4.  Chinês: Digital Terrestrial Multimedia Broadcast – DTMB;

5.  Brasileiro: Integrated  Services  Digital  Broadcasting  Terrestrial  -  ISDB-TB adaptado  do  padrão  japonês  acrescido  de  tecnologias  desenvolvidas  pelas universidades brasileiras. Gomes (2006, p.12) “aborda em seu trabalho que o sucesso da TVD no Brasil pode estar relacionado com o processo de inclusão digital e outros serviços que são oferecidos e pode ser alcançado por intermédio da educação pela TV, termo este conhecido como Tlearning”.

O Sistema Brasileiro de TV Digital - SBTVD a partir de vários estudos definiu o ISDB-TB como padrão do sistema de TV Digital a ser adotado no Brasil.

Para Silva que afirma:

 

Só existe comunicação a partir do momento em que não há mais nem emissor nem receptor e, a partir do momento que todo emissor é potencialmente um receptor e todo receptor é potencialmente um emissor. Portanto, comunicação é bidirecionalidade entre o pólo emissor e receptor, ou seja, comunicação é troca entre codificador e decodificador sendo que cada um codifica e decodifica ao mesmo tempo. (SILVA, 1995: p. 07-08).

A sua estabilização vem contribuindo para a melhoria da qualidade da mídia digital “áudio e vídeo”, em transmissões de canais codificados em definição padrão Standard Definition Television - SDTV e em alta definição High Definition Television - HDTV.  Comenta que parte do processo de implantação da TV Digital no Brasil está no desenvolvimento e disponibilização  de  aplicações  interativas.  A interatividade é um dos argumentos utilizados a favor desta mudança de bases tecnológicas no sistema brasileiro de televisão. (BORGES 2008, P. 34)
A educação quando transmitida pela televisão atinge populações geograficamente distantes, e permite uma interatividade ainda baixa mais já evidente que contribui para o avanço desta tecnologia. Para Gomes (2006, p.45) “relata que TV é um  elemento  motivador  e  que  prende  bastante  a atenção dos telespectadores sendo por isso, um poderoso recurso audiovisual para o processo de ensino e aprendizagem”.
A TV Digital Interativa atualmente é um assunto que desperta grande interesse na academia, no comércio e na indústria quando se refere a um modelo de tecnologia voltado para TV.
A interatividade é considerada como sendo a principal evolução da televisão analógica, refere-se aos meios adicionais de fidelização do telespectador, com conteúdos oferecidos adicionalmente  visando  tornar  a  produção audiovisual mais atrativa. (BECKER, 2007 p.23) A interatividade pode ser proporcionada de várias formas, formatos e meios.  O termo interatividade surgiu nos anos 60 e é derivado do neologismo inglês interactivity. Segundo Steuer (1992, p.23) “a interatividade mede o quanto um usuário pode influenciar na modificação imediata, na forma e no conteúdo de um ambiente computacional”.
Os livros, jornais e a TV aberta podem ser exemplos de meios pouco interativos, já a teleconferência, bate-papo, e-mail e vídeo game podem ser considerados meios bastante interativos. A interatividade caracteriza-se pela troca de informações entre um usuário e um sistema informatizado, e por um terminal de máquina com uma tela de visualização
Interatividade é um termo polissêmico, o que leva a alguns equívocos de interpretação, como reconhecem diversos autores, entre eles Janet Murray (2003), Alex Primo (1998), André Lemos e Pierre Lévy (1999), para quem o termo interatividade é frequentemente utilizado de maneira vaga e difusa, de forma imprecisa e elástica.  Raymond Williams, já em 1979, entendia interatividade como a “possibilidade de resposta autônoma, criativa e não prevista da audiência, ou mesmo, no limite, a substituição total dos pólos emissor e receptor pela ideia mais estimulante dos agentes intercomunicadores” (apud Ferreira, 2004:45).      Jonathan Steuer define interatividade como “a extensão em que os usuários podem  participar, modificando a forma e o conteúdo  do ambiente mediado em tempo real” (apud Primo e Cassol). Steuer aponta três fatores que contribuem para a interatividade: velocidade – que vai influenciar na instantaneidade da interação em tempo real; amplitude – que se refere à quantidade de modificações que  podem ter efeito no ambiente; e mapeamento que se refere às formas com que as ações humanas são conectadas às ações no ambiente  mediado.
A interatividade é uma das novidades mais interessantes da TV Digital, com ela aplicações podem ser executadas no aparelho televisor. Por meio das aplicações, os telespectadores têm acesso a uma gama de serviços e entretenimento, como comerciais, operações bancárias, enquetes, entre outros. Assim como os smartphones aproximaram os celulares do computador e da Internet, a interatividade faz o mesmo para a televisão. Na TV Digital brasileira esta tecnologia é conhecida como Ginga.
A interatividade de um processo ou ação pode ser descrita como uma atividade mútua e simultânea da parte dos dois participantes, normalmente trabalhando em direção de um mesmo objetivo. E o sistema necessita de algumas características como esta descrita abaixo:
Interruptabilidade: Cada um dos participantes deve ter a capacidade de interromper o processo e ter a possibilidade de atuar quando bem entender. Porém, a interruptabilidade deve ser mais inteligente do que simplesmente bloquear o fluxo de uma troca de informações.
Granularidade: Refere-se ao menor elemento após o qual se pode interromper. Em uma conversação poderia ser uma frase, uma palavra, ou ainda, como é costume, responder à interrupção com um balançar da cabeça, ou com frases do tipo “já responde sua pergunta”.
Degradação suave: esta característica refere-se ao comportamento de uma instância do sistema quando este não tem a resposta para uma indagação. Quando isso ocorrer, o outro participante não deve ficar sem resposta, nem o sistema deve se desligar.
Previsão limitada: Existe uma dificuldade em programar todas as indagações possíveis. Apesar disso, um sistema interativo deve prever todas as instâncias possíveis de ocorrências.
Não-default: A inexistência de um padrão pré-determinado dá liberdade aos participantes, remetendo mais uma vez ao princípio da interruptabilidade, pois diz respeito à possibilidade do usuário parar o fluxo das informações e/ou redirecioná-lo.
Classificação de Interatividade
Para melhor estudar o conceito de interatividade, é possível classificá-lo em três níveis, em ordem crescente de abrangência.
Reativo - nesse nível, as opções e realimentações (feedbacks) são dirigidas pelos programas, havendo pouco controle do usuário sobre a estrutura do conteúdo;
Coativo - apresentam-se aqui possibilidades do usuário controlar a sequência, o ritmo e o estilo. Pró-ativo - o usuário pode controlar tanto a estrutura quanto o conteúdo.
3. DEFINIÇÃO OPERACIONAL DAS VARIAVEIS
Para Gil (1994, p. 45) operacionalizar conceitos ou variaveis torná-los passivos a observação empírica e de mensuração. Em outras palavras significa idenificá-las de modo prático.  Já para kerlinger (1980 p. 46), uma definição operacional significa atribuir significado “a um constructo ou variável especificando as atividades ou operações necessárias para medi-lo ou manipulá-lo”. os recursos didáticos ensino mediado por tecnologia interatividade em tempo real.
MARCO METODOLOGICO
5.1 Contexto de investigação
A dissertação intitulada os recursos didáticos, ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real, no ensino fundamental, no Município de Urucurituba localizada a margem esquerda do rio amazonas. Tem como a linha de pesquisa formação docente.

5.2  Projeto de investigação

O projeto de investigação se deu focando a infraestrutura interativa utilizada nos conceitos seguidos pelo centro de mídias – Seduc, que se dar através do sistema presencial mediado por tecnologias esse sistema explorar a arquitetura e a troca de informações realizadas. Mostrando de forma clara os padrões, as técnicas e os modelos utilizados para provar a viabilidade de solução do problema.

O ensino mediado por interatividade em tempo real foi aplicada nas escolas Estaduais do Amazonas este modelo de aprendizagem interativa proposto. Segundo Roderick (1997, p. 23) “a interatividade é uma atividade entre dois organismos, que provê respostas adequadas às necessidades informativas de ambos, podemos ressaltar que este ensino o aluno tem resposta imediatas em tempo real”.

O projeto consiste em apresentar a infra-estrutura que permitira o suporte tecnológico para que ocorram o trafego das informações que compõem o modelo interativo proposto.

Esse modelo foi desenhada levantada em consideração todos os requisitos, tecnologias, meios de comunicação via satélite atuante no sistema presencial mediado por tecnologia para escolas rurais do Estado.

Portanto, os alunos podem interagir por meio de um IPTV ao vivo responsável pela a interação em tempo real. Neste modelo o professor ministrante pode lança uma questão na tela da TV, inicia a interação em tempo real, solicitando que os alunos interagem com a aplicação e posteriormente evidenciar os resultados, realizados comentários, elogios, ou realizando tomadas de decisões pertinentes dados concretos.

A escolha de distintas tecnologias consiste no desenvolvimento de uma solução viável. Para compor esta solução, utilizou-se a tecnologias de TV digital, de um ambiente de aprendizado eletrônico, de um sistema computacional nas escolas Estaduais.

5.2.1             Enfoque

O trabalho utilizou-se o enfoque quantitativo e o enfoque qualitativo.

Segundo o autor:

 

a abordagem qualitativa segue um processo de investigação holístico, indutivo-ideográfico, procura compreender os fenômenos e situações que estuda ou seja, parte dos problemas reais e do questionamento da prática. Utiliza a via indutiva para elaborar o conhecimento e tenta compreender como as pessoas experimentam, interpretam e reconstroem os significados inter-subjetivos da sua cultura. (Trilla 1997 p.109),

 

As duas abordagens podem fazer do que se convencionou chamar de enfoque interagrado multimodal, ou seja, os enfoques quando utilizados em conjunto deixam a pesquisa científica mais “robusta”. Os dois métodos de pesquisa utilizam-se etapas bem gerais: observação e avaliação de fenômenos, como consequencias disso estabecem pressupostos ou ideias que vão ser testadas para demonstrar o seu grau de fundamentos; essas ideias (suposições) são revisadas por meio de analises de testes.

5.3  Fonte de dados

Quadro 1: Matriz metodológica

Problema: 
Objetivo geral: Analisar os recursos didáticos e o ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real?
Objetivo específico
QUESTÕES NORTEADORAS

Participantes
Instrumentos

Descrever os recursos didáticos e o ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real.

Quais são os recursos didáticos e o ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real









20 professores  ministrantes e presenciais  da  área,  coordenação do curso, alunos.










Questionários
Entrevista
Semi-estruturada
Apresentar o ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real.
Em que consiste o ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real?
·               


Relaciona a interatividade em tempo real e os recursos didáticos e o ensino mediado por tecnologia.


Com se relaciona a interatividade em tempo real e os recursos didáticos, e o ensino mediado por tecnologia?
·          

5.4  População e mostra
No entender da Mugrabi e Doxsey (2003:98), a amostra constitui um subconjunto dos elementos de uma população (universo) a partir do qual os dados são recolhidos. Para a amostra ser representativa deste universo, as características principais da população precisam estar presentes proporcionalmente na amostra selecionada.
A população da pesquisa foram os professores ministrantes e presenciais da área, coordenação do curso, alunos e pais. Mostra será aletória simples, pois é necessário ter uma listagem de toda a população.

5.4.1 Sujeito
No caso desta pesquisa, os sujeitos participantes foram com docentes envolvidos no processo (professores ministrantes e presenciais) da área, coordenação do curso, alunos e pais (objeto de estudo) do sistema atual. Um auxiliar de pesquisa, que tinha a função de registrar aspectos dos encontros que poderiam escapar a pesquisador, uma vez que a função desta última era dinamizar as reuniões.

5.4.2 Universo o População
A pesquisa será realizada na Escola Estadual Licínio José de Araujo, com uma população de vinte pessoas que fazem parte do sistema educacional da escola.

5.4.3 Mostra e procedimentos mostrajes

A mostra será recolhida através de questionários e entrevistas gravadas com os alunos, bem como as pessoas que fazem parte da estrutura organizacional da escola.

Pretende-se, com a realização da pesquisa, produzir descrições quantitativas, sendo, portanto, considerada uma pesquisa descritiva. Gil (1994, p.45) esclarece que a pesquisa descritiva tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Ressalta, ainda, que uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados.

5.5  Técnica e instrumento de coletas de dados

A observação participante consiste na participação integral, real e efetiva do pesquisador como um lugar igual, confunde-se como o grupo ou comunidade objeto da observação. Pois foi através dela que podemos detectar os fatores de determinadas problemáticas. A mesma foi feita do âmbito escolar com os professores, diretores e principalmente dentro da sala de aula, no estabelecimento de ensino onde foi realizada a pesquisa.

Neste sentido para Andre e Luckhe ( 1986, p. 10):

 

A observação participante é uma estratégia de campo combinada, a analise documental ..] participação, a observação direta e introspecção. Nesta, há um grande envolvimento do pesquisador, compromisso político e ético, devendo completar a descrição e a reflexão, numa visão de trabalho sem perder o enfoque no estudo. O registro deve ser realizado com cuidado, organizadamente e o mais próximo possível do momento da observação.

 

 

Na perspectiva da técnica participativa, na qual todos os alunos da sala foram envolvidos de pesquisa.

Outra pesquisa recurso utilizado na coleta de dados foi à entrevista. Nesta técnica tenha o cuidado de traçar um plano e evite que informações importantes deixem de ser colhidas no ato da entrevista, porque permite o contato direto como professores e gestores e pais e alunos, para buscar as respostas da problemática, muitas vezes encontraram resistência por parte de trabalho. A coleta desses dados há a aplicação de questionários, escalas. A pesquisa será realizada a população amostra de 30 alunos e 10 professores, 10 pais e 2 gestores.

O estudo também será realizado por meio de: Reuniões com APMC (Associações de Pais e mestres) e comunidade; Palestras envolvendo a comunidade; Mural; Entrevistas com os alunos e professores; Visita aos alunos; Conversa informal.

5.6  Procedimentos de coletas de dados

O instrumento de coleta de dados escolhido foi a entrevista, que, “por sua natureza interativa, [...] permite tratar de temas complexos que dificilmente poderiam ser investigados adequadamente através de questionários, explorando os em profundidade” (ALVES-MAZZOTTI e GEWANDSZNAJDER, 1998, p. 168). Sua escolha está diretamente relacionada com o problema que foi investigado, para melhorinvestigação e análise.

Na entrevista estabeleceu-se uma relação de interação entre o entrevistador e oentrevistado. Ela permitiu uma captação imediata das informações, pois se deu através do diálogo. Há diversos tipos de entrevistas no enfoque qualitativo, como: estruturada ou fechada, semi-estruturada, livre ou aberta. Tendo em vista os propósitos da pesquisa optou-se pela semi-estruturada que, de acordo com Lüdke e André (1986), “se desenrola a partir de um esquema básico, porém não aplicado rigidamente, permitindo que o entrevistador faça as necessárias adaptações”. (p. 34). Parte, portanto, de questionamentos básicos, onde se abriram espaços para novas interrogações que foram surgindo ao longo da entrevista. Estas intervenções ocorreram para um maior aprofundamento da fala do entrevistado, como forma de orientação quando ocorreu algum distanciamento do objetivo da interrogação. Tal roteiro de entrevista foi organizado de uma maneira lógica, respeitando seu sentido para melhor compreensão e posterior análise. O entrevistador deve estar atento a tudo (fala, gestos...).

Foi respeitada a fala na íntegra bem como o anonimato de cada participante. Foi desenvolvido um termo de consentimento livre e esclarecido (apêndice B), que todos que responderam a entrevista assinaram, informados que autorizam a gravação, bem como a utilização de seu conteúdo para análise. Cabe ressaltar que os entrevistados serão caracterizados pela letra E, e o número que aparece ao lado representa a pessoa que foi entrevistada, ou seja, todas as respostas e comentários destacados do E1 (entrevistado 1), por exemplo, correspondem à fala da mesma pessoa e assim por diante. Outro tipo de Procedimentos de coletas de dados constitui-se o estudo documental uma técnica importante na pesquisa qualitativa, seja complemento informações obtidas por outras técnicas, seja desvelando aspectos novos de um tema ou problema ( Ludke e Andre, 1986, p. 87).

 

5.7  Técnica de Análises dos dados

Buscando assegurar a validade interna em pesquisas qualitativas, Creswell (2007, p. 207) faz referência às seguintes estratégias: “triangulação de dados”, “verificação de membro”, “observações a longo prazo e repetidas no local de pesquisa”, “exame dos pares”, “modos de pesquisa participatórios” e “esclarecimento dos vieses do pesquisador”.

A triangulação tem sido amplamente discutida e muito bem aceita, tanto na coleta como na análise de dados e “supera as limitações de um método único, por combinar diversos métodos e dar-lhes igual relevância” (Flick, 2009, p. 32). O autor não se refere apenas à triangulação metodológica, mas também salienta a importância da “triangulação dos dados”, “triangulação do investigador” e da “triangulação da teoria” (Flick, 2009, p. 361).

 

6 DISCUSSÃO E ANALISIS DE RESULTADOS

OBJETIVOS ESPECIFICOS
Questões Norteadoras
Participantes
Instrumentos
Descrever os recursos didáticos, ensino mediada por tecnologia com interatividade em tempo real



Apresentar o ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real.



Relaciona a interatividade em tempo real e os recursos didáticos e o ensino mediado por tecnologia.





7 CONCLUSÃO
Este trabalho foi estruturado em tópicos que compreendem o  cenário  onde  se pretende  aplicar  a  proposta,  relata modelo dos recursos didáticos com ensino mediado por tecnologia com interatividade em tempo real, no Município de Urucurituba, nas Escolas Estaduais da Amazonas, no Ensino Fundamental, Brasil, ano 2015,  explora  algumas  tecnologias  voltadas  ao  suporte  do ensino, apresenta trabalhos relacionados com o contexto, apresenta a especificação dos  requisitos,  modelagem,  o  projeto e  o  desenvolvimento do modelo interativo.
Dentre os vários artigos lidos pode-se constatar o crescimento da tecnologia de TV Digital, assim como as inúmeras aplicabilidades voltadas para tecnologia, porém já observa-se um aumento gradativo na literatura científica de experiências destacadas de  uso  da  televisão  digital no sistema presencial mediado.  Conforme Litto (2009 p. 56) destaca, a  EAD  presta serviços  relevantes  à cultura  brasileira,  uma  vez  que  a  ação  cultural  é  de  grande relevância na sociedade, ao democratizar o acesso a bens e serviços.
Observou-se também a importância de ferramentas síncronas e assíncronas voltadas para ambientes Web,  que  facilitam  e  colaboram  para  o  aprendizado  dos alunos. Segundo Kopke e Haguenauer (2001, p.67), uma das grandes caracteristicas do Ambiente Colaborativo de Aprendizagem  é  a  sua  preocupação  com  o  uso  de metodologias de trabalho que propiciem a colaboração e permitam a sua avaliação. Com a realização dos levantamentos iniciais houve a possibilidade de se obter uma visão macro do SPMT do PROJETO IGARITE, que permitiu a realização de uma especificação  e análise bem detalhada dos requisitos.
Visando aprimorar este sistema, foram investigadas várias formas de realizar uma interatividade em tempo  real,  que  permitisse  um  sincronismo  entre  alunos  e professores,  resultando  em  um  aprendizado  mais  dinâmico  e  com  uma retroalimentação imediata.
A proposta deste trabalho fundamenta-se na investigação de ferramentas e soluções que podessem  permitir  desenvolver  um  modelo  de um sistema  interativo utilizando recursos da tecnologia de TV  Digital e que possibilitasse apresentar um modelo interativo tecnológicos ao sistema convencional educativo.  Foram estudadas  e  investigadas  a  viabilidade  de  uso  e  implementação  de tecnologias  voltadas  para  TV  Digital,  aprendizado  eletrônico,  aprendizado  móvel, interatividade,  redes  híbridas,  padrões  e  conceitos  de  aprendizagem  pela  Web  e pela TV.
O modelo  contribuirá  para  a  melhoria  da  qualidade  do  processo  de  ensino  e aprendizagem  no  SPMT,  os  professores  titulares  poderão  assim  dispor  de informações relevantes e referentes ao aprendizado imediato dos alunos em relação a  um  determinado  conteúdo  ministrado  na  TV.  Sims  (2006)  destaca  como  as interações  podem  ajudar  a  atingir  os  objetivos  de  um  curso  como  os  estilos  de aprendizagem,  a  implementar  estratégias  e recursos que  permitam  a  aplicação  de diferentes preferências de aprendizagem, enfim construindo a partir da percepção da construção do ensino.
Com a implantação deste modelo haverá um ganho educacional de aprendizagem por parte do aluno e de realimentação imediata de conhecimento a ser evidenciada pelo professor presencial que ministra aulas neste sistema.
Outra contribuição refere-se a tomada  de  decisões  possíveis,  em  relação  as respostas  dos  alunos com o professor em sala de aula  Os  dados  gerados quantativamente  podem  ser  analisados  pela  coordenação  pedagógica  dos  cursos permitindo  gerar  índices  de  aproveitamento,  rendimento  escolar,  aprendizagem, metodologia  pedagógica,  dentre  outros  itens  que  apóiem  em  tomada  de decisões adequadas para a melhoria e qualidade do processo de ensino-aprendizagem.
As tecnologias de  interatividade,  assim  como  abordagem  pedagógica  fogem  do escopo deste trabalho, porém vale ressaltar que todo um estudo e levantamento de ferramentas, ambientes e sistemas que permitam contribuir para a completude deste processo  foram  estudadas,  levantadas  e  modeladas  nos  cenários  apresentados como forma de validar a solução.
Uma das propostas de trabalhos futuros é a realização da implementação completa de todas as etapas que constituem o modelo apresentado em protótipos, agregando tecnologias  móveis  e  concepção  pedagógica,  que  resulta  não  somente  em  uma nova  abordagem  pedagógica  constituída  da  união  de  conceitos,  padrões, ferramentas,  plataformas,  como  em  uma  solução  promissora  e  tão  somente esperada  pelos  professores  que  ministram  aulas  neste  ambiente  televisivo educacional, como também expandir para outras Instituições de Ensino Superior que trabalham  com  este  conceito  de  aprendizagem,  a  idéia  é  dar continuidade  a  esta proposta  em  um  projeto  de  doutorado  e  tentar  aplicá-lo  no  SPMT  por  meio  da empresa que presta serviços de telecomunicações para o projeto igarite.

 

 

RECOMENDAÇÕES

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